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Aposta conservadora

Saber a hora de reduzir a exposição a riscos fez do Unibanco o melhor gestor de fundos alavancados

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2010 às 21h11.

 Quem investe em fundos alavancados faz parte de um grupo seleto. Dispostos a correr riscos extras para atingir suas metas, os investidores buscam uma rentabilidade muito acima da média dos juros ou das ações. Quando tudo dá certo, os ganhos são maiores que os de quase todas as outras aplicações. Quando dá errado, porém, o investidor corre o risco de não ganhar nada ou, pior, perder uma fatia significativa de seu patrimônio inicial, já que fundos desse tipo podem fazer apostas maiores que seu patrimônio usando derivativos, como contratos futuros e opções.</p> 

Nesta edição do Guia EXAME de Investimentos Pessoais, venceu quem melhor soube dosar esse risco. A empresa de gestão de ativos do Unibanco, premiada como a melhor gestora de fundos alavancados, não foi exatamente a mais rentável. No período de 12 meses encerrado em 30 de junho de 2007, os 16 fundos do Unibanco nessa categoria renderam, em média, 20,7%, enquanto os 181 fundos alavancados analisados renderam 23,2%. O diferencial do Unibanco que garantiu a premiação foram as estrelas. Cerca de 40% do dinheiro administrado pelo banco em fundos dessa categoria recebeu cinco ou quatro estrelas, indicando que os riscos a que o investidor foi submetido para obter o ganho foram menores que a média. "Percebemos que o mercado chegou muito perto do limite máximo de risco que se poderia correr", diz Ronaldo Patah, diretor de renda variável e fundos multimercados da Unibanco Asset Management. "Vimos que as apostas estavam pesadas demais e decidimos reduzir um pouco nossa exposição a ativos de crédito e de risco."

Qual é o seu caso?
Se você pretende colocar parte de seu dinheiro em um fundo alavancado, lembre-se de que essa é uma escolha de alto risco.Prefira os fundos que receberam pelo menos quatro estrelas neste guia. Em seguida, compare a rentabilidade das aplicações. Caso você já possua parte do patrimônio num fundo alavancado de quatro estrelas que tenha rendido muito abaixo da média de 23% em 12 meses, troque-o por outro mais rentável - desde que você esteja investindo há, no mínimo, um ano.

Manter os bons números demonstrados até aqui será o principal desafio não apenas do Unibanco Asset Management mas de todos os gestores de fundos alavancados. Nos últimos 12 meses, esses fundos renderam quase o dobro do que os fundos DI. Em três anos, a diferença é igualmente significativa: o DI rendeu 52%, ante 95% dos alavancados. O problema, dizem os gestores, é que não há mais apostas óbvias no mercado. Ou seja, até onde a vista alcança, não há ações ridiculamente baratas, não se conta com uma queda abrupta dos juros e ninguém espera que o dólar se valorize significativamente no futuro. Parece que será mais difícil continuar fazendo a alegria dos investidores.

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 Quem investe em fundos alavancados faz parte de um grupo seleto. Dispostos a correr riscos extras para atingir suas metas, os investidores buscam uma rentabilidade muito acima da média dos juros ou das ações. Quando tudo dá certo, os ganhos são maiores que os de quase todas as outras aplicações. Quando dá errado, porém, o investidor corre o risco de não ganhar nada ou, pior, perder uma fatia significativa de seu patrimônio inicial, já que fundos desse tipo podem fazer apostas maiores que seu patrimônio usando derivativos, como contratos futuros e opções.</p> 

Nesta edição do Guia EXAME de Investimentos Pessoais, venceu quem melhor soube dosar esse risco. A empresa de gestão de ativos do Unibanco, premiada como a melhor gestora de fundos alavancados, não foi exatamente a mais rentável. No período de 12 meses encerrado em 30 de junho de 2007, os 16 fundos do Unibanco nessa categoria renderam, em média, 20,7%, enquanto os 181 fundos alavancados analisados renderam 23,2%. O diferencial do Unibanco que garantiu a premiação foram as estrelas. Cerca de 40% do dinheiro administrado pelo banco em fundos dessa categoria recebeu cinco ou quatro estrelas, indicando que os riscos a que o investidor foi submetido para obter o ganho foram menores que a média. "Percebemos que o mercado chegou muito perto do limite máximo de risco que se poderia correr", diz Ronaldo Patah, diretor de renda variável e fundos multimercados da Unibanco Asset Management. "Vimos que as apostas estavam pesadas demais e decidimos reduzir um pouco nossa exposição a ativos de crédito e de risco."

Qual é o seu caso?
Se você pretende colocar parte de seu dinheiro em um fundo alavancado, lembre-se de que essa é uma escolha de alto risco.Prefira os fundos que receberam pelo menos quatro estrelas neste guia. Em seguida, compare a rentabilidade das aplicações. Caso você já possua parte do patrimônio num fundo alavancado de quatro estrelas que tenha rendido muito abaixo da média de 23% em 12 meses, troque-o por outro mais rentável - desde que você esteja investindo há, no mínimo, um ano.

Manter os bons números demonstrados até aqui será o principal desafio não apenas do Unibanco Asset Management mas de todos os gestores de fundos alavancados. Nos últimos 12 meses, esses fundos renderam quase o dobro do que os fundos DI. Em três anos, a diferença é igualmente significativa: o DI rendeu 52%, ante 95% dos alavancados. O problema, dizem os gestores, é que não há mais apostas óbvias no mercado. Ou seja, até onde a vista alcança, não há ações ridiculamente baratas, não se conta com uma queda abrupta dos juros e ninguém espera que o dólar se valorize significativamente no futuro. Parece que será mais difícil continuar fazendo a alegria dos investidores.

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