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Bolsas asiáticas caem com cautela sobre EUA

O Fed, banco central dos EUA, anunciará se começará ou não a reduzir os estímulos à economia em 18 de dezembro


	Bolsa de Xangai: na China, o índice Xangai Composto perdeu 1,5%, para 2.204,17 pontos
 (REUTERS/Stringer)

Bolsa de Xangai: na China, o índice Xangai Composto perdeu 1,5%, para 2.204,17 pontos (REUTERS/Stringer)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 06h16.

São Paulo - Os mercados acionários na Ásia encerraram o dia em queda influenciados por um tom de cautela com a próxima reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

A autoridade monetária dos EUA anunciará se começará ou não a reduzir os estímulos à economia em 18 de dezembro. Na semana passada uma série de indicadores reforçaram os sinais positivos à economia, o que é uma condição para que o Fed comece a retirar as compras mensais de ativos.

Ontem à noite, os negociadores republicanos e democratas do Congresso dos EUA anunciaram um acordo orçamentário, o que deve evitar uma nova paralisação do governo no início do próximo ano.

Para o economista-chefe e diretor de estratégia de investimentos da AMP Capital, Shane Oliver, esse acordo acrescenta à possibilidade do Fed começar a reduzir os estímulos na reunião da semana que vem porque retira uma potencial ameaça ao crescimento da economia.

Em Taiwan, o índice Taiwan Weighted encerrou em queda de 0,1%, para 8.433,77 pontos, enquanto na Coreia do Sul o Kospi recuou 0,8% e fechou com 1.977,97 pontos. O PSEi não oscilou sobre o fechamento de ontem, aos 5.888,74 pontos.

O índice S&P/ASX 200, Na Austrália, caiu 0,8%, para 5.104,2 pontos, enquanto na China o índice Xangai Composto perdeu 1,5%, para 2.204,17 pontos, o Shenzhen Composto recuou 0,9%, a 1.056,78 pontos, e o Hang Seng, em Hong Kong, caiu 1,7% e encerrou o pregão com 23.338,24 pontos.

Os mercados acionários chineses também foram afetados pelas preocupações com pressões de curto prazo no setor bancário por conta da liberalização das taxas de juros.


"Os investidores estão preocupados sobre a pressão de curto prazo sobre os lucros dos bancos", afirmou o analista Zheng Ping, da Minsheng Securities. A Shanghai Clearing House informou que os cinco maiores bancos da China irão emitir 19 bilhões de yuans em certificados de depósito negociável, em mais um passo para liberalizar as taxas de juros.

Esses certificados negociáveis forçam os bancos a negociarem o custo do crédito entre eles, dando um claro quadro do custo do capital em um ambiente direcionado pelo mercado. Embora esse seja visto como um passo positivo no longo prazo, no curto prazo a competição mais forte para os bancos estatais pode prejudicar os lucros.

As ações do Bank of China caíram 1,1%, as do China Construction Bank perderam 1,4% e as do Industrial & Commercial Bank of China recuaram 0,5%.

O analista Deng Wenyuan, do Soochow Securities, também lembrou que alguns investidores estão embolsando os ganhos em algumas ações após os fortes ganhos recentes.

Na Austrália, além das perdas nos mercados regionais, o índice alcançou a mínima em três meses e meio com dados decepcionantes de confiança do consumidor. "Nesse ambiente, tem havido uma clara venda de portfólios à medida que os fundos realizam lucros antes que a liquidez seque no fim da semana", afirmou o estrategista-chefe de mercado da CMC Markets, Michael McCarthy.

O índice de sentimento do consumidor da Westpac Banking Corp./Melbourne Institute mostrou uma queda de 4,8% em dezembro. Esse é o maior declínio desde a eleição do governo conservador em setembro. Fonte: Dow Jones Newswires.

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