Bolsa passou por fortes emoções na semana; relembre fatos
Mesmo com a China e com a instabilidade política, Ibovespa fechou em alta de 3,14%
Karla Mamona
Publicado em 28 de agosto de 2015 às 17h26.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h34.
São Paulo - A semana foi agitada para os investidores. O mercado foi diretamente impactado pelo cenário externo e pela incerteza política no Brasil. Logo no início da semana, o mercado foi impactado pelo chamado “Black Monday”. Na segunda-feira, o principal índice acionário chinês, Xangai Composto , fechou em queda de 8,5%. Durante a semana, a bolsa chinesa foi se recuperando depois de indícios de intervenção do governo e expectativas de que os fundos de pensão passem a investir em ações no curto prazo. Na sexta-feira, o Xangai Composto, principal índice acionário chinês, subiu 4,8%, terminando a sessão a 3.232,35 pontos. A Bolsa ainda sofreu os impactos do cenário interno. A notícia de que o PIB brasileiro recuou 1,9% no segundo trimestre não foi bem recebida pelo mercado. Sobre a situação política, que tem desanimado os investores nacionais e estrangeiros, vale lembrar que um grupo de 35 deputados federais divulgou na quinta-feira uma nota "em defesa da representação popular" que pede o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por causa de denúncias de envolvimento do parlamentar em esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro. Apesar disso, o Ibovespa encerrou a semana em alta de 3,14%. Veja nas fotos as ações que foram destaques nesta semana.
As ações ordinárias da Petrobras fecharam a semana em alta de 12,07%, enquanto as preferenciais acumulam ganhos de 8,19%. A estatal decidiu adiar a oferta pública inicial (IPO) da BR Distribuidora . Entre os motivos do adiamento estão as atuais condições de mercado e o momento de transição na diretoria da BR Distribuidora, já que o presidente José de Lima Netto deixou o cargo.
Na semana, as ações ordinárias da Vale acumulam ganhos de 1,86% e as preferenciais, de 4,19%. Os papéis são impactados pelo aumento no preço das commodities. O minério de ferro fechou em alta de quase 4% nesta sexta-feira. Além disso, a mineradora Vale continuou sua venda de ativos não essenciais, fechando acordo para vender uma mina de carvão desativada na Austrália para a Glencore e o Bloomfield Group por um valor não divulgado.
Na semana, as ações da PDG registram perdas de 41,67%. A companhia anunciou que seu Conselho de Administração da construtora aprovou proposta de grupamento da totalidade das ações da companhia na proporção de 50 ações para uma ação.
A GOL anunciou que prazo para que os acionistas possam comprar as sobras de ações do aumento de capital da companhia. Segundo o aviso, os investidores têm até o dia 1º de setembro para subscrever as 22,737 milhões de ações preferenciais que não foram adquiridas até o dia 21 de agosto, quando foi finalizado o prazo inicial para a operação. Na semana, as ações acumulam gamhos de 1,39%.
As ações da CSN acumulam ganhos de 11,48% nesta semana. Segundo uma reportagem do Valor Econômico, a empresa negocia o alongamento de sua dívida com bancos. Com o Banco do Brasil e com a Caixa, a CSN pede a rolagem para 2022 de pagamento da ordem de R$ 5 bilhões que vencem em 2016 e 2017.
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