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Bolsa mostra fraqueza com ambiente de cautela no exterior

Às 11h40, o Ibovespa caía 0,69 por cento, a 87.506,03 pontos. O volume financeiro somava 1,6 bilhão de reais

Bolsa de valores: cenário exterior não é favorável (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 10 de dezembro de 2018 às 12h34.

São Paulo - A bolsa paulista mostrava fraqueza nesta segunda-feira, tendo de pano de fundo a cautela no exterior por preocupações sobre o crescimento econômico, com Petrobras entre os destaques negativos em meio à queda dos preços do petróleo e bloqueios de caminhoneiros, enquanto Eletrobras era destaque positivo antes do leilão de sua distribuidora no Amazonas.

Às 11:40, o Ibovespa caía 0,69 por cento, a 87.506,03 pontos. O volume financeiro somava 1,6 bilhão de reais.

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Na semana passada, o Ibovespa acumulou queda da 1,55 por cento.

Dados sobre o comércio exterior chinês referendaram o quadro de desaceleração da economia da China e do mundo, bem como o ambiente de fragilidade da economia chinesa diante do embate comercial com os Estados Unidos. No exterior, prevalecia a cautela, dada a preocupação de uma diminuição no ritmo de crescimento mais acentuada ou prolongada.

Conforme números conhecidos no sábado na China, as exportações denominadas em dólar em novembro cresceram 5,4 por cento em relação a um ano antes, enquanto as importações avançaram 3 por cento, ambas muito abaixo das expectativas dos analistas e com expansão na base anual menor do que apurado um mês antes.

No âmbito comercial, a China criticou fortemente a detenção da vice-presidente financeira da gigante de telecomunicações chinesa Huawei Technologies e exigiu sua libertação imediata, corroborando apreensões sobre uma delicada trégua acertada com os EUA sobre tarifas. A prisão de Meng Wanzhou ocorreu no Canadá a pedido dos norte-americanos.

Na visão da equipe da corretora Mirae, a desconfiança sobre guerra comercial EUA versus China continua sendo um dos grandes vilões do mercado acionário global, e os números da balança comercial refletem em parte os efeitos dessa disputa.

Destaques

- PETROBRAS ON caía 2,4 por cento e PETROBRAS PN perdia 2 por cento, em meio ao declínio de cerca de 1 por cento nos preços do petróleo e ao vazamento de um duto após tentativa de furto na Baía de Guanabara no fim de semana, enquanto bloqueios de caminhoneiros também traziam certa apreensão e endossavam movimentos de realização de lucros nos papéis que acumulam fortes ganhos no ano. A companhia também iniciou fase não vinculante para venda de 3 campos terrestres no Espírito Santo.

- ELETROBRAS ON subia 0,67 por cento e ELETROBRAS PNB avançava 0,31 por cento, em sessão de alta no setor elétrico e após a liminar que impedia o leilão da distribuidora de energia da elétrica de controle estatal no Estado do Amazonas ser cassada pela Justiça na véspera, dando condições de realização do certame nesta segunda-feira. A previsão é de que o leilão da Amazonas Energia ocorra no final da tarde desta segunda-feira.

- BRADESCO PN recuava 0,98 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN tinha variação negativa de 1,29 por cento.

- VALE operava estável, em meio ao viés negativo em ações de mineradoras na Europa e queda nos preços do minério de ferro na China.

- MARFRIG recuava 2,24 por cento, em queda pelo segundo pregão seguido, com JBS também no vermelho, com declínio de 0,66 por cento.

- GOL tinha desvalorização de 3 por cento, engatando o terceiro pregão de perdas, embora ainda acumule em 2018 ganho de mais de 30 por cento. Mais cedo a companhia aérea divulgou o contrato de arrendamento operacional de 11 aeronaves Boeing 737 MAX 8 com a Avalon, em um processo de aceleração da renovação e modernização da frota.

- TELEFÔNICA BRASIL PN subia 1,73 por cento, tendo no radar programa de recompra de até 37,736 milhões de ações preferenciais e 583,4 mil ações ordinárias. As ações preferenciais equivalem a cerca de 9 por cento das ações dessa espécie da Telefônica Brasil no mercado.

 

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