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As 5 melhores e piores ações da América Latina no curto prazo

Papéis foram selecionados entre os 177 cobertos pelo Bank of America Merrill Lynch na região

(Germano Lüders/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2011 às 10h54.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h29.

São Paulo – A equipe de análise do Bank of America Merrill Lynch publicou nesta semana um guia para aproveitar, e também evitar, as ações de empresas da América Latina que tenham proximidade de importantes eventos ligados às suas operações e estejam com uma diferença relevante em relação aos principais concorrentes do setor. Foram selecionados os cinco melhores e cinco piores papéis dentro de um universo de 177 que são acompanhados pelo banco que podem ter um desempenho superior ou inferior à média em um período de 12 meses. Das dez companhias apresentadas pelos analistas Pedro Martins, Renato Onishi e Marina Valle, nove são brasileiras. Confira nas páginas a seguir um resumo de cada uma delas:
  • 2. Preferidas: CCR (CCRO3)

    2 /11(Valéria Gonçalves/EXAME.com)

  • Com um preço-alvo de 59 reais, que sugere um potencial de valorização de 28,7%, os analistas esperam que a CCR ( CCRO3 ) se beneficie dos desenvolvimentos de infraestrutura no Brasil. Além disso, o banco espera um aumento da margem Ebitda (Ebitda sobre a receita líquida) e um potencial adicional de atividades de fusão e aquisição. “Por trás das incertezas macroeconômicas locais e externas, mantemos a nossa postura positiva para as concessionárias de rodovias e a CCR como a nossa top pick no setor dado ao seu forte momento para os lucros, visibilidade do fluxo de caixa em 2012 e riscos de alto vindos dos novos projetos, incluindo a venda potencial da STP, se traduzinho em mais dividendos, em nossa visão”, destacam os analistas. A STP opera os meios eletrônicos de pagamento Sem Parar/ Via Fácil. A CCR tem participação de 38,25% na empresa.
  • 3. Preferidas: Femsa (KOF)

    3 /11(Getty Images)

  • A fabricante da Coca-Cola ( KOF ) no México negocia em bolsa aos mesmos múltiplos de preço sobre o lucro projetado para 2012 (P/L), apesar das melhores projeções para o negócio, destacam os analistas. Ademais, o banco vê a empresa com um caixa robusto e com uma posição favorável para se beneficiar do forte crescimento do consumo no país. Uma das principais apostas está no avanço da cadeia de lojas de conveniência OXXO, que é a maior e de avanço mais acelerado na região. A perspectiva positiva levou o BofA a elevar o preço-alvo para os ADRs (American Depositary Receipts – papéis negociados em NY) de 94 dólares para 101 dólares. O potencial de valorização é de 14%.
  • 4. Preferidas: Tim (TSU)

    4 /11(Caue Moreno/ Divulgação)

    Assim como a Femsa, a TIM ( TSU ) foi analisada a partir dos papéis negociados em Nova York. A recomendação do banco é de compra com um preço-alvo estimado de 39 dólares. O potencial de valorização estimado é de 61%. Os analistas ressaltam que a empresa de telefonia móvel é negociada a um desconto de 9% em relação à média móvel de 200 dias dos papéis. O banco espera que a administração da TIM tenha sucesso na estratégia de virada dos negócios, principalmente com a perspectiva de um sólido crescimento das receitas nos próximos anos apoiadas por dados e na substituição dos telefones fixos por móveis no Brasil. A Atimus, recentemente adquirida da AES por 1 bilhão de dólares, também tem o potencial de criar valor às ações. A Atimus tem operações em 21 cidades dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, oferecendo serviços de Internet e banda larga por meio de uma rede de fibra óptica de 5,5 mil quilômetros com capacidade de 0,6 terabyte.
  • 5. Preferidas: PDG (PDGR3)

    5 /11(EDUARDO MONTEIRO)

    Com um desconto de 25% (Preço sobre o lucro estimado para 2012) na comparação com os pares do setor no Brasil, a PDG ( PDGR3 ) é mais uma indicação de investimento no curto prazo da equipe do BofA. As ações acumulam uma desvalorização de 31,99% no ano, enquanto o índice IMOB, que acompanha os papéis do setor, recua 24,8%. Segundo os analistas, a empresa deve se beneficiar da melhora no controle de custos e queima de caixa, que foi confirmada nos resultados apresentados do terceiro trimestre. Além disso, o banco espera que as incertezas de crescimento global continuem a abrir espaço para um período mais prolongado para o ciclo de afrouxamento no Brasil, o que afeta positivamente o setor.
  • 6. Preferidas: Vale (VALE.P)

