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Ações europeias e asiáticas afundam com petróleo e bloqueio na Itália

Índices europeus operam em baixa de 7% na manhã desta segunda-feira, com os preços do petróleo em queda livre em meio à guerra de preços da Arábia Saudita

Bolsas de valores: na madrugada, bolsas asiáticas fecharam em queda acima de 3% (Andreas Arnold/picture alliance/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 9 de março de 2020 às 06h48.

Última atualização em 9 de março de 2020 às 11h31.

São Paulo — As ações europeias operam em queda nesta segunda-feira em meio a um bloqueio no norte da Itália devido ao surto de coronavírus e à queda de mais de 20% nos preços do petróleo, ampliando os receios de uma recessão global.

O índice de referência europeu, o STOXX 600, que reúne as principais ações do continente, abriu em queda pela manhã e operava em baixa de cerca de 8% às 11h.

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O FTSE 100, de Londres, abriu o dia em queda de 8% por volta das 6h, e após leve recuperação, operava em baixa de 6,4% às 11h. O índice londrinho é forte em "commodities", com ações das principais petrolíferas europeias, como a BP e a Royal Dutch Shell, que caíram mais de 20% pela manhã. O pior desempenho do STOXX 600 é da Tullow Oil, com uma impressionante queda de 57%.

O preço do barril Brent, usado como referência no mercado internacional, chegou a cair mais de 30% durante a madrugada e está em queda na casa dos 20% às 11h.

As quedas começaram na noite de domingo, 8, depois que a Arábia Saudita anunciou que reduziria em 20% seus preços de petróleo e aumentaria a produção. A decisão foi uma retaliação à Rússia, que não concordou em reduzir a produção durante reunião da Opep (organização dos países produtores de petróleo) na semana passada.

Mais cedo, as bolsas asiáticas também fecharam em queda. Na China, os índices de Shenzhen e Xangai caíam 4,09% e 3,01%, respectivamente, enquanto Hong Kong caiu 4,23%. O japonês Nikkei caiu 5,07% e, na Austrália, o principal índice caiu 7,33%. A volatilidade no preço do dólar na comparação com o iene chegou a seu maior nível em 11 anos, enquanto a volatilidade euro-dólar chegou ao maior nível desde 2017.

Enquanto isso, a Itália tornou-se a linha de frente da crise do coronavírus na Europa, depois do governo ordenar um bloqueio virtual em grande parte de seu norte rico, incluíndo a capital financeira Milão, numa nova e drástica tentativa de conter o surto. No mundo, são 111.636 casos de doença causada pelo novo coronavírus e mais de 3.800 mortes. A maioria dos novos casos estão surgindo fora da China, com a doença se espalhando sobretudo por Europa e Estados Unidos.

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