Bolsa de Tóquio cai 7,92% após Brexit, a maior desde 2011
O resultado da votação, divulgado nesta madrugada, mostrou que 51,9% do eleitorado britânico é a favor do chamado "Brexit"
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2016 às 07h25.
Tóquio - A Bolsa de Tóquio sofreu a maior queda porcentual em cinco anos nesta sexta-feira, pressionada por preocupações com a economia da União Europeia após o Reino Unido decidir abandonar o bloco no plebiscito de ontem.
O resultado da votação, divulgado nesta madrugada, mostrou que 51,9% do eleitorado britânico é a favor do chamado "Brexit", ou seja, que o Reino Unido saia da UE.
O Nikkei, índice que reúne as ações mais negociadas na capital do Japão, fechou em baixa de 7,92%, a 14.952,02 pontos, registrando a maior perda porcentual desde março de 2011 e a maior queda em pontos desde abril de 2000.
Com isso, o índice japonês encerrou o dia no menor nível desde outubro de 2014.
Para o principal gestor de fundos da Mitsubishi UFJ Kokusai Asset Management, Koji Uchida, o resultado do plebiscito britânico levanta questões sobre a integridade do bloco econômico europeu.
"O grande mercado da UE pode estar se rompendo", comentou Uchida. "Isso também pode significar custos de operação maiores para as empresas que estão lá."
O forte avanço do iene ante o dólar, em reação ao Brexit, também prejudicou os negócios no mercado japonês, ao pressionar as ações de exportadoras.
Muitas empresas japonesas esperavam que o dólar operasse em torno de 110 ienes este ano e as mais conservadoras previam cotação de cerca de 105 ienes.
Durante a madrugada, porém, o dólar chegou a recuar brevemente a 99 ienes, o menor nível desde novembro de 2013, antes de se recuperar parcialmente para níveis próximos de 103 ienes.
O ministro de finanças do Japão, Taro Aso, reiterou hoje a promessa de que agirá para conter a valorização do iene, se necessário.
Companhias japonesas que têm maior exposição à economia do Reino Unido lideraram as perdas em Tóquio. A agência de publicidade Dentsu sofreu tombo de 13%, enquanto a seguradora MS&AD Insurance Group Holdings caiu 12% e o conglomerado industrial Hitachi recuou 10%.
Fonte: Dow Jones Newswires.
Tóquio - A Bolsa de Tóquio sofreu a maior queda porcentual em cinco anos nesta sexta-feira, pressionada por preocupações com a economia da União Europeia após o Reino Unido decidir abandonar o bloco no plebiscito de ontem.
O resultado da votação, divulgado nesta madrugada, mostrou que 51,9% do eleitorado britânico é a favor do chamado "Brexit", ou seja, que o Reino Unido saia da UE.
O Nikkei, índice que reúne as ações mais negociadas na capital do Japão, fechou em baixa de 7,92%, a 14.952,02 pontos, registrando a maior perda porcentual desde março de 2011 e a maior queda em pontos desde abril de 2000.
Com isso, o índice japonês encerrou o dia no menor nível desde outubro de 2014.
Para o principal gestor de fundos da Mitsubishi UFJ Kokusai Asset Management, Koji Uchida, o resultado do plebiscito britânico levanta questões sobre a integridade do bloco econômico europeu.
"O grande mercado da UE pode estar se rompendo", comentou Uchida. "Isso também pode significar custos de operação maiores para as empresas que estão lá."
O forte avanço do iene ante o dólar, em reação ao Brexit, também prejudicou os negócios no mercado japonês, ao pressionar as ações de exportadoras.
Muitas empresas japonesas esperavam que o dólar operasse em torno de 110 ienes este ano e as mais conservadoras previam cotação de cerca de 105 ienes.
Durante a madrugada, porém, o dólar chegou a recuar brevemente a 99 ienes, o menor nível desde novembro de 2013, antes de se recuperar parcialmente para níveis próximos de 103 ienes.
O ministro de finanças do Japão, Taro Aso, reiterou hoje a promessa de que agirá para conter a valorização do iene, se necessário.
Companhias japonesas que têm maior exposição à economia do Reino Unido lideraram as perdas em Tóquio. A agência de publicidade Dentsu sofreu tombo de 13%, enquanto a seguradora MS&AD Insurance Group Holdings caiu 12% e o conglomerado industrial Hitachi recuou 10%.
Fonte: Dow Jones Newswires.