Bolsa fica no vermelho com piora externa e apreensão fiscal
Às 14h22, horário de Brasília, o Ibovespa caía 1,61 por cento, a 45.517 pontos
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2015 às 14h57.
A Bovespa firmou-se no terreno negativo nesta quarta-feira, em meio à piora do cenário externo e conforme incertezas acerca do cenário fiscal doméstico seguem preocupando investidores.
Às 14:22, horário de Brasília, o Ibovespa caía 1,61 por cento, a 45.517 pontos. Mais cedo, o índice de referência do mercado acionário chegou a subir 0,47 por cento. O volume financeiro somava 3,79 bilhões de reais.
Wall Street acelerou as perdas, com dados fracos de atividade manufatureira da China e Estados Unidos pressionando papéis do setor industrial.
O índice de commodities da Thomson Reuters reverteu os ganhos da primeira etapa do dia a caía 0,93 por cento, atuando como mais um componente de pressão.
No front doméstico, o Congresso Nacional manteve boa parte dos vetos presidenciais a medidas com potencial impacto nas contas públicas, mas adiou dois dos temas mais polêmicos, entre eles reajuste para o Judiciário.
O gestor Eduardo Roche, da Canepa Asset Management, disse que permanecem os temores com a situação fiscal e o risco de novo rebaixamento da nota de crédito.
"Se os vetos fossem derrubados seria o caos, mas a manutenção não muda o panorama." O Credit Suisse ainda destacou em nota a clientes mais cedo que a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que recria a CPMF é um dos temas mais relevantes à dinâmica do mercado brasileiro no curto prazo.
Nesse contexto, endossava o viés defensivo comentário do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de que não vê a "menor possibilidade" de aprovação na Casa da nova CPMF.
Destaques
ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO caíam cerca de 2,5 por cento cada, respondendo pela principal pressão negativa no Ibovespa, com dados de crédito no mercado brasileiro também no radar dos investidores.
"Nossa visão é negativa em relação aos bancos privados, dado que o aumento de 20 pontos básicos nas provisões sobre carteira indica que mais despesas por provisões serão feitas no terceiro trimestre", disse o Credit Suisse em nota a clientes.
PETROBRAS reverteu os ganhos da manhã e mostrava queda de 3,44 por cento nas preferenciais, renovando mínima intradia desde 2004, conforme os preços do petróleo no exterior passaram a cair afetados por dados de estoques de gasolina e o dólar acelerou os ganhos ante o real, superando 4,14 reais na máxima até o momento.
A estatal informou também no final da manhã que um incêndio em um tanque de armazenagem de gás liquefeito de petróleo (GLP) operado pela sua subsidiária Transpetro paralisou nesta quarta-feira as atividades no terminal portuário da cidade de Madre de Deus, na região metropolitana de Salvador (BA).
VALE mostrava queda de 2,2 por cento nas preferenciais de classe A, diante do noticiário chinês desfavorável, com dados fracos da atividade industrial e declínio dos preços à vista do minério de ferro na China <.IO62-CNI=SI>.
CSN caía 12,89 por cento, guiando as perdas no setor siderúrgico no Ibovespa, na esteira do quadro chinês negativo, enquanto ainda contabilizava alta de quase 30 por cento em setembro. USIMINAS perdia 9,72 por cento e GERDAU recuava 3,92 por cento.
JBS avançava 2,5 por cento, amparada na forte alta do dólar ante o real que também beneficiava as fabricantes de celulose FIBRIA e SUZANO, com ganhos respectivos de 1,2 e 0,3 por cento.
KROTON EDUCACIONAL subia 2,5 por cento, entre os principais contrapesos à queda do índice, recuperando-se após desabar quase 8 por cento na terça-feira em meio a notícia sobre possível CPI do programa de financiamento ao ensino do governo federal, o Fies.
GOL subia 1,6 por cento, após cair cerca de 8 por cento na véspera. Na esteira, sua controlada SMILES subia 0,85 por cento.
VALID, que não faz parte do Ibovespa, tinha alta de 7 por cento, após a empresa de tecnologia de meios de pagamento informar na véspera que seu Conselho de Administração aprovou aumento de capital da companhia com preço por ação de 44 reais.
