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Ação da Petrobras é um fiasco, diz analista do setor

Robert Rapier, que tem os papéis desde 2008, não espera uma rápida recuperação

A Petrobras anunciou um corte de gastos de  R$ 32 bilhões até 2016 (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2013 às 14h52.

São Paulo – O especialista em investimento em ações do setor de energia, Robert Rapier, parece ter perdido de vez a paciência com os papéis da Petrobras ( PETR3; PETR4 ). Em um artigo publicado nesta semana no site Seeking Alpha, o chefe de investimentos da “ The Energy Strategist ” avalia que, apesar de as ações terem caído recentemente, ainda não é o momento de compra-las. Rapier investe desde o final de 2008 na estatal brasileira.

“Ainda espero que os recursos em águas profundas permitam que a Petrobras tenha uma das mais aceleradas taxas de crescimento de produção do setor na próxima década. Isso dito, os problemas com as ações da Petrobras não devem ser diminuídas rapidamente”, explica. Ele lembra que, enquanto a maioria das petroleiras conseguiu uma pequena alta em 2012, a Petrobras caiu cerca de 20%.

O analista atribui o baixo desempenho aos preços da gasolina no Brasil, que estão aproximadamente 8% abaixo da média internacional. A política de manter os preços artificialmente baixos deve resultar em uma perda de 8 bilhões de dólares para a empresa em 2012, estima. Seria o primeiro prejuízo anual desde 1999.

“A empresa é um excelente exemplo dos riscos inerentes no investimento em ações estrangeiras quando um governo imprevisível está pesadamente envolvido nas operações da companhia”, ressalta. Para ele, as ações estão baratas quando comparadas relativamente aos últimos anos, mas devido à postura hostil ao investidor do governo ainda não é o momento de compra-las.

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“Ainda espero que os recursos em águas profundas permitam que a Petrobras tenha uma das mais aceleradas taxas de crescimento de produção do setor na próxima década. Isso dito, os problemas com as ações da Petrobras não devem ser diminuídas rapidamente”, explica. Ele lembra que, enquanto a maioria das petroleiras conseguiu uma pequena alta em 2012, a Petrobras caiu cerca de 20%.

O analista atribui o baixo desempenho aos preços da gasolina no Brasil, que estão aproximadamente 8% abaixo da média internacional. A política de manter os preços artificialmente baixos deve resultar em uma perda de 8 bilhões de dólares para a empresa em 2012, estima. Seria o primeiro prejuízo anual desde 1999.

“A empresa é um excelente exemplo dos riscos inerentes no investimento em ações estrangeiras quando um governo imprevisível está pesadamente envolvido nas operações da companhia”, ressalta. Para ele, as ações estão baratas quando comparadas relativamente aos últimos anos, mas devido à postura hostil ao investidor do governo ainda não é o momento de compra-las.

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