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Bolsas chinesas recuam, mas tecnologia puxa mercados asiáticos

Bolsas asiáticas foram favorecidas por balanços financeiros positivos de gigantes de tecnologia dos EUA, como Amazon e Alphabet

Bolsa na China: preocupações com o mercado de bônus e com novas ofertas públicas iniciais pesaram nos mercados locais (China Photos/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de outubro de 2017 às 09h11.

São Paulo - As bolsas chinesas fecharam em baixa considerável nesta segunda-feira, mas outras partes da Ásia foram beneficiadas pelo forte avanço recente de ações de grandes empresas americanas de tecnologia em Nova York.

Na China, preocupações com o mercado de bônus e com novas ofertas públicas iniciais (IPOs, pela sigla em inglês) de ações pesaram nos mercados locais. O índice Xangai Composto recuou 0,77%, a 3.390,34 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 1,73%, 1.988,48 pontos. Seguindo a tendência no continente, o Hang Seng teve leve baixa de 0,07% em Hong Kong, a 28.418,01 pontos.

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O mercado de bônus chinês, que já vinha mostrando instabilidade nas últimas semanas, voltou a sofrer uma onda de liquidação hoje. Além disso, reguladores chineses aprovaram 9,5 bilhões de yuans (US$ 1,43 bilhão) em IPOs no fim de semana, o dobro dos níveis recentes.

Segundo alguns analistas, porém, a desvalorização na China deverá passar logo.

"Quando o crescimento (da economia) é bom, as ações tendem a ficar bem. Acho, então, que trata-se apenas de um revés temporário", comentou o diretor-gerente da BOCOM International, Hao Hong.

Influenciada pelas ações chinesas, o japonês Nikkei teve alta apenas marginal em Tóquio hoje, de 0,01%, mas renovou máxima em 21 anos, aos 22.011,67 pontos.

Outras bolsas asiáticas foram favorecidas por balanços financeiros positivos de gigantes de tecnologia dos EUA, como Amazon e Alphabet - controladora do Google -, que ajudaram o Nasdaq e o S&P 500 a fechar em novos patamares recordes na sexta-feira.

Em Taiwan, onde a tecnologia tem forte peso nos negócios, o Taiex subiu 0,45%, a 10.756,87 pontos, depois de chegar a ultrapassar os 10.800 pontos pela primeira vez desde 1990 durante o pregão. Na capital sul-coreana, Seul, o Kospi avançou 0,21%, a 2.501,93 pontos, com destaque para a Samsung Electronics (+1,81%).

Já em Manila, o filipino PSEi também ficou no azul, com ganho de 0,37%, a 8.326,66 pontos.

Ao longo da semana, investidores na Ásia continuarão atentos a balanços corporativos, assim como a decisões de política monetária nos EUA e no Reino Unido e à possível indicação, pelo presidente dos EUA, Donald Trump, de um novo comandante para o Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Na Oceania, a bolsa australiana retomou o recente viés positivo, após interrompê-lo na sessão anterior em reação a uma decisão judicial que levou o governo conservador da Austrália a perder a frágil maioria que detinha no Parlamento. Impulsionado por ações de petrolíferas, o S&P/ASX 200 avançou 0,27% em Sydney, a 5.919,10 pontos, atingindo o maior nível em seis meses. Com informações da Dow Jones Newswires.

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