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Bolsas de Nova York abrem em alta

Por Luciana Xavier Nova York - Apesar de a China ter mostrado desaceleração, o mercado de ações em Wall Street deve começar o pregão acelerado, impulsionado pela temporada quente de balanços dos Estados Unidos. Na pesada agenda de balanços desta quinta-feira estão os da Amazon, Nokia e UPS. Os números de pedidos de auxílio-desemprego também […]

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2010 às 10h31.

Por Luciana Xavier

Nova York - Apesar de a China ter mostrado desaceleração, o mercado de ações em Wall Street deve começar o pregão acelerado, impulsionado pela temporada quente de balanços dos Estados Unidos. Na pesada agenda de balanços desta quinta-feira estão os da Amazon, Nokia e UPS. Os números de pedidos de auxílio-desemprego também servem de ingrediente para manter o humor do investidor.

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Às 11h31(de Brasília), o Dow Jones subia 0,33% aos 11.142,65 pontos; o Nasdaq registrava ganho de 0,49% para 2.470,12 pontos e o S&P 500 avançava 0,30% aos 1.181,5 pontos

O número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego, na semana até 16 de outubro, caiu 23 mil, para 452 mil, mais do que a queda de 7 mil esperada por analistas. Outro dado importante que sai ainda hoje, às 12h (de Brasília), é o índice de indicadores antecedentes do Conference Board.

Já as notícias de que o PIB chinês desacelerou para 9,6% no terceiro trimestre, de crescimento de 10,3% no segundo trimestre e de que a inflação naquele país subiu 3,6% em setembro ante 3,5% em agosto não trouxeram nervosismo extra para os mercados. Isso porque o BC chinês se antecipou à divulgação dos indicadores e subiu o juro em 0,25 ponto porcentual anteontem, pela primeiro vez em três anos. A inflação e os preços dos imóveis, mais do que a guerra cambial, seriam as preocupações do governo chinês e alguns analistas já avaliam que o ciclo de aperto poderia continuar, com alta de mais 0,50 ponto porcentual no juro até o final de 2011.

"Liquidez excessiva, inflação, bolhas de ativos, aumentos periódicos nos empréstimos inadimplentes e outros riscos macroeconômicos vão aumentar", alertou o presidente do Banco do Povo da China, Zhou Xiaochuan, em discurso feito aparentemente na última segunda-feira e que acaba justificando o passo seguinte dado pelo BC.

Sem dúvida a China estará no centro das atenções da cúpula do G-20, em Seul, em novembro. Afinal, o yuan fraco é a pedra no sapato dos Estados Unidos e demais países do grupo. O secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, disse em entrevista ao Wall Street Journal, que irá usar o encontro dos ministros das finanças do G-20 para avançar nos esforços de reequilibrar a economia mundial, tentando estabelecer normas de política cambial a serem adotadas pelos países. "Isso não é um teste que se resolve em duas semanas. Isso levará de três a cinco anos", advertiu.

Só não está claro o que os Estados Unidos estão dispostos a fazer para contribuir para reduzir o conflito cambial. Por enquanto, o que se tem é que o Fed deve continuar, segundo expectativas do mercado, a inundar a economia de dólares, dando continuidade ao afrouxamento monetário quantitativo, por meio de compras de títulos de longo prazo.

No cenário corporativo, a Nokia divulgou lucro de 529 milhões de euros no terceiro trimestre ante prejuízo de 559 milhões de euros um ano antes, batendo as estimativas de lucro de 229 milhões de euros.

O lucro liquido do Credit Suisse despencou 74% no terceiro trimestre para 609 milhões de francos suíços (US$ 627,8 milhões), de 2,35 bilhões de francos no mesmo período do ano passado, ficando abaixo das estimativas dos analistas.

A Amazon deve divulgar após o fechamento do pregão ganhos de US$ 0,48 por ação no terceiro trimestre, segundo estimativa de analistas.

A Eli Lilly anunciou que o lucro cresceu 38% no terceiro trimestre, acima das estimativas. A farmacêutica também elevou a previsão de lucro em 2010 para US$ 4,65 a US$ 4,75 por ação, de US$ 4,50 a US$ 4,65 por ação.

A Caterpillar anuncia aumento de 96% no lucro, para US$ 792 milhões ou US$ 1,22 por ação.

O McDonald's divulgou que os ganhos no terceiro trimestre chegaram a US$ 1,39 bilhão, ou US$ 1,29 por ação.

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