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Após abrir em baixa, Bovespa registra alta

São Paulo - O medo de um crise soberana na Europa está empurrando o euro para novas mínimas no dia e mantendo novamente os investidores na defensiva, sem disposição para correr riscos. As Bolsas estão no vermelho e as commodities (matérias-primas) sustentam a trajetória de baixa. Este cenário mantém a Bolsa de Valores de São […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - O medo de um crise soberana na Europa está empurrando o euro para novas mínimas no dia e mantendo novamente os investidores na defensiva, sem disposição para correr riscos. As Bolsas estão no vermelho e as commodities (matérias-primas) sustentam a trajetória de baixa. Este cenário mantém a Bolsa de Valores de São Paulo pressionada nesta manhã. Às 10h55, após registrar perdas, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,05%, para 64.948 pontos.

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje pelo Banco Central (BC), não intensificou as expectativas de alta da Selic (a taxa básica de juros da economia). O documento deve enfraquecer a aposta do mercado de alta de 1 ponto porcentual do juro no próximo encontro do Copom. Neste sentido, a ata não deve, segundo operadores, ter força para fazer preço na Bolsa, que continua com o radar ligado na Europa, especialmente no pronunciamento do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, após a instituição ter mantido hoje sua taxa básica de juros inalterada em 1%.

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Como destaca relatório diário da XP Investimentos "não adianta fechar os olhos pra Europa e achar que EUA e China poderão puxar a Bolsa aqui. Quanto pior a crise na Europa, menos capital os investidores terão para alocar nos emergentes e torna-se uma bola de neve, com a redução do fluxo para o Brasil". Na verdade, ultimamente os investidores estrangeiros estão batendo em retirada.

A Bovespa encerrou abril com um déficit de R$ 1,078 bilhão e abriu maio com uma saída de R$ 120 milhões no dia 3. No ano, o saldo está negativo em R$ 1,4 bilhão. Para continuar subindo, ninguém tem dúvidas de que a Bolsa precisa de fluxo adicional forte.

O outro foco de atenção na Bovespa é a Vale, que pode ter alguma reação ao balanço melhor que o esperado divulgado na noite de ontem. "O dinheiro esperto para a Vale foi antecipado ontem, mas hoje ainda pode vir algum fluxo de pessoa física ou de investidor institucional", afirma um investidor. A Vale anunciou lucro líquido de US$ 1,604 bilhão nos três primeiros meses de 2010, conforme o padrão contábil norte-americano (US GAAP), crescimento de 17,7% ante o mesmo período do ano passado.

Outros balanços que devem repercutir esta manhã são o da Gol e o da Gerdau. A companhia aérea encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 23,922 milhões, o que corresponde a uma queda de 61,1% em relação aos R$ 61,434 milhões apurados em igual período de 2009, conforme o relatório de resultados divulgado no padrão contábil internacional IFRS. Já a siderúrgica Gerdau teve lucro líquido consolidado de R$ 573 milhões no primeiro trimestre de 2010, avanço de 1537% em relação ao resultado de R$ 35 milhões no mesmo período de 2009.

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