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Bolsa brasileira despenca 4% após rebaixamento do rating americano

Mercados em todo o mundo caem forte na manha desta segunda-feira

Investidor preocupado (Getty Images)

Investidor preocupado (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2011 às 10h24.

São Paulo – O Ibovespa iniciou a primeira sessão após o rebaixamento da nota de classificação de risco em forte queda. Há instantes, o Ibovespa negociava em forte queda de 3,91%, aos 50.876 pontos. Em Wall Street, os principais índices do país também apontam para uma abertura com desvalorização superior a 2%.

Na Ásia, a bolsa de Tóquio terminou o dia em queda de 2,2%. Na Europa, os principais mercados da região também tombam. O DAX 30, da bolsa de Frankfurt, cai 2,45%. Em Paris, o CAC 40 recua 2,25% e, em Londres, o FTSE 100 se desvaloriza em 1,8%.

O Banco Central Europeu (BCE) sinalizou ontem que está pronto para comprar títulos dos membros da Zona do Euro para garantir a estabilidade da região e “restaurar uma melhora transmissão das nossas decisões de política monetária”.

“AA+”

A Standard & Poor's rebaixou, na sexta-feira, o rating americano de AAA para AA+, com perspectiva negativa. A agência mostrou preocupação com o ambiente político após as discussões no Congresso que quase levaram o país a dar calote em sua dívida.

Os partidos republicano e democrata deixaram para o último dia a aprovação do aumento do limite de endividamento do país, que foi elevado em 2,1 trilhões de dólares. O Congresso ainda anunciou cortes de gastos no valor de 2,4 trilhões de dólares. O estrago político, contudo, já estava feito.

Para as agências Moody's e Fitch, os EUA continuam com a melhor classificação possível da dívida. Segundo a S&P, o plano de consolidação fiscal não atinge o que seria necessário para estabilizar a dinâmica da dívida no médio prazo.

“O rebaixamento reflete a nossa opinião de que a efetividade, estabilidade e previsibilidade da formação de políticas e das instituições políticas americanas se enfraqueceram em um momento de desafios econômicos e fiscais para um degrau além do que visionamos”, mostra o comunicado publicado na sexta-feira.

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