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Bolsas da Europa fecham em alta antes do anúncio do FED

Índice de sentimento das empresas da Alemanha atingiu a máxima em 20 meses em dezembro e ajudou a alimentar a compra de ações na Europa

Bolsa de Frankfurt: com os bons números da economia alemã, a bolsa de Frankfurt fechou em alta de 1,06%, aos 9.181,75 pontos (Ralph Orlowski/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2013 às 15h56.

São Paulo - No dia mais esperado pelo mercado financeiro dos últimos meses, os investidores firmaram as apostas de que o Federal Reserve (FED) manterá inalterada a política monetária dos Estados Unidos, o que alimentou o apetite ao risco e fez as bolsas europeias fecharem em alta.

Às 17h, o banco central norte-americano encerra a última reunião do ano e decide se reduz ou não os estímulos à economia. Além da expectativa com a decisão nos EUA, o índice de sentimento das empresas da Alemanha ajudou a alimentar a compra de ações na Europa. O índice Stoxx Euro 600 fechou em alta de 0,86% aos 313,99 pontos.

A grande expectativa está no programa de injeção de recursos na economia, o chamado relaxamento quantitativo, que poderia ser diminuído pelo banco central norte-americano. O mercado financeiro, porém, ainda está dividido sobre quando essa mudança pode ser anunciada.

Analistas do Commerzbank apostam em uma decisão apertada, mas acreditam que o FED deverá mais uma vez adiar a redução das compras de bônus, que totalizam US$ 85 bilhões por mês. Já o executivo da gestora Pimco, Mohamed El-Erian, disse que há 60% de chances de uma redução.

Além da perspectiva de manutenção dos estímulos nos EUA, o índice de sentimento das empresas da Alemanha atingiu a máxima em 20 meses em dezembro e ajudou a alimentar a compra de ações na Europa. O indicador, medido pelo Instituto Ifo, avançou neste mês a 109,5, de 109,3 em novembro e em linha com a previsão dos analistas.

Com os bons números da economia alemã, a bolsa de Frankfurt fechou em alta de 1,06%, aos 9.181,75 pontos. No mercado corporativo, a fabricante de pneus Continental teve alta de 3% nas suas ações, seguido pela Henkel, com os papéis subindo 2,5%, e a Bayer, que ganhou 2,2%.

No Reino Unido, a taxa de desemprego surpreendeu ao cair a 7,4% no trimestre encerrado em outubro. A previsão era de que a taxa permaneceria inalterada em relação ao trimestre anterior, em 7,6%.


O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), que mais cedo publicou ata afirmando que foi unânime a decisão de manter sua política monetária inalterada no começo do mês, pretende rever suas diretrizes quando o nível do desemprego britânico recuar a 7%.

Na Bolsa de Londres, o impacto das boas notícias no mercado de trabalho não foi intenso e o índice FTSE teve alta de 0,09%, aos 6.492,08 pontos. As ações da petroleira BP tiveram leve queda de 0,02%, apesar das notícias de que a companhia fez uma grande descoberta de petróleo no Golfo do México.

O índice CAC40 fechou na máxima da sessão, com alta de 1,0%, aos 4.109,51 pontos. As ações da GDF Suez lideraram os ganhos e subiram 3,3%, depois de uma perspectiva positiva dos seus papéis pelo JP Morgan. No território negativo, as ações da companhia do setor de construção e engenharia, a Technip, tiveram queda de 6,3%.

A maior alta do dia foi registrada na Bolsa de Milão, com ganhos de 1,15%, aos 18.131,49 pontos. O destaque positivo do dia foram as ações do Popolare di Milano, que subiram 3,67%. Também no setor bancário, os papéis da Unicredit fecharam em alta de 2,43%. Empresas do setor industrial, como Prysmia e Pirelli, subiram 5,1% e 2,7%, respectivamente.

Em Madri, o índice IBEX35 teve alta de 1,07%, aos 9.443,60 pontos. Hoje, um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado hoje disse que a reforma no mercado de trabalho da Espanha tem preservado as vagas e aumentado os índices de contratação durante a recessão enfrentada no país.

