Mercados

Bolsas asiáticas mostram indefinição com foco nos EUA

Os investidores aguardaram pelos números do relatório de emprego dos EUA, que será publicado nesta manhã


	Bolsa de Xangai: na China, o índice Xangai Composto recuou 0,8%, para 2.210,65 pontos
 (REUTERS/Stringer)

Bolsa de Xangai: na China, o índice Xangai Composto recuou 0,8%, para 2.210,65 pontos (REUTERS/Stringer)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2013 às 06h01.

Xangai - O pregão asiático encerrou o dia sem uma direção definida, enquanto os investidores aguardaram pelos números do relatório de emprego dos EUA, que será publicado nesta manhã. Enquanto o principal índice acionário da Austrália alcançou a maior pontuação em cinco anos, na China o movimento das principais bolsas foi de queda.

O indicador nos EUA mostrará quantos postos de trabalho foram criados em setembro e a taxa de desemprego. Os dados seriam divulgados em 4 de outubro, mas a publicação foi adiada em função da paralisação parcial do governo federal por 16 dias.

O índice S&P/ASX 200, da Bolsa da Austrália, encerrou o pregão asiático em alta de 0,4%, para 5.380,4 pontos, acumulando uma série de seis pregões com ganhos, a maior sequência desde 2 de agosto. Durante as negociações, o índice chegou a atingir 5.372,3 pontos, o maior patamar desde junho de 2008.

O destaque no mercado local ficou por conta das ações da BHP Billiton, que fecharam em alta de 2,4% depois de a empresa elevar as projeções de produção de minério de ferro. A mineradora prevê produzir 212 milhões de toneladas de minério de ferro no ano fiscal de 2014, de 207 milhões na projeção anterior.

Para o consultor de investimentos do RBS Morgans, Christopher Macdonald, o S&P/ASX 200 pode superar os 5.600 pontos até o Natal, impulsionado por lucros recordes das empresas e pela expectativa por maiores distribuições de dividendos dos bancos australianos - três das quatro maiores instituições financeiras divulgarão seus números nas próximas semanas.

Na China, o índice Xangai Composto recuou 0,8%, para 2.210,65 pontos, o índice Shenzhen Composto perdeu 1,2%, aos 1.088,55 pontos, e o índice Hang Seng fechou em baixa de 0,5%, depois dos fortes ganhos de ontem, quando declarações do Conselho Estatal chinês reforçaram as expectativas por reformas econômicas.

O índice da Bolsa de Hong Kong também foi pressionado pela China Mobile, empresa com o segundo maior peso no índice. As ações caíram 3,6% depois de a empresa anunciar uma queda de 1,9% no lucro líquido, pressionada por um cenário competitivo maior.

Nos mercados de Xangai e Shenzhen, as ações do setor de telecomunicações foram pressionadas por um movimento de realização de lucros e as dos bancos perderam diante de expectativas de uma desaceleração no crescimento econômico doméstico neste último trimestre.

Hoje o banco central também emitiu sinais de um viés de aperto. O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) se ausentou pela segunda vez das operações de mercado aberto, destinadas a injetar liquidez no sistema bancário, disseram operadores de mercado.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou em alta de 0,1%, para 2.056,12 pontos, assim como o PSEi, nas Filipinas, que alcançou os 6.603,60 pontos. O índice Taiwan Weighted encerrou o pregão asiático na estabilidade, mantendo-se em 8.418,27 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valores

Mais de Mercados

CVC sobe 7% na bolsa com poison pill e alta das ações domésticas

Em meio a pressão por boicotes, ação do Carrefour sobe 3,31%

O saldo final – e os vencedores – da temporada de balanços do 3º tri, segundo três análises

Warren Buffett doa US$ 1,1 bilhão em ações da Berkshire Hathaway: "Nunca quis criar uma dinastia"