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BoJ leva Tóquio a fechar perto de maior nível do ano

O volume de negócios foi bem significativo, com mais de 4,27 bilhões de ações, com valor próximo de 3,1 trilhões de ienes, mudando de mãos

Bolsa de Tóquio: o índice Nikkei subiu 2,2%, para 12.634,54 pontos, após a forte alta de 3,0% da sessão anterior (Keith Tsuji/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2013 às 08h08.

Tóquio - As ações na Bolsa de Tóquio reverteram as fortes perdas do início da sessão e fecharam em alta nesta quinta-feira, reagindo às esperadas medidas de estímulo anunciadas no começo da madrugada pelo Banco do Japão (BoJ) sob nova liderança.

O índice Nikkei subiu 2,2%, para 12.634,54 pontos, após a forte alta de 3,0% da sessão anterior. O Nikkei encerrou o pregão na máxima do dia e a apenas dois pontos do nível máximo de fechamento deste ano, atingido em 21 de março.

O volume de negócios foi bem significativo, com mais de 4,27 bilhões de ações, com valor próximo de 3,1 trilhões de ienes, mudando de mãos. Neste ano, no entanto, o mercado japonês já teve vários outros dias ainda mais intensos de transações.

Antes do anúncio do BoJ, as ações japonesas caíram com força, seguindo a desvalorização do dólar após indicadores negativos do mercado de trabalho e setor de serviços dos EUA, divulgados ontem.

O plano de relaxamento quantitativo revelado pelo BOJ nos últimos 80 minutos de pregão, porém, acabou dando impulso à bolsa após o dólar mudar radicalmente de tendência ante a moeda japonesa e avançar para mais de 95 ienes, de menos de 93 ienes em seu pior momento. No final da tarde de ontem em Nova York, o dólar estava em 93,05 ienes.

Como esperado, o recém-empossado presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, anunciou medidas agressivas para estimular a economia do Japão e tentar superar o problema da deflação.


A instituição planeja ampliar a base monetária do país a um ritmo anual de 60 trilhões a 70 trilhões de ienes, com o objetivo de dobrá-la para 270 trilhões de ienes até o final de 2014, e estender o vencimento médio dos bônus do governo de 3 para 7 anos.

"A clareza do anúncio foi bem-vinda após várias semanas ouvindo frases condicionais como o que, onde e quanto o BoJ fará sob novo comando", comentou Takako Masai, gerente geral de mercados do Shinsei Bank. "O aumento do vencimentos dos bônus e a expansão da base monetária foram positivas e não decepcionaram o mercado."

Ações dos setores financeiro e imobiliário foram as mais beneficiadas hoje. Entre os bancos, Mitsubishi UFJ Financial Group deu um salto de 5,5%, enquanto Mizuho Financial Group ganhou 5,1%. Daiwa Securities Group liderou as grandes corretoras, com uma alta de 4,1%.

Já a Mitsui Fudosan, blue chip da indústria imobiliária, avançou 3,1%, e a rival Sumitomo Realty & Development disparou 10%.

Já Honda Motor and Kyocera estiveram entre exportadores que ganharam com a desvalorização do iene, com ganhos respectivos de 3,4% e 2,0%.

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Tóquio - As ações na Bolsa de Tóquio reverteram as fortes perdas do início da sessão e fecharam em alta nesta quinta-feira, reagindo às esperadas medidas de estímulo anunciadas no começo da madrugada pelo Banco do Japão (BoJ) sob nova liderança.

O índice Nikkei subiu 2,2%, para 12.634,54 pontos, após a forte alta de 3,0% da sessão anterior. O Nikkei encerrou o pregão na máxima do dia e a apenas dois pontos do nível máximo de fechamento deste ano, atingido em 21 de março.

O volume de negócios foi bem significativo, com mais de 4,27 bilhões de ações, com valor próximo de 3,1 trilhões de ienes, mudando de mãos. Neste ano, no entanto, o mercado japonês já teve vários outros dias ainda mais intensos de transações.

Antes do anúncio do BoJ, as ações japonesas caíram com força, seguindo a desvalorização do dólar após indicadores negativos do mercado de trabalho e setor de serviços dos EUA, divulgados ontem.

O plano de relaxamento quantitativo revelado pelo BOJ nos últimos 80 minutos de pregão, porém, acabou dando impulso à bolsa após o dólar mudar radicalmente de tendência ante a moeda japonesa e avançar para mais de 95 ienes, de menos de 93 ienes em seu pior momento. No final da tarde de ontem em Nova York, o dólar estava em 93,05 ienes.

Como esperado, o recém-empossado presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, anunciou medidas agressivas para estimular a economia do Japão e tentar superar o problema da deflação.


A instituição planeja ampliar a base monetária do país a um ritmo anual de 60 trilhões a 70 trilhões de ienes, com o objetivo de dobrá-la para 270 trilhões de ienes até o final de 2014, e estender o vencimento médio dos bônus do governo de 3 para 7 anos.

"A clareza do anúncio foi bem-vinda após várias semanas ouvindo frases condicionais como o que, onde e quanto o BoJ fará sob novo comando", comentou Takako Masai, gerente geral de mercados do Shinsei Bank. "O aumento do vencimentos dos bônus e a expansão da base monetária foram positivas e não decepcionaram o mercado."

Ações dos setores financeiro e imobiliário foram as mais beneficiadas hoje. Entre os bancos, Mitsubishi UFJ Financial Group deu um salto de 5,5%, enquanto Mizuho Financial Group ganhou 5,1%. Daiwa Securities Group liderou as grandes corretoras, com uma alta de 4,1%.

Já a Mitsui Fudosan, blue chip da indústria imobiliária, avançou 3,1%, e a rival Sumitomo Realty & Development disparou 10%.

Já Honda Motor and Kyocera estiveram entre exportadores que ganharam com a desvalorização do iene, com ganhos respectivos de 3,4% e 2,0%.

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