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Bolsa recua com expectativa sobre juros no Brasil e nos EUA

Às 11h16, o Ibovespa cedia 0,55%, aos 107.591,08 pontos

Ibovespa: índice abre em queda nesta terça-feira (29) (Amanda Perobelli/Reuters)
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Reuters

Publicado em 29 de outubro de 2019 às 10h22.

Última atualização em 29 de outubro de 2019 às 11h33.

São Paulo —  Após renovar máximas na véspera, o Ibovespa operava no campo negativo na sessão desta terça-feira, perdendo o patamar de 108 mil pontos, com investidores ainda aguardando decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos, programadas para quarta-feira.

Às 11h16, o Ibovespa cedia 0,55%, aos 107.591,08 pontos. O volume financeiro era de 3,013 bilhões de reais.

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Na véspera, o índice subiu 0,77%, a 108.187,06 pontos, máxima recorde para um fechamento.

Em sessão com poucas novidades no cenário global, agentes financeiros aguardavam as reuniões do Federal Reserve e do Copom, na expectativa de novos cortes na taxa de juros.

Analistas do BB Investimentos esperam corte de 50 pontos-base na taxa Selic, além de uma "continuidade do ciclo de afrouxamento monetário para pisos históricos ainda menores e da percepção que os juros devem prosseguir baixos por um período prolongado", segundo nota a clientes.

Juros mais baixos melhoram a atratividade da renda variável, e a queda da Selic a sucessivas mínimas históricas tem sido citada por analistas ao longo deste ano como fator para a alta do Ibovespa.

Nos EUA, o Escritório do Representante de Comércio informou na noite de segunda-feira que estuda estender uma suspensão de cobrança de tarifas sobre 34 bilhões de dólares em produtos chineses prevista para expirar em 28 de dezembro.

A suspensão das tarifas de dezembro podem ser vistas como a próxima grande sinalização de que o mercado precisa para reforçar o otimismo em relação a progressos para resolver o conflito tarifário entre EUA e China, informou a Guide Investimentos em nota.

Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, devem finalizar um acordo durante a cúpula de Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (Apec) no próximo mês no Chile, mas a data ainda é flexível, disse uma autoridade da Casa Branca nesta terça-feira.

Destaques

- CCR RODOVIAS perdia 1,78%, entre as maiores baixas do índice, após a empresa anunciar na véspera lucro líquido de 340,2 milhões de reais no 3° trimestre, queda de 6,9% ante mesmo período de 2018, abaixo da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de 445,1 milhões de reais.

- ITAÚ UNIBANCO PN perdia 1,45%, com o setor bancário como um todo corroborando com a queda do índice. BRADESCO PN recuava 1,37% e BANCO DO BRASIL ON desvalorizava-se 0,33%.

- VALE ON recuava 0,10%, seguindo tendência negativa dos futuros de minério de ferro.

- BRF ON avançava 1,01%. A empresa anunciou nesta terça-feira acordo preliminar com a autoridade de investimento da Arábia Saudita, Sagia, para a construção de uma fábrica de produtos processados de frango no país. No setor, Marfrig recuava 0,27%, e JBS cedia 0,28%.

- B2W GLOBAL ON avançava 1,11%, após chegar a acordo para vender produtos da rede Centauro na plataforma online que controla Americanas.com. O Grupo SBF, dono da Centauro, saltava 1,70%.

- EDP BRASIL ON valorizava-se 2,11%, entre as maiores altas do índice, após já ter ganhado 2,49% na sessão da véspera.

- PETROBRAS PN perdia 0,47%, em linha com a queda dos preços dos contratos futuros do petróleo.

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