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Bolsa estima impacto de medidas daqui a 15 a 20 dias

Por Vinícius Pinheiro São Paulo - O impacto para a BM&FBovespa das resoluções editadas ontem à noite pelo governo, que fecham as brechas que ainda podiam ser usadas pelos investidores estrangeiros para evitar o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), só poderá ser medido dentro de 15 a 20 dias, disse hoje […]

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2010 às 12h40.

Por Vinícius Pinheiro

São Paulo - O impacto para a BM&FBovespa das resoluções editadas ontem à noite pelo governo, que fecham as brechas que ainda podiam ser usadas pelos investidores estrangeiros para evitar o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), só poderá ser medido dentro de 15 a 20 dias, disse hoje o diretor presidente da Bolsa, Edemir Pinto, em teleconferência com a imprensa.

A declaração de Edemir difere da feita na terça-feira pelo diretor executivo financeiro e de relações com investidores da BM&FBovespa, Eduardo Guardia. Em teleconferência com analistas, o executivo avaliou que a decisão do governo de elevar a alíquota do IOF sobre investimentos externos em renda fixa de 4% para 6% não deveria ter impacto significativo nos volumes negociados na Bolsa.

Hoje, Guardia afirmou aos jornalistas que a Resolução 3.914 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que proíbe a realização de aluguel, troca ou empréstimo de títulos e valores mobiliários para investidor estrangeiro com objetivo de realizar operações nos mercados de derivativos atinge não só as negociações em Bolsa como também no mercado de balcão, que havia ficado de fora da decisão anterior. "O objetivo claramente foi o de evitar a chamada arbitragem regulatória", disse.

O potencial impacto dessa resolução no BTC - banco de títulos da bolsa que administra os negócios com aluguel de ações - é limitado, segundo Guardia. De acordo com o executivo, o volume de operações no BTC com ações que pertencem a instituições financeiras reguladas pelo BC, às quais a medida se aplica, representam 5% do total.

Ainda segundo o diretor da Bolsa, a Resolução 3.915 do CMN, que exclui os ajustes diários do pagamento do IOF, é uma boa notícia. "A medida deixa claro que o ajuste pode ser depositado como margem sem a incidência do imposto", afirmou.

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