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Após precificar oferta de ações, Oi despenca no pregão

Forte queda é explicada pelo deságio do valor das ações no âmbito de sua oferta subsequente, fundamental para fusão com a Portugal Telecom

Loja da Oi: dia foi de ajuste dos papéis, que buscaram o preço definido na oferta, de R$ 2,00 a PN e R$ 2,17 a ON (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 21h24.

Rio - Um dia depois de precificar sua oferta de ações, os papéis já negociados em bolsa da operadora de telefonia Oi despencaram no pregão de hoje: as ações preferenciais apresentaram queda de 10,97%, cotadas em R$ 2,11 e as ordinárias recuaram 11,11%, em R$ 2,24. A forte queda é explicada pelo deságio do valor das ações no âmbito de sua oferta subsequente, fundamental para concretizar a sua fusão com a Portugal Telecom.

Dessa forma, o dia foi de ajuste dos papéis, que buscaram o preço definido na oferta, de R$ 2,00 a PN e R$ 2,17 a ON. As novas ações, provenientes do processo, começam a ser negociadas hoje na BM&FBovespa.

Após a oferta, a PT passou a deter participação direta e indireta (via outras empresas) na Oi de 38,25% e, apenas direta, de 36,7%, sem considerar o lote de ações suplementar que ainda não foi exercido. A fatia indireta era de 21,14%, sendo que não havia direta. O FIA terá a segunda maior participação direta, com 6,45%. O fundo é gerido pelo BTG Pactual e formado também pelos grupos Andrade Gutierrez e Jereisatti e pela Fundação Atlântico (fundo de pensão dos funcionários da Oi). O BNDES subiu a fatia direta e indireta de 3,52% para 5,21%, sem as ações suplementares.

O BNDES apresentou ordem de investimento de R$ 749,8 milhões, a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) de R$ 100 milhões, a Petros (fundo da Petrobrás) de R$ 50 milhões, a Funcef (fundo da Caixa Econômica Federal) de R$ 10 milhões. A companhia que surgirá da fusão, a CorpCo, terá composição acionária diferente, com a extinção da Portugal Telecom e da Telemar Participações. Os acionistas que fazem parte delas passarão a ter participação direta na empresa de capital pulverizado.

Deságio

Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, no começo de abril, o sucesso da oferta estava desde o início ancorado na expectativa de que haveria um grande deságio. Esse fato explica, por exemplo, a forte demanda pelo aluguel das ações da Oi, que provocou o preço desta operação subir mais de 200% desde o início da oferta até segunda, 28, data em que o papel no âmbito da oferta foi precificado, segundo fontes de mercado. "Quem tinha o papel, vendeu e quem não tinha passou a apostar na queda, alugando a ação para vender", disse uma das fontes.

Investidores passaram a alugar o papel para vender em seguida, para recomprar a ação e refazer a posição na oferta. Quem alugou a ação e vendeu no dia 1 de abril recebeu R$ 2,88 (cotação da PN no fechamento naquele dia) e se comprou na oferta pagou, assim, R$ 2,00. O valor do aluguel foi o custo da operação.

A oferta da Oi movimentou R$ 6,25 bilhões no mercado, com a venda de ações. Outros R$ 2 bilhões vieram do fundo FIA, gerido pelo BTG Pactual, coordenador líder da oferta, e mais R$ 5,71 bilhões de ativos da PT, num total de R$ 13,95 bilhões. Segundo fontes, a maior participação na oferta foi de investidores americanos, com pouco mais de 40%. Em seguida, aparecem os europeus, com porcentual um pouco abaixo de 40%. Considerando todos os estrangeiros, a fatia ficou entre 80% e 85%, com o restante vindo do Brasil.

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Rio - Um dia depois de precificar sua oferta de ações, os papéis já negociados em bolsa da operadora de telefonia Oi despencaram no pregão de hoje: as ações preferenciais apresentaram queda de 10,97%, cotadas em R$ 2,11 e as ordinárias recuaram 11,11%, em R$ 2,24. A forte queda é explicada pelo deságio do valor das ações no âmbito de sua oferta subsequente, fundamental para concretizar a sua fusão com a Portugal Telecom.

Dessa forma, o dia foi de ajuste dos papéis, que buscaram o preço definido na oferta, de R$ 2,00 a PN e R$ 2,17 a ON. As novas ações, provenientes do processo, começam a ser negociadas hoje na BM&FBovespa.

Após a oferta, a PT passou a deter participação direta e indireta (via outras empresas) na Oi de 38,25% e, apenas direta, de 36,7%, sem considerar o lote de ações suplementar que ainda não foi exercido. A fatia indireta era de 21,14%, sendo que não havia direta. O FIA terá a segunda maior participação direta, com 6,45%. O fundo é gerido pelo BTG Pactual e formado também pelos grupos Andrade Gutierrez e Jereisatti e pela Fundação Atlântico (fundo de pensão dos funcionários da Oi). O BNDES subiu a fatia direta e indireta de 3,52% para 5,21%, sem as ações suplementares.

O BNDES apresentou ordem de investimento de R$ 749,8 milhões, a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) de R$ 100 milhões, a Petros (fundo da Petrobrás) de R$ 50 milhões, a Funcef (fundo da Caixa Econômica Federal) de R$ 10 milhões. A companhia que surgirá da fusão, a CorpCo, terá composição acionária diferente, com a extinção da Portugal Telecom e da Telemar Participações. Os acionistas que fazem parte delas passarão a ter participação direta na empresa de capital pulverizado.

Deságio

Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, no começo de abril, o sucesso da oferta estava desde o início ancorado na expectativa de que haveria um grande deságio. Esse fato explica, por exemplo, a forte demanda pelo aluguel das ações da Oi, que provocou o preço desta operação subir mais de 200% desde o início da oferta até segunda, 28, data em que o papel no âmbito da oferta foi precificado, segundo fontes de mercado. "Quem tinha o papel, vendeu e quem não tinha passou a apostar na queda, alugando a ação para vender", disse uma das fontes.

Investidores passaram a alugar o papel para vender em seguida, para recomprar a ação e refazer a posição na oferta. Quem alugou a ação e vendeu no dia 1 de abril recebeu R$ 2,88 (cotação da PN no fechamento naquele dia) e se comprou na oferta pagou, assim, R$ 2,00. O valor do aluguel foi o custo da operação.

A oferta da Oi movimentou R$ 6,25 bilhões no mercado, com a venda de ações. Outros R$ 2 bilhões vieram do fundo FIA, gerido pelo BTG Pactual, coordenador líder da oferta, e mais R$ 5,71 bilhões de ativos da PT, num total de R$ 13,95 bilhões. Segundo fontes, a maior participação na oferta foi de investidores americanos, com pouco mais de 40%. Em seguida, aparecem os europeus, com porcentual um pouco abaixo de 40%. Considerando todos os estrangeiros, a fatia ficou entre 80% e 85%, com o restante vindo do Brasil.

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