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Bolsa abre em alta apesar de preocupação com a Grécia

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em alta, apesar da aversão ao risco no exterior, em razão de um provável calote na dívida da Grécia às pistas dadas pelos bancos centrais dos Brics, de que o processo de aperto monetário não deve ser interrompido em breve. Os […]

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2011 às 11h00.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em alta, apesar da aversão ao risco no exterior, em razão de um provável calote na dívida da Grécia às pistas dadas pelos bancos centrais dos Brics, de que o processo de aperto monetário não deve ser interrompido em breve. Os Estados Unidos, porém, divulgaram dados favoráveis sobre a economia na manhã de hoje. Às 10h21 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) subia apenas 0,02%, aos 61.613 pontos.

O dia começou tenso no exterior, após o primeiro-ministro grego, Georges Papandreou, ter fracassado ontem na criação de um governo de união nacional. O premiê tenta dar hoje sua última cartada e formar um novo governo, mas as sucessivas baixas no governista Partido Socialista deixam dúvidas sobre a permanência do premiê no cargo. Porém, a União Europeia (UE) está confiante de que chegará a um acordo para liberar a quinta parcela do financiamento ao país mediterrâneo, em julho, o que deve garantir o financiamento das dívidas gregas até setembro.

Porém, o economista da Senso Corretora, Antônio César Amarante, lembra que a crise financeira global desencadeada pelo colapso do Lehman Brothers, em 2008, ainda está "fresca" na memória dos investidores. Com isso, o fator emocional tende a prevalecer sobre os negócios. "O risco de contágio para além da Grécia e de uma crise sistêmica, por causa da exposição aos títulos gregos, é grande", afirma. "Não há razão para as compras, olhando tanto a conjuntura internacional quanto a doméstica".

No Brasil, o Banco Central (BC) divulgou hoje a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), quando a Selic (a taxa básica de juros) subiu de 12,00% para 12,25% ao ano. "O documento enfatiza a percepção do mercado de que haverá um ajuste em julho e o 'período suficientemente prolongado' reitera que novos apertos virão, mas talvez não de modo sucessivo", comenta o economista da Senso.

Hoje, os gigantes asiáticos Índia e China deram novas pistas de que o processo de aperto monetário deve continuar. O Banco Central da Índia elevou sua taxa básica de juros em 0,25 ponto porcentual, para 7,50% ao ano. Já o Banco Central da China elevou, pela primeira vez desde o começo de abril, o yield (retorno ao investidor) das notas de três meses vendidas em suas operações regulares de mercado aberto, reforçando as apostas de novos aumentos na taxa de juros do país no curto prazo.

Nos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana passada caíram mais que o previsto, em 16 mil, acima da previsão de queda de 7 mil. Além disso, as permissões para novas obras residenciais avançaram 8,7%, contrariando a previsão de queda de 0,7%.

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São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em alta, apesar da aversão ao risco no exterior, em razão de um provável calote na dívida da Grécia às pistas dadas pelos bancos centrais dos Brics, de que o processo de aperto monetário não deve ser interrompido em breve. Os Estados Unidos, porém, divulgaram dados favoráveis sobre a economia na manhã de hoje. Às 10h21 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) subia apenas 0,02%, aos 61.613 pontos.

O dia começou tenso no exterior, após o primeiro-ministro grego, Georges Papandreou, ter fracassado ontem na criação de um governo de união nacional. O premiê tenta dar hoje sua última cartada e formar um novo governo, mas as sucessivas baixas no governista Partido Socialista deixam dúvidas sobre a permanência do premiê no cargo. Porém, a União Europeia (UE) está confiante de que chegará a um acordo para liberar a quinta parcela do financiamento ao país mediterrâneo, em julho, o que deve garantir o financiamento das dívidas gregas até setembro.

Porém, o economista da Senso Corretora, Antônio César Amarante, lembra que a crise financeira global desencadeada pelo colapso do Lehman Brothers, em 2008, ainda está "fresca" na memória dos investidores. Com isso, o fator emocional tende a prevalecer sobre os negócios. "O risco de contágio para além da Grécia e de uma crise sistêmica, por causa da exposição aos títulos gregos, é grande", afirma. "Não há razão para as compras, olhando tanto a conjuntura internacional quanto a doméstica".

No Brasil, o Banco Central (BC) divulgou hoje a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), quando a Selic (a taxa básica de juros) subiu de 12,00% para 12,25% ao ano. "O documento enfatiza a percepção do mercado de que haverá um ajuste em julho e o 'período suficientemente prolongado' reitera que novos apertos virão, mas talvez não de modo sucessivo", comenta o economista da Senso.

Hoje, os gigantes asiáticos Índia e China deram novas pistas de que o processo de aperto monetário deve continuar. O Banco Central da Índia elevou sua taxa básica de juros em 0,25 ponto porcentual, para 7,50% ao ano. Já o Banco Central da China elevou, pela primeira vez desde o começo de abril, o yield (retorno ao investidor) das notas de três meses vendidas em suas operações regulares de mercado aberto, reforçando as apostas de novos aumentos na taxa de juros do país no curto prazo.

Nos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana passada caíram mais que o previsto, em 16 mil, acima da previsão de queda de 7 mil. Além disso, as permissões para novas obras residenciais avançaram 8,7%, contrariando a previsão de queda de 0,7%.

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