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BC atua e dólar reduz um pouco alta, após atingir R$ 2,14

O Banco Central voltou a intervir no mercado pela primeira vez desde o final de março

A última vez em que o Banco Central interveio no mercado de câmbio foi no final de março deste ano, quando o dólar se aproximava de 2,03 reais no intradia (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2013 às 16h36.

São Paulo  - O dólar reduziu parte da alta após atingir o patamar de 2,14 reais mais cedo, maior nível intradia em mais de quatro anos, com o Banco Central voltando a intervir no mercado pela primeira vez desde o final de março.

Segundo analistas, a ação do BC visou frear um movimento especulativo impulsionado pela formação da Ptax e que sinaliza desconforto com o alto patamar, mas que ainda é cedo para estabelecer novo teto para a divisa norte-americana.

Às 13h32, a moeda norte-americana subia 0,91 %, para 2,1335 reais na venda, depois de bater 2,1459 reais na máxima do dia --nível não visto desde maio de 2009, quando o mundo passava por uma crítica crise financeira.

Na mínima do dia, o dólar foi negociado a 2,1189 reais na venda, logo após a intervenção da autoridade monetária. Segundo dados da BM&F, o volume negociado estava em torno de 712 milhões de dólares, baixo por conta da emenda de feriado de Corpus Christi.

"Ainda é cedo para estabelecer em qual nível o BC quer o dólar... Mas já sinaliza que não vai deixar o dólar rolar muito mais do que isso", afirmou o operador da Intercam Corretora Glauber Romano.

Antes de anunciar o leilão de swap cambial tradicional --equivalente a uma venda de dólares no mercado futuro-- no início da tarde, o BC fez pesquisa de demanda para a operação.

Foram vendidos 17,6 mil contratos da oferta de até 30 mil.

A última vez que a autoridade monetária interveio no mercado de câmbio foi no final de março deste ano, quando o dólar se aproximava de 2,03 reais no intradia.

A alta da moeda foi impulsionada nesta sessão com a briga pela formação da Ptax de maio, cujo fechamento foi por volta das 13h, e com a valorização da divisa no exterior, o que ofuscava a alta da taxa básica de juros do país para 8 % ao ano, que tende a elevar a atratividade do país para investidores estrangeiros.


Uma fonte do governo disse nesta sexta-feira à Reuters que a alta da Selic tende a mitigar a alta do dólar ante o real, mas que ainda é cedo para falar o que vai acontecer com o câmbio no futuro próximo devido aos sinais de melhora da economia norte-americana.

Mais cedo, o dólar avançou de forma generalizada no exterior diante do movimento de aversão a risco. A divisa vem se valorizando recentemente devido a preocupações de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, diminua seu programa de estímulo monetário --o que reduziria a oferta de dólares no mercado.

Analistas destacavam que recentes declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, colocavam dúvidas sobre possível novo nível de intervenção do BC, uma vez que o ministro disse que o câmbio não será usado como ferramenta de combate à inflação.

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Segundo analistas, a ação do BC visou frear um movimento especulativo impulsionado pela formação da Ptax e que sinaliza desconforto com o alto patamar, mas que ainda é cedo para estabelecer novo teto para a divisa norte-americana.

Às 13h32, a moeda norte-americana subia 0,91 %, para 2,1335 reais na venda, depois de bater 2,1459 reais na máxima do dia --nível não visto desde maio de 2009, quando o mundo passava por uma crítica crise financeira.

Na mínima do dia, o dólar foi negociado a 2,1189 reais na venda, logo após a intervenção da autoridade monetária. Segundo dados da BM&F, o volume negociado estava em torno de 712 milhões de dólares, baixo por conta da emenda de feriado de Corpus Christi.

"Ainda é cedo para estabelecer em qual nível o BC quer o dólar... Mas já sinaliza que não vai deixar o dólar rolar muito mais do que isso", afirmou o operador da Intercam Corretora Glauber Romano.

Antes de anunciar o leilão de swap cambial tradicional --equivalente a uma venda de dólares no mercado futuro-- no início da tarde, o BC fez pesquisa de demanda para a operação.

Foram vendidos 17,6 mil contratos da oferta de até 30 mil.

A última vez que a autoridade monetária interveio no mercado de câmbio foi no final de março deste ano, quando o dólar se aproximava de 2,03 reais no intradia.

A alta da moeda foi impulsionada nesta sessão com a briga pela formação da Ptax de maio, cujo fechamento foi por volta das 13h, e com a valorização da divisa no exterior, o que ofuscava a alta da taxa básica de juros do país para 8 % ao ano, que tende a elevar a atratividade do país para investidores estrangeiros.


Uma fonte do governo disse nesta sexta-feira à Reuters que a alta da Selic tende a mitigar a alta do dólar ante o real, mas que ainda é cedo para falar o que vai acontecer com o câmbio no futuro próximo devido aos sinais de melhora da economia norte-americana.

Mais cedo, o dólar avançou de forma generalizada no exterior diante do movimento de aversão a risco. A divisa vem se valorizando recentemente devido a preocupações de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, diminua seu programa de estímulo monetário --o que reduziria a oferta de dólares no mercado.

Analistas destacavam que recentes declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, colocavam dúvidas sobre possível novo nível de intervenção do BC, uma vez que o ministro disse que o câmbio não será usado como ferramenta de combate à inflação.

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