Ação do BB negocia com desconto de 30% em relação ao Bradesco
Diferença incorpora o temor de uma nova emissão de ações do banco para adequar as exigências de capital das normas de Basiléia III
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2011 às 15h29.
São Paulo – Após incorporar os bons resultados apresentados pelo Banco do Brasil (BBAS3) no primeiro trimestre de 2011, a equipe de pesquisa do HSBC acredita que o preço da ação da instituição financeira ainda tem potencial para crescer, apesar da aceleração esperada nos gastos.
Em relatório, os analistas Victor Galliano e Mariel Santiago elevaram o preço-alvo para os papéis da maior instituição financeira em ativos da América Latina de 36 reais para 37 reais. A recomendação sugerida é de alocação acima da média do mercado (overweight).
Segundo o HSBC, as “baixas avaliações atuais descontam no preço-alvo as preocupações relativas ao aumento de capital do BB”. Galliano e Mariel acreditam que as ações do banco são negociadas a múltiplos de 7,2 vezes para 2011, 7 vezes para 2012 e 6,5 vezes para 2013 sobre o P/L (preço sobre lucro), o que representa um desconto de até 30% para o Bradesco.
Os analistas ressaltam que a “comunidade de investimento se concentra na situação da adequação de capital do banco”. O mercado especula sobre a possibilidade da instituição financeira vender ações para se adequar às exigências das normas de Basileia III.
As novas regras pedem que os bancos tenham um capital de alta qualidade totalizando 7% de seus ativos de risco. As normas ainda precisam ser implementadas pelo Banco Central.
“Cremos que o BB pode decidir emitir ações no médio prazo, mas, a nosso ver, ele tem até o segundo semestre de 2012 para fazer isso”, estimam os analistas. Em esclarecimento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a instituição financeira negou nesta quinta-feira (12) que tenha planos de ampliar seu capital por meio da oferta de ações.
Possibilidades
Caso a administração do BB mude de opinião até 2012, o HSBC estipula dois cenários para a emissão de ações. O primeiro, considerado pelos analistas como o mais provável, implica na diluição de até 20% do capital. O múltiplo implícito é de 8,5 vezes sobre o P/L de 2012 e 7,8 vezes para 2013, o que resultaria em um desconto de 15,5% para o Bradesco.
No segundo cenário, projeta-se a diluição de até 30% do capital. O múltiplo implícito seria de 9,1 vezes sobre o P/L de 2012 e 8,4 vezes para 2013, o que resultaria em um desconto de 9,2% para o Bradesco.
São Paulo – Após incorporar os bons resultados apresentados pelo Banco do Brasil (BBAS3) no primeiro trimestre de 2011, a equipe de pesquisa do HSBC acredita que o preço da ação da instituição financeira ainda tem potencial para crescer, apesar da aceleração esperada nos gastos.
Em relatório, os analistas Victor Galliano e Mariel Santiago elevaram o preço-alvo para os papéis da maior instituição financeira em ativos da América Latina de 36 reais para 37 reais. A recomendação sugerida é de alocação acima da média do mercado (overweight).
Segundo o HSBC, as “baixas avaliações atuais descontam no preço-alvo as preocupações relativas ao aumento de capital do BB”. Galliano e Mariel acreditam que as ações do banco são negociadas a múltiplos de 7,2 vezes para 2011, 7 vezes para 2012 e 6,5 vezes para 2013 sobre o P/L (preço sobre lucro), o que representa um desconto de até 30% para o Bradesco.
Os analistas ressaltam que a “comunidade de investimento se concentra na situação da adequação de capital do banco”. O mercado especula sobre a possibilidade da instituição financeira vender ações para se adequar às exigências das normas de Basileia III.
As novas regras pedem que os bancos tenham um capital de alta qualidade totalizando 7% de seus ativos de risco. As normas ainda precisam ser implementadas pelo Banco Central.
“Cremos que o BB pode decidir emitir ações no médio prazo, mas, a nosso ver, ele tem até o segundo semestre de 2012 para fazer isso”, estimam os analistas. Em esclarecimento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a instituição financeira negou nesta quinta-feira (12) que tenha planos de ampliar seu capital por meio da oferta de ações.
Possibilidades
Caso a administração do BB mude de opinião até 2012, o HSBC estipula dois cenários para a emissão de ações. O primeiro, considerado pelos analistas como o mais provável, implica na diluição de até 20% do capital. O múltiplo implícito é de 8,5 vezes sobre o P/L de 2012 e 7,8 vezes para 2013, o que resultaria em um desconto de 15,5% para o Bradesco.
No segundo cenário, projeta-se a diluição de até 30% do capital. O múltiplo implícito seria de 9,1 vezes sobre o P/L de 2012 e 8,4 vezes para 2013, o que resultaria em um desconto de 9,2% para o Bradesco.