Mercados

Bolsas asiáticas caem com temores sobre crescimento

O Xangai Composto subiu 1,9%, a 3.156,54 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, avançou 3,6%, a 1.738,64 pontos


	Bolsa: o Xangai Composto subiu 1,9%, a 3.156,54 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, avançou 3,6%, a 1.738,64 pontos
 (Arena do Pavini)

Bolsa: o Xangai Composto subiu 1,9%, a 3.156,54 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, avançou 3,6%, a 1.738,64 pontos (Arena do Pavini)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2015 às 09h09.

São Paulo - As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam em baixa nesta segunda-feira, lideradas pelo mercado australiano, em meio a preocupações com o crescimento econômico mundial, que foram reavivadas na semana passada pela decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de manter seus juros básicos inalterados.

Na China, porém, o encerramento dos negócios foi positivo, com a expectativa gerada pela visita do presidente chinês, Xi Jinping, aos EUA esta semana.

A ansiedade sobre o desempenho da economia mundial pressionou a Bolsa de Sydney, que hoje registrou sua maior perda em um único dia em mais de uma semana, influenciando as ações na Ásia e apagando os ganhos acumulados dos três pregões anteriores.

O S&P/ASX 200, índice que acompanha as empresas mais negociadas na Austrália, teve queda de 2%, a 5.066,20 pontos.

Para Tony Kwok, operador de vendas da CMC Markets em Sydney, os comentários feitos pelo Fed ao manter os juros "verdadeiramente abalaram a perspectiva" para a saúde da economia mundial.

Na quinta-feira, ao final de uma reunião muito aguardada pelos mercados, o Fed decidiu não começar a elevar os juros dos EUA diante das incertezas causadas pela desaceleração da China e seus possíveis efeitos na economia mundial, que recentemente causaram forte turbulência nos mercados financeiros globais.

Diante do mau humor em Sydney, os investidores na Ásia também evitaram tomar risco nos mercados acionários.

Na Bolsa de Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,75%, a 21.756,93 pontos, enquanto em Seul, o índice sul-coreano caiu 1,57%, a 1.964,68 pontos, e em Taiwan, o Taiex mostrou baixa de 1,8%, a segunda maior do mês, fechando a 8.307,04 pontos.

No Japão, a bolsa de Tóquio não operou e só reabrirá na quinta-feira, devido a feriados nacionais.

Os mercados chineses, por outro lado, terminaram a sessão em alta, apagando perdas da abertura, em meio à expectativa de que a visita de Xi Jinping aos EUA esta semana leve à cooperação em projetos de infraestrutura.

O Xangai Composto, principal índice acionário da China, subiu 1,9%, a 3.156,54 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, avançou 3,6%, a 1.738,64 pontos.

Além disso, analistas disseram que as corretoras chinesas deverão eliminar a maior parte de seus negócios de empréstimos de margem ilegais até o fim da semana.

Os esforços de Pequim para combater irregularidades nesse tipo de empréstimo, que é tomado para investimentos em ações, vem pressionando os mercados há várias semanas.

Enquanto isso, uma pesquisa da China Beige Book International, que envolveu mais de 2.100 empresas, mostrou que a economia chinesa se enfraqueceu um pouco no terceiro trimestre ante os três meses anteriores, mas ficou longe de ser um fator decisivo para a forte onda de liquidação que dominou os mercados globais recentemente.

De acordo com a sondagem, a manufatura chinesa teve seu pior desempenho em dois anos no período de julho a setembro, mas o setor de serviços se manteve forte, tanto na comparação trimestral quanto na anual. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaFed – Federal Reserve SystemMercado financeiro

Mais de Mercados

Boeing inicia demissões para reduzir 10% dos funcionários

Essa small cap “não vale nada” e pode triplicar de preço na bolsa, diz Christian Keleti

Morgan Stanley rebaixa ações do Brasil e alerta sobre ‘sufoco’ no fiscal

Petrobras: investimentos totais serão de US$ 111 bi até 2029 e dividendos vão começar em US$ 45 bi