Ancorados em melhora externa, DIs têm novo dia de alta
São Paulo - Amparado pela melhora dos negócios no exterior, o mercado futuro de juros passou por mais um dia de recomposição de prêmios, especialmente nos vencimentos mais longos. Entre as notícias que trouxeram otimismo estão o novo plano de austeridade da Itália, rumores de que o Banco Central Europeu (BCE) estaria estudando injetar 1 […]
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2011 às 16h42.
São Paulo - Amparado pela melhora dos negócios no exterior, o mercado futuro de juros passou por mais um dia de recomposição de prêmios, especialmente nos vencimentos mais longos. Entre as notícias que trouxeram otimismo estão o novo plano de austeridade da Itália, rumores de que o Banco Central Europeu (BCE) estaria estudando injetar 1 trilhão de euros na zona do euro, além das declarações da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente da França, Nicolas Sarkozy, sobre a proposta para alterar o Tratado da União Europeia. Internamente, a pesquisa Focus mostrou revisão para baixo das expectativas para o IPCA e para a Selic no próximo ano.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013, com giro de 176.620 contratos, subia a 9,83%, de 9,78% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 (89.415 contratos) estava em 10,18%, de 10,08%. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (17.195 contratos) pulava para 10,85%, de 10,74% na sexta-feira, e o DI janeiro de 2021 (4.145 contratos) indicava 11,02%, de 10,93% no ajuste.
O dia já começou com a informação de que ontem o governo italiano de Mário Monti cortou os gastos em 20 bilhões de euros, mexendo em pontos importantes, como a previdência, e alta de impostos. Além disso, anunciou um programa de isenções que soma 10 bilhões de euros, o que totaliza um esforço de 30 bilhões de euros.
O otimismo também foi alimentado pelas declarações de Merkel e Sarkozy, que apresentaram um acordo que prevê sanções automáticas contra países europeus que não respeitem o limite de déficit orçamentário de, no máximo, 3% do PIB; uma legislação mais severa que obrigue todos os países a equilibrarem seus orçamentos; e ainda a antecipação para 2012 da adoção do Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês), originalmente previsto para estar totalmente operacional em 2013. Estas propostas serão discutidas na reunião de cúpula da UE, em Bruxelas, que começa na próxima quinta-feira com discussões informais.
Por aqui, o Focus, divulgado pelo Banco Central hoje, revelou que as previsões para a inflação medida pelo IPCA recuaram de 5,56% para 5,49% em 2012. O levantamento é o primeiro que reflete o impacto da atualização da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) na estrutura de cálculo do IPCA a partir do início do ano que vem, anunciada na última segunda-feira.
Em relação à Selic, os analistas mantiveram o ritmo de cortes da taxa em 0,50 ponto porcentual nas reuniões do Copom marcadas para janeiro e março de 2012. Em abril do ano que vem, no entanto, a velocidade dos cortes seria reduzida para 0,25 ponto porcentual, quando a Selic cairia para 9,75%.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a previsão dos analistas passou de 3,46% para 3,48% em 2012. Amanhã, o mercado conhecerá os dados do PIB do terceiro trimestre, que será divulgado pelo IBGE. As estimativas de 42 instituições financeiras ouvidas pelo AE Projeções na última sexta-feira variavam de um declínio de 0,80% a uma expansão de 0,60% para o PIB na margem.
São Paulo - Amparado pela melhora dos negócios no exterior, o mercado futuro de juros passou por mais um dia de recomposição de prêmios, especialmente nos vencimentos mais longos. Entre as notícias que trouxeram otimismo estão o novo plano de austeridade da Itália, rumores de que o Banco Central Europeu (BCE) estaria estudando injetar 1 trilhão de euros na zona do euro, além das declarações da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente da França, Nicolas Sarkozy, sobre a proposta para alterar o Tratado da União Europeia. Internamente, a pesquisa Focus mostrou revisão para baixo das expectativas para o IPCA e para a Selic no próximo ano.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013, com giro de 176.620 contratos, subia a 9,83%, de 9,78% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 (89.415 contratos) estava em 10,18%, de 10,08%. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (17.195 contratos) pulava para 10,85%, de 10,74% na sexta-feira, e o DI janeiro de 2021 (4.145 contratos) indicava 11,02%, de 10,93% no ajuste.
O dia já começou com a informação de que ontem o governo italiano de Mário Monti cortou os gastos em 20 bilhões de euros, mexendo em pontos importantes, como a previdência, e alta de impostos. Além disso, anunciou um programa de isenções que soma 10 bilhões de euros, o que totaliza um esforço de 30 bilhões de euros.
O otimismo também foi alimentado pelas declarações de Merkel e Sarkozy, que apresentaram um acordo que prevê sanções automáticas contra países europeus que não respeitem o limite de déficit orçamentário de, no máximo, 3% do PIB; uma legislação mais severa que obrigue todos os países a equilibrarem seus orçamentos; e ainda a antecipação para 2012 da adoção do Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês), originalmente previsto para estar totalmente operacional em 2013. Estas propostas serão discutidas na reunião de cúpula da UE, em Bruxelas, que começa na próxima quinta-feira com discussões informais.
Por aqui, o Focus, divulgado pelo Banco Central hoje, revelou que as previsões para a inflação medida pelo IPCA recuaram de 5,56% para 5,49% em 2012. O levantamento é o primeiro que reflete o impacto da atualização da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) na estrutura de cálculo do IPCA a partir do início do ano que vem, anunciada na última segunda-feira.
Em relação à Selic, os analistas mantiveram o ritmo de cortes da taxa em 0,50 ponto porcentual nas reuniões do Copom marcadas para janeiro e março de 2012. Em abril do ano que vem, no entanto, a velocidade dos cortes seria reduzida para 0,25 ponto porcentual, quando a Selic cairia para 9,75%.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a previsão dos analistas passou de 3,46% para 3,48% em 2012. Amanhã, o mercado conhecerá os dados do PIB do terceiro trimestre, que será divulgado pelo IBGE. As estimativas de 42 instituições financeiras ouvidas pelo AE Projeções na última sexta-feira variavam de um declínio de 0,80% a uma expansão de 0,60% para o PIB na margem.