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Banco do Brasil e Petrobras puxam Ibovespa para baixo

Bolsa brasileira exibia tom negativo nesta quarta-feira, após decepção com as empresas


	BM&FBovespa: às 11h30, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,81 por cento, a 53.942 pontos
 (Nacho Doce/Reuters)

BM&FBovespa: às 11h30, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,81 por cento, a 53.942 pontos (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 10h49.

São Paulo - Sob pressão majoritária das estatais Banco do Brasil e Petrobras, a bolsa brasileira exibia tom negativo nesta quarta-feira, após a maior instituição financeira do país divulgar lucro líquido trimestral abaixo do esperado e a petroleira informar que não há decisão "até o momento" quando ao esperado reajuste dos preços dos combustíveis.

Às 11h30, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,81 por cento, a 53.942 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,1 bilhão de reais.

Com queda de mais de 6 por cento, a ação do Banco do Brasil liderava as perdas do índice. A instituição teve lucro líquido maior no terceiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado, mas o resultado veio abaixo da média de projeções do mercado e a instituição reduziu a perspectiva para o crescimento de sua carteira de crédito em 2014. "O mercado pode ter comprado uma expectativa ontem que não se traduziu nos números hoje", disse o analista da Guide Investimentos Luis Gustavo Pereira.

A ação do Banco do Brasil fechou na véspera com valorização de 5 por cento em antecipação ao balanço. "O Banco do Brasil não teve um resultado tão animador quanto Itaú Unibanco e Bradesco ", acrescentou Pereira.

Excluindo efeitos não recorrentes, o lucro do Banco do Brasil foi de 2,885 bilhões de reais. A previsão média de analistas consultados pela Reuters apontava para um resultado recorrente de 3,014 bilhões de reais.

Os papéis de BR Malls e TIM Participações também recuavam na esteira de seus resultados trimestrais. Além disso, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira que representantes das empresas de telefonia Claro, Vivo e Oi negaram ter acordo para comprar e fatiar a rival TIM.

Ambas as ações da Petrobras tinham perdas ao redor de 2 por cento, constando entre as principais influências de baixa sobre o mercado. A estatal frustrou investidores ao informar ao fim de reunião de seu Conselho de Administração na véspera que "até o momento" não há decisão quanto ao amplamente aguardado reajuste no preço da gasolina e do diesel. Notícias da mídia, contudo, afirmaram que a Petrobras já teria recebido o aval do governo para reajustar os preços, embora o percentual não tenha sido fechado na reunião.

As ações da América Latina Logística se destacavam no sentido oposto, após a Cosan Logística informar que a companhia recebeu aprovação da Agência Nacional de Transportes (ANTT) para a incorporação da empresa pela Rumo.

A Cosan Logística acrescentou que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) declarou o negócio como "complexo".

A ação da Gerdau mostrava volatilidade após o grupo siderúrgico divulgar números trimestrais, tendo aberto o pregão em queda e revertido para leve alta. O lucro líquido da empresa caiu em mais da metade no terceiro trimestre.

No cenário macroeconômico externo, repercutia no mercado e nos preços das commodities o enfraquecimento do crescimento do setor de serviços da China em outubro, segundo pesquisa Índice Gerente de Compras (PMI) do HSBC/Markit. O PMI recuou a 52,9 em outubro, na leitura mais fraca desde julho, frente a 53,5 em setembro.

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