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Ação da Moody's traz desconforto; Grécia segue no foco

Atenas segue no radar do mercado, na véspera da reunião em Bruxelas que decidirá sobre um novo resgate ao país

Enquanto o plano de austeridade era aprovado, a capital grega virou palco de conflitos entre a população e a polícia (Vladimir Rys/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2012 às 07h47.

São Paulo - O Dia de São Valentim, comemorado como Dia dos Namorados em muitos países, começou com um presente de grego da Moody's aos mercados: a agência revisou a perspectiva do rating AAA da Grã-Bretanha, assim como de França e Áustria. A agência também cortou a classificação de seis outros países da zona do euro, entre eles, Espanha e Itália - Roma, aliás, realiza leilão de títulos soberanos nesta sessão, incluindo o benchmark de três anos (2014) e outros dois vencimentos (2015 e 2017). E falando em gregos, Atenas segue no radar, na véspera da reunião em Bruxelas que decidirá sobre um novo resgate ao país.

A Grécia ainda precisa encontrar um meio de atender a exigência de preencher uma lacuna de 325 milhões de euros em seu plano para um corte extra de 3,3 bilhões de euros antes do encontro, além de garantir por escrito as promessas. No pano de fundo, as ações no país reforçam as preocupações que os planos de austeridade podem ter sobre a economia da região.

Dados conhecidos nesta manhã, contudo, contrabalançavam o efeito negativo da notícia da Moody's, principalmente a melhora da confiança do investidor alemão, que em fevereiro ficou acima do esperado. O índice do grupo ZEW passou para 5,4. Projeções de analistas apuradas pela Reuters apontavam uma leitura de menos 12, ante menos 21,6 em janeiro. Também a produção industrial da zona do euro caiu um pouco menos que o esperado em dezembro: 1,1 por cento na comparação mensal ante expectativa no mercado de declínio de 1,2 por cento.

Na base anual, contudo, a queda foi de 2 por cento, ante previsão de retração de 1 por cento. Nos mercados externos, o índice europeu FTSEurofirst 300 cedia 0,08 por cento às 8h18, com os bancos franceses que possuem maior exposição a dívidas soberanas entre as meiores perdas. O futuro do norte-americano S&P 500 caía 0,1 por cento, em sessão que inclui dados do varejo, preços de importados e estoques empresariais. O MSCI para ações globais perdia 0,13 por cento e para emergentes, 0,18 por cento.

O MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão verificava decréscimo de 0,46 por cento. Em Tóquio, o Nikkei fechou em alta de 0,59 por cento. O Banco do Japão manteve a taxa de juro entre zero e 0,1 por cento, mas ampliou o programa de compra de ativos para 65 trilhões de ienes.

O índice da bolsa de Xangai terminou com declínio de 0,30 por cento. Entre as moedas, o euro depreciava-se 0,14 por cento, a 1,3174 dólar, o que influenciava a alta de 0,30 por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais.

Em relação ao iene, o dólar subia 0,78 por cento, a 72,16 ienes. No caso das commodities, o petróleo do tipo Brent recuava 0,36 por cento em Londres, a 117,50 dólares, enquanto o barril negociado nas operações eletrônicas em Nova York oscilava ao redor da estabilidade, a 100,92 dólares. No Brasil, o varejo é destaque na pauta macroeconômica, mas o quadro corporativo também ocupa os holofotes conforme segue a temporada de balanços. Banco do Brasil anunciou logo cedo lucro líquido de 12,1 bilhões de reais em 2011, crescimento de 3,6 por cento sobre 2010.

Também o Panamericano informou resultado, enquanto as demonstrações de BM&FBovespa , São Martinho e Tereos estão previstas para após o fechamento da bolsa doméstica.


Veja como ficaram os principais mercados financeiros na segunda-feira:

CÂMBIO - O dólar fechou a 1,750 real, em queda de 0,67 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa subiu 2,65 por cento, para 65.691 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 12,7 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS - Às 18h40, o índice dos principais ADRs brasileiros subia 1,48 por cento, a 34.053 pontos.

JUROS - No call das 16h, o DI janeiro de 2013 estava em 9,330 por cento ao ano, ante 9,290 por cento no ajuste anterior.

EURO - A moeda comum europeia era cotada a 1,3194 dólar, ante 1,3173 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, estável 133,125 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,296 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil caía 8 pontos, para 193 pontos-básicos. O EMBI+ cedia 10 pontos, a 334 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones subia 0,54 por cento, a 12.870 pontos, o S&P 500 tinha alta de 0,65 por cento, a 1.351 pontos, e o Nasdaq ganhava 0,86 por cento, aos 2.928 pontos.

