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Analistas recomendam ações de rodovias

Programa de concessões de rodovias do estado de São Paulo deve trazer bons retornos para empresas do setor

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 11h04.

Os analistas estão otimistas quanto ao desempenho das ações de empresas do setor de rodovias em 2008. A corretora do Banco Real está recomendando a seus clientes os papéis ordinários da CCR, que às 12h44 eram cotados a 27,60 reais, em queda de 0,36% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Já a Ágora prefere indicar a compra das ações da OHL Brasil, que arrematou cinco dos sete lotes que foram a leilão na primeira fase do Programa de Concessões de Rodovias do Estado de São Paulo. Às 12h44, as ações da companhia eram negociadas a 21,79 reais, com desvalorização de 0,72%.

O cenário positivo para as empresas do setor deve-se à continuidade do Programa de Concessões de Rodovias, anunciado ontem pelo governador do Estado de São Paulo, José Serra. "Acreditamos que as ações da CCR deverão ser as mais beneficiadas, considerando a atual capacidade de alavancagem da empresa, que deverá justificar uma maior agressividade nos leilões", destaca relatório da corretora do Banco Real.

Nesta segunda etapa, serão leiloados cinco lotes de rodovias, totalizando 1500 quilômetros que incluem as rodovias Dom Pedro I, Ayrton Senna/Carvalho Pinto, Raposo Tavares, Marechal Randon Leste e Oeste. O modelo será o mesmo utilizado na concessão do trecho Oeste do Rodoanel: vence a empresa que oferecer a menor tarifa de pedágio, considerando o teto 0,10 reais por quilometro.

A companhia vencedora deverá pagar uma outorga de 2,1 bilhões de reais em dois anos e realizar investimentos de 9 bilhões de reais ao longo dos 30 anos de concessão. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) demonstrou interesse em financiar a outorga.

O edital da concorrência deverá ser publicado entre o fim de fevereiro e o começo de março, e as empresas interessadas terão 60 dias para se inscrever.

Resultados

Em novembro, a OHL realizou uma teleconferência na qual expôs aos analistas suas previsões de geração de caixa após a aquisição dos cinco lotes de rodovias na primeira fase do programa de concessões. São esperados 15,5 bilhões de reais de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amorização (Ebitda) entre 2008 e 2032, quando vencem as concessões.

Durante o período, a empresa planeja investir 6,4 bilhões de reais nas rodovias, valor que inclui recursos a serem utilizados na compra de equipamentos e desapropriações.

Em 2007, as ações da OHL caíram 35%, e as da CCR recuaram 4,7%. Neste ano, os papéis da OHL acumulam queda de 2,4%, enquanto os da CCR, sobem 1%. O Ibovespa recuou 2,7% no período.

Apesar da forte desvalorização em 2007, a Ágora estima um potencial de alta de 62% para as ações da OHL em 2008, que têm preço-alvo de 35,60 reais.

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