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Bolsas asiáticas fecham em direções divergentes

As ações na China avançaram com a expectativa de que o governo central deve acelerar reformas orientadas ao mercado


	Bolsa de Xangai: o índice Xangai Composto subiu 0,6%, para 2.288,53 pontos, elevando o ganho da semana para 0,2%
 (Getty Images/Getty Images)

Bolsa de Xangai: o índice Xangai Composto subiu 0,6%, para 2.288,53 pontos, elevando o ganho da semana para 0,2% (Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2013 às 08h14.

Tóquio - Os mercados acionários da Ásia fecharam em direções divergentes nesta sexta-feira, com especulações e preocupações sobre os possíveis desenvolvimentos na China.

As ações na maior economia da Ásia avançaram com a expectativa de que o governo central deve acelerar reformas orientadas ao mercado na tentativa de garantir que o crescimento econômico recupere força.

O índice Xangai Composto subiu 0,6%, para 2.288,53 pontos, elevando o ganho da semana para 0,2%. O índice Shenzhen Composto ganhou 1,5% e fechou aos 1.029,30 pontos.

"Os investidores estão antecipando que o governo acelerará reformas orientadas ao mercado, o que poderá oferecer um novo impulso para a economia", disse Li Bin, analista da Capital Securities.

Um artigo com comentários do premiê chinês, Li Keqiang, alimentou esperanças dos investidores, disse Li.

"Nós vamos fazer um esforço completo para aprofundar a reforma orientada ao mercado, liberar os dividendos da mudança e continuar a fazer a economia crescer, melhorando os meios de subsistência e promovendo a equidade social", escreveu o premiê em um artigo publicado na quinta-feira no diário suíço Neue Zürcher Zeitung, antes de sua visita à Europa a partir do dia 24 de maio.

Por outro lado, os investidores em Hong Kong e em Taiwan ainda permanecem preocupados com o crescimento chinês. O índice Hang Seng caiu 0,2%, para 22.635,66 pontos, e o índice Taiwan Weighted perdeu 0,3%, aos 8.209,78 pontos.

"A maior preocupação para as ações em Hong Kong continua a ser a desaceleração da economia chinesa", disse Ben Kwong, diretor da KGI Asia. "Ficou claro que a nova liderança chinesa está disposta a tolerar um crescimento menor em troca de uma expansão de qualidade, mas o risco é de que a desaceleração aumente demais".


A Bolsa de Sydney também fechou em terreno negativo. O índice S&P/ASX 200 caiu 1,6%, para 4.983,50 pontos, ampliando as perdas sofridas na quinta-feira. O mercado de Sydney registrou seu pior desempenho semanal em um ano, perdendo 3,9%.

A ações de alto rendimento e mineradoras caíram em Sydney. A Telstra recuou 2,4% e a BHP Billiton perdeu 1,4%.

Já na Coreia do Sul, o índice Kospi terminou em alta de 0,2%, aos 1.973,45 pontos, com ações de montadoras e empresas do setor financeiro liderando os ganhos.

Com menos preocupações sobre o impacto do enfraquecimento do iene sobre as montadoras locais e outros exportadores, o índice conseguiu se recuperar ante as quedas acentuadas de quinta-feira. Segundo analistas, as ações de empresas do setor financeiro também subiram com expectativas de crescimento da demanda doméstica.

O ritmo de queda do iene passou a diminuir, tendo em vista que o presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, não conseguiu aliviar as preocupações na sexta-feira acerca do aumento nos yields (retorno ao investidor) de bônus do governo.

Outra preocupação na região é a possível desaceleração do programa de compras de ativos do Federal Bank, dos EUA. Recentemente, o presidente do Fed, Ben Bernanke, indicou a possibilidade de redução nos estímulos nos próximos meses.

Influenciados pelas possíveis decisões do Fed, os investidores nas Filipinas passaram a realizar lucros e, nesta sexta-feira, a Bolsa de Manila terminou em terreno negativo pelo segundo dia. O índice PSEI caiu 0,6%, para 7.268,91 pontos, perdendo 1,5% nos últimos dois dias, mas com queda de apenas 0,2% na semana. As informações são da Dow Jones.

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