    6 /11(Agência Vale/Divulgação)

    O BofA também enxerga uma oportunidade de curto prazo para as ADRs ( VALE.P ) da Vale que representam as ações preferenciais de casse A no Brasil ( VALE5 ). O banco lembra que o pouso forçado da economia chinesa, um dos principais pontos que têm afetado o desempenho dos papéis, não é um consenso. Além disso, a Vale negocia a um desconto de 37% (valor da empresa sobre o Ebitda) na comparação com os pares globais, calculam os analistas. A apertada relação entre a oferta e a demanda deve ajudar na manutenção de um piso para os preços do minério de ferro, que pode ficar acima do esperado, estima o banco. “Em nossa visão, a estabilização dos preços do minério de ferro deve ser o próximo importante evento para a Vale, seguido do anúncio do plano de investimentos em novembro e a discussão sobre os impostos no Brasil”, mostra a análise.
  • 7. Para evitar: Weg (WEGE3)

    7 /11(Germano Lüders/EXAME.com)

    A Weg ( WEGE3 ), especializada na fabricação e comercialização de motores elétricos, transformadores, geradores e tintas, vive um momento de curto prazo complicado, destaca o banco. O preço-alvo estimado é de 22 reais, o que sugere um potencial de valorização de 19,3% em relação ao fechamento de quinta-feira. “Em nossa visão, a Weg traz para os investidores oportunidades convincentes de crescimento no longo prazo tanto pelo aumento da demanda por energia e produção industrial, quanto com a consistente estratégia de expansão internacional. Entretanto, a valorização esticada aliada ao momento negativo de resultados no curto prazo nos previne de ter uma visão mais positiva sobre a ação nos próximos 12 meses”, destacam os analistas.
  • 8. Para evitar: Kimberly Clark

    8 /11(Creative Commons/ Monkey Mash Button)

    A unidade mexicana da fabricante de produtos de bens de consumo Kimberly Clark deve enfrentar nos próximos meses um ambiente mais competitivo e de margens menores, ressaltam os analistas do BofA. O preço-alvo para as ações negociadas na bolsa do México foi reduzido de 70 pesos para 65 pesos. “A atividade agressiva de preços e de marketing fez a Kimberly Clark recuperar volumes e participação de mercado, mas ao custo das margens, pois os preços das principais matérias-primas continuaram elevados”, apontam os analistas.
  • 9. Para evitar: Cesp (CESP6)

    9 /11(Divulgação/Cesp)

    A geradora de energia Cesp ( CESP6 ) tem sofrido com o grande foco do mercado sobre a renegociação dos contratos da estatal que vencem em 2012 e 2013. Os investidores temem que os novos preços fiquem abaixo do esperado, principalmente com a maioria da energia vendida no mercado regulado por meio dos “velhos” leilões sujeitos à interferência do governo. O preço-alvo estimado para as ações é de 33 reais, o que resulta em um potencial de valorização de 11%. No ano, os papéis acumulam uma valorização de 12,72%.
  • 10. Para evitar: B2W (BTOW3)

    10 /11(Lia Lubambo /EXAME.com)

    A B2W ( BTOW3 ), dona dos sites submarino.com, americanas.com e shoptime, vive um ano para ser esquecido. As ações já despencaram 66% no ano e, ainda assim, estão acima do preço-alvo projetado pelo BofA, de 10 reais. Os papéis terminaram a sessão de ontem negociados a 10,52 reais. Além de enfrentar o avanço da concorrência, a B2W despertou a ira de muitos consumidores cansados dos frequentes atrasos na entrega dos produtos. Os analistas ressaltam ainda que a proliferação dos sites de compras coletivas e o rápido crescimento do MercadoLivre continuam a forçar as promoções de ofertas sem juros e com os custos de envio grátis.
  • 11. Para evitar: Gerdau (GGBR4)

    11 /11(Gerdau)

    A última da lista é a siderúrgica brasileira Gerdau ( GGBR4 ). A empresa tem sido afetada com a fraca demanda por aço no mundo, fato que tem pressionado as margens. Além disso, as ações negociam a um prêmio de 5% sobre os pares na América Latina e tem um desempenho 20% acima do índice MSCI Brasil nos últimos três meses. O preço-alvo estimado é de 15 reais, o que sugere um potencial de valorização de apenas 3%.
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