Ações de farmacêutica disparam após anúncio de vacina contra coronavírus
De acordo com o Wall Street Journal, vacina da farmacêutica Moderna entrará em fase de testes em abril
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2020 às 09h57.
Última atualização em 25 de fevereiro de 2020 às 18h04.
São Paulo — As ações da farmacêutica Moderna disparavam nesta terça-feira nos negócios da bolsa americana Nasdaq após o anúncio do início dos testes de uma vacina contra o coronavírus.
As ações da companhia no After Market sobem 27% no fim desta tarde (horário de brasília). Nesta segunda, o Wall Street Journal divulgou a criação da vacina.
De acordo com o jornal, a empresa entregou ao National Institute of Allergy and Infectious Deseases, do governo norte-americano, um pacote com as vacinas para que eles comecem a fazer testes em humanos, o que deve ter início em abril.
Desde o início da epidemia, o coronavírus vinha impactando negativamente o mercado financeiro global, com fortes quedas das ações de empresas de turismo, como hotéis, e companhias aéreas.
Com a gravidade do surto na Itália, país da Europa com mais casos, os índices europeus despencaram ontem, puxado por empresas como Lufthansa e Air France.
Vacina
No mundo todo, pesquisadores têm enfrentado uma corrida contra o tempo para descobrir uma vacina eficaz. Nesta terça, o governo dos Estados Unidos informou que investirá cerca de US$ 1 bilhão em pesquisas de uma vacina para o coronavírus.
Na China, em Hong Kong, pesquisadores afirmaram que já desenvolveram um tipo de vacina, mas que o período de testes em animais deverá levar alguns meses. A nova vacina seria uma modificação da vacina da gripe que se propõe a proteger tanto do coronavírus da China quanto de gripes comuns.
No britânico Imperial College, as primeiras versões de uma vacina contra o coronavírus já têm sido testadas em ratos. Os testes começaram no começo do mês e devem terminar até o fim do ano.
Novo medicamento
Autoridades de saúde dos EUA disseram também nesta terça-feira que começou um primeiro experimento clínico para testar o medicamento antiviral experimental da Gilead Sciences, o remdesivir, em pacientes hospitalizados com o coronavírus.
O primeiro participante do experimento é um norte-americano que foi repatriado após ter sido colocado em quarentena no navio de cruzeiro Diamond Princess e o estudo está sendo conduzido no Centro Médico da Universidade de Nebraska em Omaha, de acordo com o National Institutes of Health (NIH), agência do governo dos EUA para pesquisa médica.
(Com Reuters)