Bolsas de NY abrirão sob influência de Europa e China
Na Europa, os investidores estão preocupados com os resultados da reunião em Bruxelas dos ministros das finanças da zona do euro
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2012 às 10h43.
São Paulo - Em dia sem indicadores nos Estados Unidos , as preocupações com a crise europeia e a previsão pelo Banco Mundial de menor crescimento da China influenciam os investidores americanos e os índices futuros operam em queda no pré-mercado, o que indica abertura em baixa das bolsas em Nova York. Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones recuava 0,32%, o Nasdaq perdia 0,57% e o S&P 500 cedia 0,37%.
Na Europa, os investidores estão preocupados com os resultados da reunião desta segunda-feira em Bruxelas dos ministros das finanças da zona do euro. "O foco principal será na Espanha e na Grécia e, apesar de esperarmos uma evolução positiva em ambas as contas, nós não acreditamos que o evento criará manchetes que ofereçam um catalisador importante para o mercado", disse Michael Sneyd, estrategista de câmbio do BNP Paribas, em Londres.
Além da reunião ministerial, as atenções se voltam para a visita da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, a Atenas, de acordo com Nick Parsons, estrategista-chefe de câmbio do National Australia Bank. A visita está marcada para esta terça-feira (09)e será a primeira viagem de Merkel à Grécia desde o começo da crise da zona do euro, há quase três anos.
De indicadores na região, saiu nesta segunda-feira a produção industrial da Alemanha, que recuou 0,5% em agosto, ante julho. Apesar da queda ter vindo em linha com as previsões dos analistas, é mais um indício de desaceleração da economia mundial.
Os temores sobre o fraco crescimento das grandes economias aumentaram após o Banco Mundial reduzir a previsão de crescimento para países dos leste asiático em meio a piora da crise na zona do euro. A previsão de expansão para a China caiu de 8,2% para 7,7%.
Nos Estados Unidos, não há indicadores para serem divulgados nesta segunda-feira, por causa do feriado do Dia de Colombo. O mercado de bônus ficará fechado. Entre as notícias corporativas, a principal do dia foi o anúncio de que a UnitedHealth Group, um dos maiores grupos de saúde dos EUA, vai comprar 90% da brasileira Amil por cerca de US$ 4,3 bilhões. Os papéis da empresa, porém, não estavam sendo negociados não pré-mercado, mas devem ser um dos destaques no pregão normal.
Outra empresa que pode ser um destaque é a fabricante de jogos Zynga, que cai 2,8%. O recuo ainda é reflexo da redução da previsão de crescimento da empresa para o próximo ano fiscal, anunciado na semana passada. Na sexta-feira (05), o papel despencou 11,9%. As informações são da Dow Jones.