Bolsa tem queda generalizada
São Paulo - A Bolsa paulista opera em queda nesta sexta-feira, acompanhando Wall Street e influenciada também pelo vencimento de opções sobre ações, na segunda-feira. A desvalorização, quase generalizada, é puxada por Petrobras, ações de empresas do setor aéreo, financeiro e siderurgia. Às 12h04, o principal índice da Bolsa paulista registrava desvalorização de 1,62%, aos […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
São Paulo - A Bolsa paulista opera em queda nesta sexta-feira, acompanhando Wall Street e influenciada também pelo vencimento de opções sobre ações, na segunda-feira. A desvalorização, quase generalizada, é puxada por Petrobras, ações de empresas do setor aéreo, financeiro e siderurgia.
Às 12h04, o principal índice da Bolsa paulista registrava desvalorização de 1,62%, aos 69.381 pontos. Na pontuação mínima atingiu 69.167 pontos (-1,92%). No mesmo momento, Dow Jones recuava 0,44% e S&P registrava perdas de 0,94%.
A briga hoje deve acontecer entre compradores e vendedores de Petrobras e Vale. "Se o Ibovespa ficar a baixo dos 70 mil pontos, a expectativa é que a cotação de Petro fique em R$ 32,00 e Vale na casa dos R$ 50,00", afirma um operador.
Petrobras PN recuava 2,14%, enquanto ON registrava perdas de 2,16%. Segundo operadores, enquanto não houver clareza em relação à capitalização da companhia o papel deverá continuar pressionado. Hoje a cotação do petróleo recua mais de 2%, para a casa dos US$ 83,00 o barril.
Vale PNA cede 0,51%, enquanto as ON registram desvalorização de 0,94%. Hoje os metais básicos operam em alta na London Metal Exchange (LME), depois de os mercados de ações europeus apresentarem leve avanço em razão de dados sobre exportações da União Europeia melhores do que o esperado.
As siderúrgicas caíam em bloco com Gerdau (-3,09%), Gerdau Metalúrgica (-3,75%), Usiminas (-1,46%) e CSN (-1,99%). Em meio à escalada dos custos de suas principais matérias-primas - minério de ferro e carvão -, as siderúrgicas brasileiras se ressentem da
redução da rentabilidade do setor no País.
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p class="pagina">As companhias aéreas lideram as maiores quedas do Ibovespa. TAM recuava 4,50% e Gol cedia 3,83%. Também compõem o grupo de baixas Rossi (3,20%), Itaú Unibanco 3,21% e Itaúsa (-3,04%).
Cielo, que passou a integrar a segunda prévia da carteira teórica do Ibovespa para maio e agosto, divulgada hoje, apresentava desvalorização de 1,06%. Agre (-2,92%) e Brasil Ecodiesel (-0,84%) também estão na segunda prévia da carteira teórica do
Ibovespa.
Banco do Brasil
As ações ordinárias do Banco do Brasil operam em queda de 1,49% pressionadas por notícias sobre tratativas com o argentino Patagônia. A instituição confirmou interesse, mas afirmou que "até o momento não há qualquer posição definitiva" sobre a aquisição do Patagônia. No fato relevante, o BB diz que há a possibilidade de comprar o controle acionário do banco argentino ou ainda deter uma participação relevante na instituição.
O Patagônia, por sua vez, soltou comunicado, dizendo que as negociações com o Banco do Brasil se encontram "muito avançadas" e que "nos próximos dias" espera conclusão de um acordo. Segundo o Patagônia, este acordo pode incluir a aquisição do controle do banco pelo BB. A BM&FBovespa chegou a suspender os negócios com os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) do Banco Patagônia.
OGX
O destaque do dia fica por conta de OGX (0,89%), que novamente lidera a lista de maiores altas do Ibovespa. Ontem o empresário Eike Batista anunciou que prepara para daqui a seis ou oito meses a venda de parte dos ativos de sua empresa de petróleo, para capitalizá-la para novos investimentos. Ele salientou que a OGX dispõe hoje de US$ 4 bilhões em caixa e garantiu ter descoberto "uma nova província petrolífera".
Em relatório divulgado hoje analistas da Link afirmam que não é novidade que Eike tem intenção de acelerar a entrada de recursos na OGX através da venda de uma participação em alguns dos seus blocos. A corretora destaca, no entanto, que nos últimos dias, as negociações nos campos localizados na Bacia de Campos ficaram bastante aquecidas, com a recente aquisição da BP dos ativos da Devon por US$ 5 bilhões.