As ações da Endesa lideraram o mercado espanhol e subiram 7,1%, com o anúncio de pagamento de dividendos antes de ser forçada a sair do índice de blue chips da Bolsa de Madri.

Na Bolsa de Lisboa o ganho foi de 0,29%, aos 6.400,29 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.

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São Paulo - No dia mais esperado pelo mercado financeiro dos últimos meses, os investidores firmaram as apostas de que o Federal Reserve (FED) manterá inalterada a política monetária dos Estados Unidos, o que alimentou o apetite ao risco e fez as bolsas europeias fecharem em alta.

Às 17h, o banco central norte-americano encerra a última reunião do ano e decide se reduz ou não os estímulos à economia. Além da expectativa com a decisão nos EUA, o índice de sentimento das empresas da Alemanha ajudou a alimentar a compra de ações na Europa. O índice Stoxx Euro 600 fechou em alta de 0,86% aos 313,99 pontos.

A grande expectativa está no programa de injeção de recursos na economia, o chamado relaxamento quantitativo, que poderia ser diminuído pelo banco central norte-americano. O mercado financeiro, porém, ainda está dividido sobre quando essa mudança pode ser anunciada.

Analistas do Commerzbank apostam em uma decisão apertada, mas acreditam que o FED deverá mais uma vez adiar a redução das compras de bônus, que totalizam US$ 85 bilhões por mês. Já o executivo da gestora Pimco, Mohamed El-Erian, disse que há 60% de chances de uma redução.

Além da perspectiva de manutenção dos estímulos nos EUA, o índice de sentimento das empresas da Alemanha atingiu a máxima em 20 meses em dezembro e ajudou a alimentar a compra de ações na Europa. O indicador, medido pelo Instituto Ifo, avançou neste mês a 109,5, de 109,3 em novembro e em linha com a previsão dos analistas.

Com os bons números da economia alemã, a bolsa de Frankfurt fechou em alta de 1,06%, aos 9.181,75 pontos. No mercado corporativo, a fabricante de pneus Continental teve alta de 3% nas suas ações, seguido pela Henkel, com os papéis subindo 2,5%, e a Bayer, que ganhou 2,2%.

No Reino Unido, a taxa de desemprego surpreendeu ao cair a 7,4% no trimestre encerrado em outubro. A previsão era de que a taxa permaneceria inalterada em relação ao trimestre anterior, em 7,6%.


O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), que mais cedo publicou ata afirmando que foi unânime a decisão de manter sua política monetária inalterada no começo do mês, pretende rever suas diretrizes quando o nível do desemprego britânico recuar a 7%.

Na Bolsa de Londres, o impacto das boas notícias no mercado de trabalho não foi intenso e o índice FTSE teve alta de 0,09%, aos 6.492,08 pontos. As ações da petroleira BP tiveram leve queda de 0,02%, apesar das notícias de que a companhia fez uma grande descoberta de petróleo no Golfo do México.

O índice CAC40 fechou na máxima da sessão, com alta de 1,0%, aos 4.109,51 pontos. As ações da GDF Suez lideraram os ganhos e subiram 3,3%, depois de uma perspectiva positiva dos seus papéis pelo JP Morgan. No território negativo, as ações da companhia do setor de construção e engenharia, a Technip, tiveram queda de 6,3%.

A maior alta do dia foi registrada na Bolsa de Milão, com ganhos de 1,15%, aos 18.131,49 pontos. O destaque positivo do dia foram as ações do Popolare di Milano, que subiram 3,67%. Também no setor bancário, os papéis da Unicredit fecharam em alta de 2,43%. Empresas do setor industrial, como Prysmia e Pirelli, subiram 5,1% e 2,7%, respectivamente.

Em Madri, o índice IBEX35 teve alta de 1,07%, aos 9.443,60 pontos. Hoje, um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado hoje disse que a reforma no mercado de trabalho da Espanha tem preservado as vagas e aumentado os índices de contratação durante a recessão enfrentada no país.

As ações da Endesa lideraram o mercado espanhol e subiram 7,1%, com o anúncio de pagamento de dividendos antes de ser forçada a sair do índice de blue chips da Bolsa de Madri.

Na Bolsa de Lisboa o ganho foi de 0,29%, aos 6.400,29 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.

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