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Após renovar recorde, Ibovespa tem queda firme com balanços em foco

Às 11:42, o Ibovespa caía 1,83%, a 106.426,88 pontos

Ibovespa: índice havia atingido recorde na véspera (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 31 de outubro de 2019 às 10h41.

Última atualização em 31 de outubro de 2019 às 12h30.

São Paulo — Após atingir nível recorde na sessão da véspera, o Ibovespa registrava queda firme nesta quinta-feira, com negócios ainda ditados pela temporada de balanços corporativos do terceiro trimestre, após reunião do Copom confirmar expectativa do mercado de corte na taxa de juro.

Às 11:42, o Ibovespa caía 1,83%, a 106.426,88 pontos, com a maior parte dos papéis do índice no vermelho. O volume financeiro somava 3,9 bilhões de reais.

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No início da noite de quarta-feira, o Banco Central confirmou expectativas e reduziu a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, a 5% ao ano, e indicou com clareza que deverá repetir a dose em sua próxima decisão, em meio a um quadro de fraqueza na economia e baixa inflação.

Analistas do BTG Pactual avaliam que a taxa deve terminar o atual ciclo de queda abaixo de 4%, com mais um corte de 0,50 ponto percentual em dezembro.

"As previsões de inflação condicional do comitê prevêem espaço para uma dose extra de flexibilização no próximo ano", afirmou em nota a clientes, indicado também duas reduções de 0,25 ponto percentual nas reuniões de fevereiro e março.

No exterior, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que os EUA e a China anunciarão em breve um novo local onde ele e o presidente chinês, Xi Jinping, assinarão a "fase um" de um acordo comercial após o Chile cancelar uma cúpula planejada para meados de novembro.

Uma associação comercial apoiada pelo governo chinês informou que o país pode remover tarifas extras impostas desde o ano passado sobre produtos agrícolas dos Estados Unidos para facilitar o caminho para os importadores chineses comprarem até 50 bilhões de dólares em bens.

DESTAQUES

- GOL PN despencava 5%, após divulgar prejuízo de 242 milhões de reais no terceiro trimestre, afetada por problemas que atingiram 18 de seus aviões, e queda em projeção de margem de lucro este ano.

- BRADESCO PN cedia 4,4%. O banco divulgou lucro recorrente de 6,54 bilhões de reais no terceiro trimestre, praticamente em linha com a estimativa dos analistas. No setor, SANTANDER UNT recuava 4,3%, seguindo movimento de forte queda da véspera. ITAÚ UNIBANCO PN e BANCO DO BRASIL ON perdiam 3% e 2,7%, respectivamente, também endossando a queda do índice.

- LOJAS AMERICANAS PN perdia 1,7%, apesar de lucro líquido de 48,2 milhões de reais no terceiro trimestre, alta de 54,5% sobre um ano antes. Já sua controlada, B2W GLOBAL ON caía 3%, após divulgar prejuízo líquido de 102,5 milhões de reais no terceiro trimestre, resultado abaixo de estimativas de analistas.

- MAGAZINE LUIZA ON recuava 2,2%, após anunciar no final da noite da véspera oferta de cerca de 4 bilhões de reais em novas ações, com recursos direcionados a investimentos em novas tecnologias e abertura de lojas.

- PETROBRAS PN caía 1,3%, em linha com a queda dos contratos futuros do petróleo.

- VALE ON perdia 2,6%. A mineradora informou nesta quinta-feira que acionou de forma preventiva o protocolo de emergência em Nível 1 da barragem Forquilha IV, localizada na Mina Fábrica, em Ouro Preto (MG). CSN ON avançava 0,9%, uma das poucas altas do índice.

- GPA PN ganhava 0,1%, após reportar lucro líquido consolidado de 192 milhões de reais de julho a setembro, alta de 27,2% no comparativo anual.

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