As ações que mais caíram e as que mais subiram em julho de 2020
Mês já sente os efeitos do início da temporada de balanços que deve revelar os maiores impactos da pandemia nas empresas
Guilherme Guilherme
Publicado em 1 de agosto de 2020 às 07h46.
Última atualização em 1 de agosto de 2020 às 08h57.
Em mês marcado pela volta aos 100.000 pontos do principal índice de ações, o Ibovespa, as maiores altas e baixas da bolsa já refletem o início da temporada de balanços do segundo trimestre, que deve concentrar os maiores impactos do coronavírus Covid-19. Em julho, o Ibovespa avançou 8,27% para 102.912,24, encerrando em alta pelo quarto mês consecutivo. Desde o fim de março, o índice já avançou 40,96%, mas ainda acumula queda de 11% no ano.
Na ponta do índice, ficaram as ações da WEG, que subiram 33,08% em julho. No mês, os papéis tiveram o efeito positivo do forte balanço do segundo trimestre. No período, o lucro líquido da companhia cresceu 32% em relação ao mesmo período do ano passado para 514,375 milhões de reais. Somente no dia da divulgação do balanço, os papéis da companhia subiram 13,89%.
Na vice-liderança do índice ficaram as ações da Via Varejo, que terminaram o mês com alta de 27,50%. Parte da valorização se deve à fortuita postagem no Twitter da empresa, que revelou o aumento de vendas. No tweet, a empresa informou que teve aumento de receita de e 2.500% nas vendas on-line de games e câmeras e de 1.900% na venda de televisores. Naquele dia, as ações da companhia bateram recorde histórico e encerraram com alta de 7,35%.
Outra ação que figurou entre as maiores altas impulsionada pelos resultados operacionais foi a da Localiza. No segundo trimestre, a empresa de locação de veículos teve lucro líquido de 89,9 milhões de reais. Embora 52,7% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, o faturamento da companhia ficou muito acima do esperado por analistas, que projetaram prejuízo na expectativa de que o setor fosse altamente impactado pela pandemia. Com a surpresa positiva os papéis da Localiza subiram 10,85%, após a divulgação do balanço e encerram o mês com valoriza de 24,47%.
“O resultado foi mais forte do que o esperado. O setor de aluguel não foi tão impactado quando se imaginava e a empresa dá a entender que suas operações nessa divisão estão quase normalizadas”, disse Bruno Lima, analista de renda variável da Exame Research.
Já as ações da resseguradora IRB Brasil novamente amargaram a pior colocação do índice. No mês, o mercado até chegou a se animar com a “faxina” promovida pela nova diretoria da empresa, mas a diluição dos papéis com o aumento de capital social de mais de 2 bilhões de reais também acabou influenciando a cotação das ações da empresa, que encerram o mês em queda de 21,6%.