Ações da Gafisa caem após resultados do 1º tri
Resultado apontou cancelamentos de contratos no segmento Tenda e números mais fracos que o esperado para Alphaville
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2014 às 13h40.
São Paulo - As ações da Gafisa figuravam entre as maiores baixas do Ibovespa nesta segunda-feira após o resultado trimestral da companhia ter apontado cancelamentos de contratos no segmento Tenda, de baixa renda, e números mais fracos que o esperado para Alphaville, de loteamentos de alto padrão.
Às 12h27, os papéis recuavam 3,08 por cento, a 3,46 reais, no pior desempenho do índice, que subia 1,52 por cento no mesmo momento.
Embora a empresa tenha reduzido o prejuízo líquido sobre um ano antes, encerrando o trimestre com perda de 39,8 milhões de reais, as margens brutas caíram na comparação com o trimestre anterior, refletindo o impacto dos cancelamentos de contratos na Tenda.
Entre janeiro e março, os cancelamentos no segmento caíram 58,6 por cento sobre igual período do ano passado, a 193,2 milhões de reais, mas avançaram mais de 2,5 vezes ante o trimestre imediatamente anterior, representando quase 80 por cento das vendas brutas da Tenda no período.
Segundo o diretor-presidente da divisão, Rodrigo Osmo, a alta sequencial foi devido principalmente a uma mudança na política de empréstimo de instituições financeiras.
"Até setembro, outubro do ano passado, Banco do Brasil e Caixa estavam trabalhando com 90 por cento de financiamento sobre o valor do imóvel. Eles reduziram para 80 por cento e deram até o final do ano para as empresas se adequarem e tentarem adequar os clientes", disse em teleconferência com analistas nesta segunda-feira.
"No começo do ano, quando o prazo dado pelos bancos venceu, a alternativa dos clientes (que não tinham dinheiro disponível) foi distratar", completou o executivo, acrescentando que um patamar de mais de 30 por cento de cancelamentos sobre as vendas brutas não reflete os fundamentos da Tenda.
No primeiro trimestre, a Alphaville, que tradicionalmente impulsiona os números da Gafisa, também ficou no vermelho. Afetada por despesas não recorrentes, a empresa teve prejuízo de 9 milhões de reais, ante lucro de 36 milhões em igual período de 2013. A Gafisa possui uma participação de 30 por cento na companhia.
"Na nossa opinião, a lenta virada na rentabilidade na Tenda, assim como a inesperada perda em Alphaville podem prejudicar a confiança dos investidores na tese de investimento", escreveu o analista do BTG Pactual Marcello Milman, em relatório a clientes.
A Gafisa está em processo de separação das estruturas de Gafisa, voltada à média e alta renda, e Tenda, e prevê que as unidades funcionem de modo autônomo, sob a ótica administrativa, até o final deste ano.
Durante a teleconferência com analistas, o diretor-presidente da Gafisa, Sandro Gamba, disse que permanece tranquilo com a criação de eficiências a partir da separação administrativa entre os segmentos.
São Paulo - As ações da Gafisa figuravam entre as maiores baixas do Ibovespa nesta segunda-feira após o resultado trimestral da companhia ter apontado cancelamentos de contratos no segmento Tenda, de baixa renda, e números mais fracos que o esperado para Alphaville, de loteamentos de alto padrão.
Às 12h27, os papéis recuavam 3,08 por cento, a 3,46 reais, no pior desempenho do índice, que subia 1,52 por cento no mesmo momento.
Embora a empresa tenha reduzido o prejuízo líquido sobre um ano antes, encerrando o trimestre com perda de 39,8 milhões de reais, as margens brutas caíram na comparação com o trimestre anterior, refletindo o impacto dos cancelamentos de contratos na Tenda.
Entre janeiro e março, os cancelamentos no segmento caíram 58,6 por cento sobre igual período do ano passado, a 193,2 milhões de reais, mas avançaram mais de 2,5 vezes ante o trimestre imediatamente anterior, representando quase 80 por cento das vendas brutas da Tenda no período.
Segundo o diretor-presidente da divisão, Rodrigo Osmo, a alta sequencial foi devido principalmente a uma mudança na política de empréstimo de instituições financeiras.
"Até setembro, outubro do ano passado, Banco do Brasil e Caixa estavam trabalhando com 90 por cento de financiamento sobre o valor do imóvel. Eles reduziram para 80 por cento e deram até o final do ano para as empresas se adequarem e tentarem adequar os clientes", disse em teleconferência com analistas nesta segunda-feira.
"No começo do ano, quando o prazo dado pelos bancos venceu, a alternativa dos clientes (que não tinham dinheiro disponível) foi distratar", completou o executivo, acrescentando que um patamar de mais de 30 por cento de cancelamentos sobre as vendas brutas não reflete os fundamentos da Tenda.
No primeiro trimestre, a Alphaville, que tradicionalmente impulsiona os números da Gafisa, também ficou no vermelho. Afetada por despesas não recorrentes, a empresa teve prejuízo de 9 milhões de reais, ante lucro de 36 milhões em igual período de 2013. A Gafisa possui uma participação de 30 por cento na companhia.
"Na nossa opinião, a lenta virada na rentabilidade na Tenda, assim como a inesperada perda em Alphaville podem prejudicar a confiança dos investidores na tese de investimento", escreveu o analista do BTG Pactual Marcello Milman, em relatório a clientes.
A Gafisa está em processo de separação das estruturas de Gafisa, voltada à média e alta renda, e Tenda, e prevê que as unidades funcionem de modo autônomo, sob a ótica administrativa, até o final deste ano.
Durante a teleconferência com analistas, o diretor-presidente da Gafisa, Sandro Gamba, disse que permanece tranquilo com a criação de eficiências a partir da separação administrativa entre os segmentos.