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Ibovespa cai com EUA-China no radar; Bradesco sobe

Às 11:20, o Ibovespa caía 0,25%, a 102.298,69 pontos

Ibovespa abre em queda nesta segunda-feira (Bruno Rocha/Fotoarena)

Ibovespa abre em queda nesta segunda-feira (Bruno Rocha/Fotoarena)

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Reuters

Publicado em 7 de outubro de 2019 às 11h05.

Última atualização em 7 de outubro de 2019 às 11h35.

São Paulo — O Ibovespa mostrava fraqueza nesta segunda-feira, com agentes financeiros atentos ao noticiário sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, enquanto Bradesco avançava após proposta bilionária de dividendo extraordinário.

Às 11:20, o Ibovespa caía 0,25%, a 102.298,69 pontos. Na mínima, chegou a 101.861,43 pontos. O volume financeiro somava 2,66 bilhões de reais.

Investidores adotavam alguma cautela antes de rodada de negociações comerciais entre autoridades norte-americanas e chinesas de alto escalão, marcada para começar na quinta-feira, principalmente após notícia de que a China estaria relutante a um acordo mais amplo.

"Se as mais recentes sinalizações eram de um 'azeitamento' nas relações sino americanas, pode se dizer que uma diluição nesse sentimento está ocorrendo", destacou a equipe da corretora H.Commcor em relatório a clientes, citando contudo que é preciso esperar para ver sobre a retomada das conversas no dia 10.

Em Nova York, o S&P 500 cedia 0,4% e o Dow Jones caía 0,35%, reduzindo as perdas.

Destaques

- BRADESCO PN e BRADESCO PN subiam 1,5 1,6, respectivamente, atenuando a pressão negativa sobre o Ibovespa, após o segundo maior banco privado do país anunciar proposta de pagamento dividendo extraordinário de 8 bilhões de reais, que será avaliada pelo conselho em reunião do próximo dia 17. "Muito positivo", afirmou o analista Marcelo Telles, do Credit Suisse, em nota a clientes.

- ITAÚ UNIBANCO PN tinha variação positiva de 0,3%, enquanto BANCO BTG PACTUAL UNIT perdia 1%, BANCO DO BRASIL ON recuava 1,3% e SANTANDER BRASIL UNIT cedia 0,25%.

- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON caíam 3% e 2,86%, entre as maiores quedas. No fim de semana, a Folha de S.Paulo noticiou que o governo enterrou de vez os planos de injetar 3,5 bilhões de reais para tornar a companhia mais atraente para investiores privados e decidiu adotar uma estratégia corpo a corpo com parlamentares em uma ofensiva para angariar apoio ao projeto de lei que abrirá caminho para a privatiação da estatal.

- VALE ON desalorizava-se 0,15%, em sessão sem viés definido.

- BRASKEM PNA caía 2,7%, com o papel ainda suscetível ao imbróglio envolvendo ao plano de recuperação judicial do grupo Odebrecht, controlador da companhia.

- JBS ON recuava 0,8%, entre as maiores pressões de baixa do Ibovespa, no segunda sessão de queda, capitaneando as perdas no setor de proteínas, com MARFRIG ON em baixa de 1,1% e BRF ON cedendo 0,8%.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON subiam 0,15% e 0,07%, respectivamente, apesar da alta dos preços do petróleo no mercado externo .

- CYRELA COMMERCIAL PROPERTIES ON, que não está no Ibovespa, disparava 6,4%, tendo de pano de fundo oferta primária de até 54 milhões de ações em follow on previsto para ser precificado em 28 de outubro.

- OI ON subia 3,2%, em meio a uma notícia sobre negociações entre grandes grupos do setor para comprar ativos da operadora de telefonia brasileira, que está em recuperação judicial.

- BIOTOSCANA BDR saltava 12%, tendo no radar notícia do blog financeiro Brazil Journal que a Advent e a gestora Essex estão em conversas avançadas para a venda do controle da Biotoscana, sendo que a Eurofarma e a farmacêutica canadense Knight Therapeutics apresentaram propostas e uma decisão deve ser tomada nas próximas semanas.

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