A Bovespa firmou-se no terreno negativo nesta quarta-feira, em meio à piora do cenário externo e conforme incertezas acerca do cenário fiscal doméstico seguem preocupando investidores.
Às 14:22, horário de Brasília, o Ibovespa caía 1,61 por cento, a 45.517 pontos. Mais cedo, o índice de referência do mercado acionário chegou a subir 0,47 por cento. O volume financeiro somava 3,79 bilhões de reais.
Wall Street acelerou as perdas, com dados fracos de atividade manufatureira da China e Estados Unidos pressionando papéis do setor industrial.
O índice de commodities da Thomson Reuters reverteu os ganhos da primeira etapa do dia a caía 0,93 por cento, atuando como mais um componente de pressão.
No front doméstico, o Congresso Nacional manteve boa parte dos vetos presidenciais a medidas com potencial impacto nas contas públicas, mas adiou dois dos temas mais polêmicos, entre eles reajuste para o Judiciário.
O gestor Eduardo Roche, da Canepa Asset Management, disse que permanecem os temores com a situação fiscal e o risco de novo rebaixamento da nota de crédito.
"Se os vetos fossem derrubados seria o caos, mas a manutenção não muda o panorama." O Credit Suisse ainda destacou em nota a clientes mais cedo que a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que recria a CPMF é um dos temas mais relevantes à dinâmica do mercado brasileiro no curto prazo.
Nesse contexto, endossava o viés defensivo comentário do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de que não vê a "menor possibilidade" de aprovação na Casa da nova CPMF.
Destaques
ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO caíam cerca de 2,5 por cento cada, respondendo pela principal pressão negativa no Ibovespa, com dados de crédito no mercado brasileiro também no radar dos investidores.
"Nossa visão é negativa em relação aos bancos privados, dado que o aumento de 20 pontos básicos nas provisões sobre carteira indica que mais despesas por provisões serão feitas no terceiro trimestre", disse o Credit Suisse em nota a clientes.
PETROBRAS reverteu os ganhos da manhã e mostrava queda de 3,44 por cento nas preferenciais, renovando mínima intradia desde 2004, conforme os preços do petróleo no exterior passaram a cair afetados por dados de estoques de gasolina e o dólar acelerou os ganhos ante o real, superando 4,14 reais na máxima até o momento.
A estatal informou também no final da manhã que um incêndio em um tanque de armazenagem de gás liquefeito de petróleo (GLP) operado pela sua subsidiária Transpetro paralisou nesta quarta-feira as atividades no terminal portuário da cidade de Madre de Deus, na região metropolitana de Salvador (BA).
VALE mostrava queda de 2,2 por cento nas preferenciais de classe A, diante do noticiário chinês desfavorável, com dados fracos da atividade industrial e declínio dos preços à vista do minério de ferro na China <.IO62-CNI=SI>.
CSN caía 12,89 por cento, guiando as perdas no setor siderúrgico no Ibovespa, na esteira do quadro chinês negativo, enquanto ainda contabilizava alta de quase 30 por cento em setembro. USIMINAS perdia 9,72 por cento e GERDAU recuava 3,92 por cento.
JBS avançava 2,5 por cento, amparada na forte alta do dólar ante o real que também beneficiava as fabricantes de celulose FIBRIA e SUZANO, com ganhos respectivos de 1,2 e 0,3 por cento.
KROTON EDUCACIONAL subia 2,5 por cento, entre os principais contrapesos à queda do índice, recuperando-se após desabar quase 8 por cento na terça-feira em meio a notícia sobre possível CPI do programa de financiamento ao ensino do governo federal, o Fies.
GOL subia 1,6 por cento, após cair cerca de 8 por cento na véspera. Na esteira, sua controlada SMILES subia 0,85 por cento.
VALID, que não faz parte do Ibovespa, tinha alta de 7 por cento, após a empresa de tecnologia de meios de pagamento informar na véspera que seu Conselho de Administração aprovou aumento de capital da companhia com preço por ação de 44 reais.