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Bolsa brasileira quer ser referência no preço do etanol

BM&FBovespa quer ser um “farol” do preço do etanol, da mesma forma que o mercado em Nova York serve de base para a soja e o café

Setor deve captar até US$ 8 bilhões por ano para atender a demanda até 2014 (Manoel Marques/VEJA)
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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2010 às 10h57.

A BM&FBovespa monta uma estratégia de médio prazo para se tornar a referência internacional no preço do etanol e ser um veículo para financiar o setor nos próximos anos. A Bolsa alerta que o setor do etanol precisará de investimentos de 8 bilhões de dólares por ano apenas para atender à demanda de açúcar e combustível até 2014.

A ofensiva surge em um momento em que o setor do etanol no Brasil passa por uma transformação profunda. Consolidações estão ocorrendo e a projeção é de que, em 2015, 40% da produção nacional já esteja nas mãos de estrangeiros. Mas a constatação também é de que parte da expansão do setor terá de passar pelo mercado financeiro e por uma maior integração com as bolsas.

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A ideia da BM&FBovespa é a de se consolidar como um "farol" do preço do etanol, da mesma forma que Nova York serve de base para o café e a soja segue as tendências da Bolsa de Chicago. Um dos argumentos da Bolsa é que o Brasil é hoje um dos países que menos intervêm nos preços do etanol e, portanto, seria o mercado onde a commodity tem um comportamento de preço mais parecido com o de um mercado livre.

Um primeiro passo foi dado em maio, com o lançamento dos contratos de etanol com liquidação financeira. O contrato é cotado em reais e, na avaliação de Ivan Wedekin, diretor de commodities da Bolsa, a iniciativa está contribuindo para a maior transparência no mercado.

Apenas seis meses depois, 4 mil contratos de etanol já são negociados mensalmente. Wedekin aponta que o processo está apenas começando e aposta em uma expansão ainda maior nos próximos meses.

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