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Auxílio-desemprego e consumo limitam alta em Nova York

O mercado aguarda o discurso do presidente do Fed, Ben Bernanke, que ontem deixou sinais de que não deve promover outro programa de relaxamento

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2012 às 11h54.

Nova York - A queda menor do que o esperado dos pedidos de auxílio-desemprego e o gasto dos consumidores abaixo das estimativas nos Estados Unidos limitam um avanço maior das bolsas novaiorquinas hoje, que abriram em alta moderada. Além disso, o mercado aguarda o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, que ontem deixou sinais de que não deve promover outro programa de relaxamento quantitativo ou um QE3. Às 11h42, Dow Jones e Nasdaq subiam, respectivamente, 0,47% e 0,43%.

O número de pedidos de auxílio-desemprego caiu 2 mil, para 351 mil, na semana passada, menos do que a alta esperada de 4 mil solicitações. Já o gasto dos consumidores dos EUA subiu 0,2% em janeiro ante dezembro e a renda pessoal teve alta de 0,3% no mesmo período. Economistas esperavam que os gastos e a renda subiriam 0,4% em janeiro. Hoje também saem os números das vendas das montadoras e das redes varejistas nos EUA em fevereiro.

Bernanke falará às 12h em uma audiência com o Comitê de Bancos do Senado. O presidente do Fed disse ontem que a recuperação da economia americana segue de forma instável, que os fundamentos para os gastos da família são fracos e ainda há pressão do mercado imobiliário, que patina na recuperação. Ele também alertou que um "grande acidente financeiro" na Europa representaria um risco significativo para os EUA.

Na Europa, as atenções estão em mais uma reunião de cúpula dos líderes europeus hoje e amanhã, que deve finalizar o segundo pacote de resgate à Grécia e buscar formas de estimular o crescimento da região. A preocupação com o crescimento e criação de empregos esteve no topo das discussões da reunião dos ministros de Finanças do G20, no último final de semana, na Cidade do México.

O investidor também acompanha a possibilidade de os CDS serem disparados. Hoje mais um participante do mercado questionou a Associação Internacional de Swaps e Derivativos (Isda, na sigla em inglês) para saber se o acordo para reestruturação da dívida grega é um evento de crédito, informou a entidade em seu site na internet, que poderia disparar o pagamento dos swaps de default de crédito. Um outro questionamento já foi feito e a resposta pode sair na segunda-feira.

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