Bolsas de NY caem puxadas por ações de bancos

Por Gustavo Nicoletta

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em queda, pressionados pela preocupação crescente dos investidores com potenciais impactos negativos do programa de compra de títulos do Tesouro (Treasuries) anunciado pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) na semana passada. "Há um certo receio com as consequências previstas e imprevistas do novo programa de afrouxamento quantitativo", disse Tim Evnin, sócio e gerente de portfólios da Evercore Wealth Management.

Alguns analistas, no entanto, acreditam que as bolsas estão apenas respirando após o rali dos últimos meses. Segundo Bill Stone, estrategista-chefe de investimentos da PNC Wealth Management, como o S&P 500 acumula alta de 17% desde o final de agosto, "provavelmente está acontecendo uma pausa que, nesse caso, não é algo necessariamente ruim".

O Dow Jones caiu 60,09 pontos, ou 0,53%, para 11.346,75 pontos. O Bank of America teve um dos piores desempenhos entre os componentes do índice, recuando 2,62%, já que ainda não possui todo o dinheiro que precisará levantar até o final do ano para ser autorizado a quitar os empréstimos recebidos do governo dos EUA.

A Chevron também pesou sobre o Dow Jones, recuando 1,46% após ter concordado em comprar a Atlas Energy por US$ 3,2 bilhões em dinheiro e aceitado assumir uma dívida de US$ 1,1 bilhão da companhia. Os acionistas da Atlas receberão US$ 38,25 por ação, valor 21% maior que o registrado no fechamento de segunda-feira. Os papéis da empresa, que não integra o índice, tiveram alta de 33,98%.

O Nasdaq Composite recuou 17,07 pontos, ou 0,66%, para 2.562,98 pontos. O S&P 500 perdeu 9,85 pontos, ou 0,81%, para 1.213,40 pontos.

As ações de bancos, de forma geral, encerraram o dia em baixa. Caíram Citigroup (-3,15%), Wells Fargo (-3,10%), JPMorgan (-1,51%), Morgan Stanley (-3,27%) e Goldman Sachs (-1,57%), entre outros.

Entre outras ações que se destacaram na sessão, as do Ambac Financial Group recuaram 55,73%. A companhia pediu concordata após a receita federal norte-americana questionar os cálculos que permitiram à companhia receber mais de US$ 700 milhões em devolução de impostos. As informações são da Dow Jones.