Por Luciana Antonello Xavier

Nova York - A expectativa de uma temporada de balanços melhor nos Estados Unidos, a ajuda do Japão à Europa e a esperança de que Portugal consiga resolver sua crise fiscal sem pedir socorro financeiro favorecem os negócios com ações em Nova York. Às 12h36 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,45%, o Nasdaq avançava 0,44% e o S&P-500 registrava alta de 0,44%.

Na Europa, a notícia de que o Japão planeja comprar 20% dos bônus que serão oferecidos pela Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) neste mês trouxe ânimo para as bolsas. A EFSF, um fundo de 440 bilhões de euros, foi criado em junho de 2010 para ajudar a financiar resgates financeiros de países da zona do euro (que atualmente reúne os 17 países que utilizam o euro como moeda).

Apesar de vários sinais mostrarem o contrário, Portugal garantiu hoje que não vai precisar de nenhuma ajuda financeira. Foi o que disse o primeiro-ministro português, José Sócrates. "Não é necessário", afirmou. Mais cedo, o ministro de Finanças do país, Fernando Teixeira dos Santos, havia dito que o governo fará de tudo "para evitar tal eventualidade".

Mas o juro dos títulos da dívida de 10 anos de Portugal superou os 7%. Grécia e Irlanda, as duas nações da zona do euro socorridas pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no ano passado, levaram menos de um mês para pedir ajuda a partir do momento em que os juros dos títulos da dívida de 10 anos atingiram a marca dos 7%, lembra Prieur du Plessis, da Plexus Asset Management.

No campo corporativo, após o fechamento do pregão ontem, a Alcoa divulgou que o lucro das vendas de alumínio no quarto trimestre de 2010 cresceu 4% e projetou crescimento também para este ano. O Apollo Group divulgou um lucro no quarto trimestre acima do esperado. Já a varejista Sears informou que espera que o quarto trimestre e o resultado de 2010 superem as estimativas. A empresa de telefonia Verizon deve anunciar hoje que irá começar a vender o iPhone, da Apple, até o fim do mês, tirando a exclusividade de três anos e meio da AT&T.