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Banco Inter cai até 13% com possível realização de lucros; units sobem 225% em 12 meses

No ano, os ativos BIDI11 ainda acumulam ganhos de 47%, enquanto o índice Financeiro (IFNC) da Bolsa recua 9%

(Banco Inter/Divulgação)
PB

Paula Barra

Publicado em 5 de março de 2021 às 14h55.

Última atualização em 5 de março de 2021 às 14h59.

As units do Banco Inter (BIDI11) caem 4,99%, cotadas em 151,90 reais, nesta sexta-feira, 5, depois de terem atingido na mínima do dia queda de 13,05%, em 139,00 reais. Segundo analistas do mercado, aparentemente não há nenhuma notícia específica sobre os papéis hoje, mas o movimento pode ser uma possível realização de lucros.

No ano, os ativos do banco Inter ainda acumulam ganhos de 46,8%, enquanto o índice Financeiro (IFNC) da Bolsa recua 9,22%. Nos últimos 12 meses, a valorização das units BIDI11 é de 224,9%, contra uma queda de 5,2% do IFNC no mesmo intervalo.

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"Não vi nenhuma notícia nova sobre o banco, mas acredito que o papel teve uma forte alta no fim do ano passado (entre novembro e dezembro, subiram 100%) e começou este ano da mesma maneira", comentou o analista Henrique Esteter, da Guide Investimentos.

"Mas hoje estamos vendo no mercado um dia mais favorável para blue chips. Os bancões estão ganhando força e até mesmo outras empresas com valor de mercado maior. Isso pode estar levando investidores a realizarem um pouco o lucro na posição em Inter e migrarem para grandes bancos", apontou.

No mesmo sentido, o analista Regis Chinchila, da Terra Investimentos, comentou que não viu nenhuma novidade sobre o papel, mas que a correção recente tem acompanhado também as units do BTG Pactual (BPAC11).

Depois de atingirem máxima histórica no dia 8 de fevereiro, os papéis BPAC11 entraram em movimento de correção na Bolsa e registram daquele momento até agora desvalorização de 14%. Ainda assim, no ano, sobem 4,5%; e, nos últimos 12 meses, avançam 50,2%.

"Podemos dizer que os investidores estão realizando lucros recentes com esses papéis e indo em busca agora de outros setores e oportunidades", disse Chinchila.

Para o analista-chefe da EXAME Invest Pro, Bruno Lima, que também apontou que não viu nenhuma notícia específica sobre o papel, o movimento pode ser reflexo também da abertura dos juros dos títulos do governo americano com vencimento em 10 anos, que têm pressionado principalmente essas ações de crescimento.

Como os investidores acreditam que as ações de crescimento (mais voltadas para tecnologia) terão uma expansão expressiva dos lucros no futuro, isso acaba puxando esses papéis para patamares de valuation mais elevados. Com isso, aumentos de taxas de juros se tornam mais sensíveis para esses ativos, uma vez que eles corroem parte do valor dos fluxos de caixa futuros projetados para essas companhias.

Nos Estados Unidos, a taxa de juros dos títulos de 10 anos do governo americano é negociada nesta sexta-feira em 1,556%, depois de ter atingido mais cedo nova máxima este ano, em 1,626%.

 

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