Exame Logo

Bolsa fecham em alta com expectativa por estímulos do BCE

Alguns analistas acreditam que o anúncio pode ser feito na próxima reunião do Banco entral Europeu, agendada para 22 de janeiro

Milão: papeis do Monte dei Paschi subiram 12,39% com especulações de que Santander poderia assumir banco (REUTERS/Alessandro Garofalo)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2015 às 15h09.

São Paulo - O apoio do Federal Reserve (Fed, banco central americano) a medidas de estímulos econômicos em outros países junto com uma menor volatilidade nos preços do petróleo levaram as principais bolsas europeias a fecharem em forte alta nesta quinta-feira, 8.

O índice Stoxx 600 subiu 2,75%, para 342,35 pontos.

Após o Fed sinalizar na ata publicada na quarta-feira apoio a medidas que estimulem a economia global, os investidores renovaram as expectativas por um relaxamento quantitativo (QE) na zona do euro.

"Em meio a crescente evidência de que as medidas adotadas até o momento pelo Banco Central Europeu ( BCE ) não produziram os resultados planejados, o relaxamento quantitativo na forma de compra direta de títulos do governo pelo BC europeu está parecendo cada vez mais concreto", afirmaram estrategistas do BNP Paribas.

Alguns analistas acreditam que o anúncio pode ser feito na próxima reunião, agendada para 22 de janeiro.

Indicadores fracos na Europa contribuíram para reforçar as expectativas pelo QE. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) registrou queda de 0,3% na zona do euro em novembro ante outubro.

Na Alemanha, maior economia do bloco, as encomendas à indústria recuaram 2,4% em novembro ante outubro.

Ambos os resultados foram piores do que o esperado pelo mercado.

Já as vendas no varejo na zona do euro tiveram alta de 0,6% em novembro, acima do esperado.

O indicador positivo sozinho não foi forte o suficiente para influenciar a expectativa por mais estímulos monetários.

A divulgação de dados mistos de estoques de petróleo nos EUA na quarta-feira contribuiu para amenizar a volatilidade na sessão de hoje.

A estabilização do petróleo Brent acima de US$ 50,00 por barril ajudou a sustentar os ganhos nos mercados, de acordo com analistas.

Houve redução de 3,1 milhões de barris nas reservas americanas na última semana, mas os estoques de gasolina e destilados cresceram consideravelmente.

No Reino Unido, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) manteve inalterada a taxa básica de juros e o programa de compra de ativos, assim como era esperado.

O índice FTSE-100, em Londres, fechou em alta de 2,34%, aos 6.569,96 pontos.

O destaque foram as ações da varejista Tesco, que subiram 14,97% após a companhia anunciar uma série de mudanças drásticas em resposta a um período de turbulência.

Em Madri, o Ibex 35 ganhou 2,26%, para 10.115,00 pontos. As ações do Santander tiveram as negociações interrompidas e fecharam em alta de 3,33.

O banco anunciou após o fechamento da seção, que irá emitir 1,26 bilhão de ações na operação de aumento de capital que tem por objetivo captar 7,5 bilhões de euros.

Os papéis da empresa voltarão a ser negociados amanhã, a partir das 8h30 no horário local (5h30 no horário de Brasília).

O índice DAX, em Frankfurt, avançou 3,36%, para 9.837,61 pontos e o PSI 20, em Lisboa ganhou 2,98%, para 4.743,56 pontos. Em Milão, o FTSE Mib fechou aos 18.791,83 pontos, uma alta de 3,69%.

Os papeis do banco Monte dei Paschi avançaram 12,39% com especulações de que o Santander poderia assumir o banco italiano após a instituição espanhola sinalizar um aumento de capital. O PSI 20, em Lisboa ganhou 2,98%, para 4.743,56 pontos.

Na contramão, os mercados na Grécia continuam sob pressão com as perdas recentes em meio a preocupações crescentes de que a próxima eleição pode abrir o caminho para o fim da política de austeridade e uma possível saída da zona do euro.

Pesquisas de intenção de voto continuam mostrando vantagem do partido de oposição de esquerda Syriza, apesar de a distância para a legenda do governo ter diminuído.