PETRÓLEO - Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto estava em alta de 1,83 dólar, ou 1,92 por cento, a 100,56 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, cai, oferecendo rendimento de 1,9862 por cento, frente a 1,984 por cento no fechamento anterior.

São Paulo - O Dia de São Valentim, comemorado como Dia dos Namorados em muitos países, começou com um presente de grego da Moody's aos mercados: a agência revisou a perspectiva do rating AAA da Grã-Bretanha, assim como de França e Áustria. A agência também cortou a classificação de seis outros países da zona do euro, entre eles, Espanha e Itália - Roma, aliás, realiza leilão de títulos soberanos nesta sessão, incluindo o benchmark de três anos (2014) e outros dois vencimentos (2015 e 2017). E falando em gregos, Atenas segue no radar, na véspera da reunião em Bruxelas que decidirá sobre um novo resgate ao país.

A Grécia ainda precisa encontrar um meio de atender a exigência de preencher uma lacuna de 325 milhões de euros em seu plano para um corte extra de 3,3 bilhões de euros antes do encontro, além de garantir por escrito as promessas. No pano de fundo, as ações no país reforçam as preocupações que os planos de austeridade podem ter sobre a economia da região.

Dados conhecidos nesta manhã, contudo, contrabalançavam o efeito negativo da notícia da Moody's, principalmente a melhora da confiança do investidor alemão, que em fevereiro ficou acima do esperado. O índice do grupo ZEW passou para 5,4. Projeções de analistas apuradas pela Reuters apontavam uma leitura de menos 12, ante menos 21,6 em janeiro. Também a produção industrial da zona do euro caiu um pouco menos que o esperado em dezembro: 1,1 por cento na comparação mensal ante expectativa no mercado de declínio de 1,2 por cento.

Na base anual, contudo, a queda foi de 2 por cento, ante previsão de retração de 1 por cento. Nos mercados externos, o índice europeu FTSEurofirst 300 cedia 0,08 por cento às 8h18, com os bancos franceses que possuem maior exposição a dívidas soberanas entre as meiores perdas. O futuro do norte-americano S&P 500 caía 0,1 por cento, em sessão que inclui dados do varejo, preços de importados e estoques empresariais. O MSCI para ações globais perdia 0,13 por cento e para emergentes, 0,18 por cento.

O MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão verificava decréscimo de 0,46 por cento. Em Tóquio, o Nikkei fechou em alta de 0,59 por cento. O Banco do Japão manteve a taxa de juro entre zero e 0,1 por cento, mas ampliou o programa de compra de ativos para 65 trilhões de ienes.

O índice da bolsa de Xangai terminou com declínio de 0,30 por cento. Entre as moedas, o euro depreciava-se 0,14 por cento, a 1,3174 dólar, o que influenciava a alta de 0,30 por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais.

Em relação ao iene, o dólar subia 0,78 por cento, a 72,16 ienes. No caso das commodities, o petróleo do tipo Brent recuava 0,36 por cento em Londres, a 117,50 dólares, enquanto o barril negociado nas operações eletrônicas em Nova York oscilava ao redor da estabilidade, a 100,92 dólares. No Brasil, o varejo é destaque na pauta macroeconômica, mas o quadro corporativo também ocupa os holofotes conforme segue a temporada de balanços. Banco do Brasil anunciou logo cedo lucro líquido de 12,1 bilhões de reais em 2011, crescimento de 3,6 por cento sobre 2010.

Também o Panamericano informou resultado, enquanto as demonstrações de BM&FBovespa , São Martinho e Tereos estão previstas para após o fechamento da bolsa doméstica.


Veja como ficaram os principais mercados financeiros na segunda-feira:

CÂMBIO - O dólar fechou a 1,750 real, em queda de 0,67 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa subiu 2,65 por cento, para 65.691 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 12,7 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS - Às 18h40, o índice dos principais ADRs brasileiros subia 1,48 por cento, a 34.053 pontos.

JUROS - No call das 16h, o DI janeiro de 2013 estava em 9,330 por cento ao ano, ante 9,290 por cento no ajuste anterior.

EURO - A moeda comum europeia era cotada a 1,3194 dólar, ante 1,3173 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, estável 133,125 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,296 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil caía 8 pontos, para 193 pontos-básicos. O EMBI+ cedia 10 pontos, a 334 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones subia 0,54 por cento, a 12.870 pontos, o S&P 500 tinha alta de 0,65 por cento, a 1.351 pontos, e o Nasdaq ganhava 0,86 por cento, aos 2.928 pontos.

PETRÓLEO - Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto estava em alta de 1,83 dólar, ou 1,92 por cento, a 100,56 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, cai, oferecendo rendimento de 1,9862 por cento, frente a 1,984 por cento no fechamento anterior.

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