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Ação da Petrobras não é mais atraente como antes, avalia Credit Suisse

Banco rebaixa recomendação para neutra e derruba o preço-alvo em 34%

Analistas veem, contudo, um potencial de recuperação às ações no curto prazo (.)
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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2010 às 22h19.

São Paulo - Mais um banco veio ao mercado para revelar o seu descontentamento com o processo de capitalização da Petrobras (PETR3); (PETR4).  Em relatório de reinício de cobertura das ações, o Credit Suisse rebaixou a recomendação de outperform (performance acima da média do mercado) para neutra. O preço-alvo para as ADRs (papéis negociados em Nova York representativos das ações PETR3) foi reduzido de 65 para 43 dólares.

Segundo os analistas Emerson Leite, Marcos Guerra e Vinicius Canheu, as principais razões para a redução de 34% no alvo são a diluição causada pelo aumento de capital, a redução das projeções de produção (exceto os barris transferidos na cessão onerosa) e o pequeno aumento na taxa de desconto como maneira de assumir a nova estrutura de capital da Petrobras.

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"A Petrobras emerge da capitalização com um forte balanço, o que não implica a necessidade de emissão de mais ações no médio prazo, e com uma base expandida de recursos, o que permitirá ela a crescer mais por mais temo e aumentar a flexibilidade operacional. Paradoxalmente, entretanto, a ação não é mais atraente como já foi antes, em nossa visão”, destacam os analistas.

De acordo com o banco, apesar do acesso privilegiado aos recursos do pré-sal e o potencial de crescimento ajudarem a justificar algum prêmio aos papéis da empresa, alguns fatores estruturais pintam um cenário mais negativo do que o anterior. Entre eles, o CS destaca a percepção de que a governança corporativa foi enfraquecida, os possíveis desapontamentos com as projeções de produção ao passo que a empresa dê início à fase de desenvolvimento do pré-sal e a tendência declinante dos returnos.

O valor de 8,51 dólares para o barril negociado na cessão onerosa ficou 50% acima do esperado pelo banco. Mesmo com as projeções negativas, os analistas veem um potencial de recuperação para o preço das ações no curto prazo. A expectativa é sustentada pelo momento macroeconômico positivo aliado ao movimento de liquidez do mundo desenvolvido para os mercados emergentes, além de um eventual enfraquecimento adicional do dólar e o fortalecimento do preço do petróleo.

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