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Ata pode não definir rumo da Selic, mas DI segue à espera

São Paulo - As projeções de juros operavam perto da estabilidade nesta quarta-feira, com o mercado na expectativa de dados e comentários do Banco Central que contribuam para esclarecer o rumo da Selic. Às 10h28, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) janeiro de 2012 era negociado a 12,39 por cento ao ano, contra 12,38 por […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2011 às 10h46.

São Paulo - As projeções de juros operavam perto da estabilidade nesta quarta-feira, com o mercado na expectativa de dados e comentários do Banco Central que contribuam para esclarecer o rumo da Selic.

Às 10h28, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) janeiro de 2012 era negociado a 12,39 por cento ao ano, contra 12,38 por cento no ajuste da véspera.

O DI outubro de 2011 saía a 12,31 por cento, estável. O DI janeiro de 2013 apontava 12,45 por cento, frente a 12,47 por cento no ajuste anterior.

O mercado aguarda ainda nesta sessão o índice de atividade do Banco Central (IBC-Br) de abril, mas principalmente a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na quinta-feira.

Depois de o Copom elevar a Selic em 0,25 ponto na semana passada, para 12,25 por cento, e reiterar a necessidade deajuste por um período "suficientemente prolongado", o mercado está em busca de novos sinais que possam esclarecer quanto tempo isso significa.

Apesar da grande expectativa, o documento pode não trazer sinais claros sobre o futuro da Selic, embora o mercado financeiro deva especular sobre as palavras do BC.

"É claro que o mercado vai tentar descobrir até quando vai a alta do juro. Mas... o BC não faz isso (sinalizar o que vai fazer), nunca fez e não deve fazer nos próximos comunicados", avaliou Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.

"Mas, sem dúvida, alguns sinais podem fazer com que o mercado se posicione para julho ou agosto (fim do ciclo de aperto). O BC pode dar algumas indicações de que os modelos utilizados já mostram convergência (da inflação) para o centro da meta em 2012... e há a história de que ele reitera que boa parte do ajuste já foi considerado. Isso pode ser analisado pelo mercado." Por ora, o mercado futuro projeta um novo aumento da Selic em julho, de 0,25 ponto.

Além dos pontos citados por Agostini, a LCA Consultores destacou "a evolução das projeções do próprio Banco Central para as altas do IPCA de 2011 e 2012". O BC não fornece na ata as previsões de inflação, apenas no Relatório de Inflação, mas diz como se situam em relação ao centro da meta.

Na última ata, da reunião de abril, o BC informou que as previsões estavam "acima" do centro da meta, que é de 4,5 por cento.

A maioria dos economistas acredita no descumprimento da meta de inflação deste ano.

"O mercado vai acompanhar de perto os indicadores de expectativa de inflação, capacidade utilizada, nível de atividade e de consumo, e, no exterior, os preços de commodities", acrescentou Agostini.

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São Paulo - As projeções de juros operavam perto da estabilidade nesta quarta-feira, com o mercado na expectativa de dados e comentários do Banco Central que contribuam para esclarecer o rumo da Selic.

Às 10h28, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) janeiro de 2012 era negociado a 12,39 por cento ao ano, contra 12,38 por cento no ajuste da véspera.

O DI outubro de 2011 saía a 12,31 por cento, estável. O DI janeiro de 2013 apontava 12,45 por cento, frente a 12,47 por cento no ajuste anterior.

O mercado aguarda ainda nesta sessão o índice de atividade do Banco Central (IBC-Br) de abril, mas principalmente a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na quinta-feira.

Depois de o Copom elevar a Selic em 0,25 ponto na semana passada, para 12,25 por cento, e reiterar a necessidade deajuste por um período "suficientemente prolongado", o mercado está em busca de novos sinais que possam esclarecer quanto tempo isso significa.

Apesar da grande expectativa, o documento pode não trazer sinais claros sobre o futuro da Selic, embora o mercado financeiro deva especular sobre as palavras do BC.

"É claro que o mercado vai tentar descobrir até quando vai a alta do juro. Mas... o BC não faz isso (sinalizar o que vai fazer), nunca fez e não deve fazer nos próximos comunicados", avaliou Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.

"Mas, sem dúvida, alguns sinais podem fazer com que o mercado se posicione para julho ou agosto (fim do ciclo de aperto). O BC pode dar algumas indicações de que os modelos utilizados já mostram convergência (da inflação) para o centro da meta em 2012... e há a história de que ele reitera que boa parte do ajuste já foi considerado. Isso pode ser analisado pelo mercado." Por ora, o mercado futuro projeta um novo aumento da Selic em julho, de 0,25 ponto.

Além dos pontos citados por Agostini, a LCA Consultores destacou "a evolução das projeções do próprio Banco Central para as altas do IPCA de 2011 e 2012". O BC não fornece na ata as previsões de inflação, apenas no Relatório de Inflação, mas diz como se situam em relação ao centro da meta.

Na última ata, da reunião de abril, o BC informou que as previsões estavam "acima" do centro da meta, que é de 4,5 por cento.

A maioria dos economistas acredita no descumprimento da meta de inflação deste ano.

"O mercado vai acompanhar de perto os indicadores de expectativa de inflação, capacidade utilizada, nível de atividade e de consumo, e, no exterior, os preços de commodities", acrescentou Agostini.

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