O índice Athex caiu 2,06%, para 761,66 pontos.

Com informações da Dow Jones Newswires.

Veja também

São Paulo - O apoio do Federal Reserve (Fed, banco central americano) a medidas de estímulos econômicos em outros países junto com uma menor volatilidade nos preços do petróleo levaram as principais bolsas europeias a fecharem em forte alta nesta quinta-feira, 8.

O índice Stoxx 600 subiu 2,75%, para 342,35 pontos.

Após o Fed sinalizar na ata publicada na quarta-feira apoio a medidas que estimulem a economia global, os investidores renovaram as expectativas por um relaxamento quantitativo (QE) na zona do euro.

"Em meio a crescente evidência de que as medidas adotadas até o momento pelo Banco Central Europeu ( BCE ) não produziram os resultados planejados, o relaxamento quantitativo na forma de compra direta de títulos do governo pelo BC europeu está parecendo cada vez mais concreto", afirmaram estrategistas do BNP Paribas.

Alguns analistas acreditam que o anúncio pode ser feito na próxima reunião, agendada para 22 de janeiro.

Indicadores fracos na Europa contribuíram para reforçar as expectativas pelo QE. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) registrou queda de 0,3% na zona do euro em novembro ante outubro.

Na Alemanha, maior economia do bloco, as encomendas à indústria recuaram 2,4% em novembro ante outubro.

Ambos os resultados foram piores do que o esperado pelo mercado.

Já as vendas no varejo na zona do euro tiveram alta de 0,6% em novembro, acima do esperado.

O indicador positivo sozinho não foi forte o suficiente para influenciar a expectativa por mais estímulos monetários.

A divulgação de dados mistos de estoques de petróleo nos EUA na quarta-feira contribuiu para amenizar a volatilidade na sessão de hoje.

A estabilização do petróleo Brent acima de US$ 50,00 por barril ajudou a sustentar os ganhos nos mercados, de acordo com analistas.

Houve redução de 3,1 milhões de barris nas reservas americanas na última semana, mas os estoques de gasolina e destilados cresceram consideravelmente.

No Reino Unido, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) manteve inalterada a taxa básica de juros e o programa de compra de ativos, assim como era esperado.

O índice FTSE-100, em Londres, fechou em alta de 2,34%, aos 6.569,96 pontos.

O destaque foram as ações da varejista Tesco, que subiram 14,97% após a companhia anunciar uma série de mudanças drásticas em resposta a um período de turbulência.

Em Madri, o Ibex 35 ganhou 2,26%, para 10.115,00 pontos. As ações do Santander tiveram as negociações interrompidas e fecharam em alta de 3,33.

O banco anunciou após o fechamento da seção, que irá emitir 1,26 bilhão de ações na operação de aumento de capital que tem por objetivo captar 7,5 bilhões de euros.

Os papéis da empresa voltarão a ser negociados amanhã, a partir das 8h30 no horário local (5h30 no horário de Brasília).

O índice DAX, em Frankfurt, avançou 3,36%, para 9.837,61 pontos e o PSI 20, em Lisboa ganhou 2,98%, para 4.743,56 pontos. Em Milão, o FTSE Mib fechou aos 18.791,83 pontos, uma alta de 3,69%.

Os papeis do banco Monte dei Paschi avançaram 12,39% com especulações de que o Santander poderia assumir o banco italiano após a instituição espanhola sinalizar um aumento de capital. O PSI 20, em Lisboa ganhou 2,98%, para 4.743,56 pontos.

Na contramão, os mercados na Grécia continuam sob pressão com as perdas recentes em meio a preocupações crescentes de que a próxima eleição pode abrir o caminho para o fim da política de austeridade e uma possível saída da zona do euro.

Pesquisas de intenção de voto continuam mostrando vantagem do partido de oposição de esquerda Syriza, apesar de a distância para a legenda do governo ter diminuído.

O índice Athex caiu 2,06%, para 761,66 pontos.

Com informações da Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:AçõesBCEbolsas-de-valoresCACDAXFTSEIndicadores econômicosMercado financeiro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame