São Paulo - Até mesmo os mais experientes ficaram surpresos com a disparada de 71,5% das ações da CSN ( CSNA3 ) nos últimos quatro dias.
Os papéis chegaram a despencar 12,44% hoje, para a mínima de R$ 11,40, por ora, mas o recuo não estava nem perto de ameaçar a forte valorização em 2016, que ultrapassou os 200% ontem.
No mercado, o sentimento era de que o sopro de otimismo com a ação da empresa deve chegar ao fim em breve, já que os fundamentos da companhia não justificam uma alta tão acentuada de seus papéis.
Segundo a Bloomberg , a CSN é a empresa de pior classificação no Ibovespa, com 13 recomendações de venda e nenhuma de compra.
Para o analista Luiz Francisco Caetano, da Planner Corretora , "a CSN está sofrendo, como todas as siderúrgicas do mundo, os efeitos de quatro anos de quedas nos preços do aço, a forte concorrência dos produtos provenientes da China e as recentes medidas 'antidumping' dos Estados Unidos".
Ele manteve a recomendação de venda para a ação da siderúrgica e reduziu o preço justo do papel de R$ 6,30 para R$ 3,80 ---bem longe do atual patamar, em torno de R$ 11.
No geral, a avaliação de especialistas é de que as ações da CSN têm refletido positivamente a sensação de que os preços das commodities já bateram no fundo do poço e, por isso, tanto o aço quanto o minério têm encontrado espaço para subir.
Mas isso não é suficiente para compensar outros grandes problemas. Um deles é a forte queda na demanda interna, com redução de 27,8% da produção de automóveis no Brasil durante o primeiro trimestre do ano, por exemplo.
"Apesar da melhora nas cotações de seus produtos neste início do ano, vemos ainda a CSN tendo resultados muito baixos em 2016 e 2017 e precisando vender ativos e cortar custos para reduzir seu endividamento", disse Caetano.
Em relatório, o BTG Pactual também manteve sua recomendação de venda para a ação da CSN e sinalizou que a recente alta das ações parece exagerada.
"A empresa vale R$ 18 bilhões na Bolsa, sem gerar caixa (mesmo em um cenário otimista), com o minério de ferro na casa dos US$ 60 a tonelada", afirmou a equipe de análise do banco.
O BTG ressaltou que a empresa está bastante endividada e que não há grandes novidades sobre seu plano de venda de ativos. O preço-alvo para 12 meses do banco para o papel da CSN é de R$ 3.
- 1. No vermelho
1 /22(Thinkstock)
São Paulo - As empresas listadas na
Bolsa brasileira viram suas dívidas crescerem 31% em 2015, na comparação com o ano anterior. Juntas, elas devem R$ 1,4 trilhão. O levantamento é da consultoria
Economática , que considerou a dívida bruta total de 257 companhias de capital aberto com dados financeiros disponíveis na
CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de 2010 a 2015. O estudo excluiu empresas do setor financeiro. A
Petrobras (
PETR4 ) liderou a lista das empresas mais endividadas no ano passado. Navegue pelas fotos e veja quais são as 20 companhias da Bolsa que tinham as maiores dívidas no fim de 2015.
2. Petrobras 2 /22(Bloomberg)
Setor | Petróleo e Gás |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 492,85 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 40,40% |
3. Vale 3 /22(Bloomberg)
Setor | Mineração |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 112,67 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 47,2% |
4. JBS 4 /22(AFP)
Setor | Consumo |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 65,88 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 64,4% |
5. Oi 5 /22(Divulgação/Google)
Setor | Telecomunicações |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 59,86 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 67% |
6. Eletrobras 6 /22(Adriano Machado/Bloomberg)
Setor | Energia |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 48,21 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 15,8% |
7. CSN 7 /22(Divulgação)
Setor | Siderurgia |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 34,28 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 14,7% |
8. Braskem 8 /22(Divulgação)
Setor | Petroquímico |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 27,34 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 34,4% |
9. Gerdau 9 /22(Paulo Fridman/Bloomberg News)
Setor | Siderúrgico |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 26,46 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 35,5% |
10. CPFL Energia 10 /22(Divulgação)
Setor | Energia |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 21,73 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 13,5% |
11. Klabin 11 /22(Marcelo Min)
Setor | Papel e Celulose |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 18,02 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 64% |
12. BRF 12 /22(Adriano Machado/Bloomberg)
Setor | Consumo |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 15,18 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 31% |
13. Cemig 13 /22(Divulgação)
Setor | Energia |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 15,17 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 12,3% |
14. Suzano 14 /22(Germano Lüders/EXAME.com)
Setor | Papel e Celulose |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 14,71 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 6,9% |
15. CCR 15 /22(Valéria Gonçalves)
Setor | Concessões |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 14,14 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 35,3% |
16. Embraer 16 /22(Divulgação/Embraer)
Setor | Industrial |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 13,79 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 106,9% |
17. Cielo 17 /22(Divulgação/Cielo)
Setor | Cartões |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 13,30 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 81,2% |
18. Sabesp 18 /22(Divulgação)
Setor | Saneamento |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 13,12 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 21,7% |
19. Fibria 19 /22(Ricardo Teles/Fibria)
Setor | Papel e Celulose |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 12,74 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 53,1% |
20. Marfrig 20 /22(Divulgação/Marfrig)
Setor | Consumo |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 12,18 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 8,8% |
21. Lojas Americanas 21 /22(Divulgação/LASA)
Setor | Consumo |
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Dívida bruta total em dezembro de 2015 | R$ 10,77 bilhões |
Quanto aumentou em relação a 2014 | 34,3% |
22. Veja agora as empresas que mais ganharam valor de mercado em março 22 /22(Thinkstock)