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Bolsas de NY abrem em alta após decisão do Fed

Por Luciana Xavier Nova York - Ainda que sejam muitas as dúvidas em relação à eficácia da segunda rodada de alívio quantitativo anunciada ontem pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano), a nova injeção de recursos anima o mercado de ações, que deve abrir em alta em Nova York nesta quinta-feira. O investidor também segue […]

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2010 às 10h35.

Por Luciana Xavier

Nova York - Ainda que sejam muitas as dúvidas em relação à eficácia da segunda rodada de alívio quantitativo anunciada ontem pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano), a nova injeção de recursos anima o mercado de ações, que deve abrir em alta em Nova York nesta quinta-feira.

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O investidor também segue atento aos balanços do terceiro trimestre e as vendas da rede varejista em outubro, assim como na expectativa de mais números sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, que saem amanhã.

Às 11h34(de Brasília), o Dow Jones subia 0,92% aos 11.316,47 pontos, o Nasdaq tinha ganho de 1,31% para 2.573,19 pontos e o S&P 500 tinha alta de 1,02% aos 1.210,23 pontos.

Os futuros mantiveram ganhos após a divulgação de que o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego parou de cair e aumentou em 20 mil para 457 mil na semana encerrada em 30 de outubro. A alta coloca os pedidos de auxílio-desemprego de volta ao patamar em que estava no final de 2009, mostrando que não tem havido muito progresso na retomada do mercado de trabalho nos EUA. Os dados do payrolls em outubro e taxa de desemprego, que saem amanhã, devem dar uma fotografia ainda mais nítida da situação atual dos trabalhadores norte-americanos.

Após dois de reunião, o Fed anunciou que irá comprar mais US$ 600 bilhões em títulos do Tesouro nos próximos oito meses, num ritmo de US$ 75 bilhões por mês. A votação foi quase unânime, não fosse o eterno dissidente Thomas Hoenig, presidente do Fed de Kansas City, que disse que os riscos de mais alívio quantitativo se sobrepõem aos benefícios. O Fed manteve ainda o juro perto de zero e manteve a frase durante "período prolongado".

Para alguns analistas, essa euforia do mercado pode ter vida curta e o maior temor é de que no lugar de ajudar a retomada da economia norte-americana, esse dinheiro estimule os especuladores a apostar mais no mercado de ações, commodities e em países emergentes, aumentando demais o fluxo de capital.

Como a maioria dos emergentes se opõe à mais flexibilização, a decisão do Fed pode prejudicar a possibilidade de um acordo global para evitar a guerra cambial no encontro do G-20, nos dias 11 e 12, em Seul, na Coreia do Sul, e os países continuarão defendendo suas moedas e exportações com instrumentos que tiverem à mão, como fez o Brasil.

Num movimento muito diferente daquele do Fed, o Banco Central da Inglaterra decidiu hoje manter os juros em 0,5%, onde estão desde março de 2009, e não reativar o programa de compra de títulos. O Banco Central Europeu seguiu pelo mesmo caminho e manteve o juro em 1%.

No campo corporativo, a Whole Foods informou ontem, que seu lucro líquido no quarto trimestre fiscal subiu 58% para US$ 57,5 milhões, enquanto as vendas subiram 15% para US$ 2,1 bilhões.

A Gap anunciou aumento de 2% nas vendas em outubro. A varejista Macy's divulgou aumento de 2,5% nas vendas no mês passado.

O governo canadense rejeitou ontem a oferta hostil de US$ 38,6 bilhões da BHP Billiton pela fabricante de fertilizantes do país Potash. A BHP tem 30 dias para apelar da decisão.

Em tempo: A General Motors finalmente entrou com pedido para fazer sua oferta pública inicial de ações ou IPO (na sigla em inglês). A montadora irá oferecer 365 milhões de ações por US$ 26 a US$ 29 cada. Não há data confirmada, mas rumores no mercado dão conta de que poderia ser em 18 de novembro.

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