Mercados

8 números e sinais “bizarros” da crise nos mercados

Ações, títulos das dívidas dos países e moedas têm variado além da compreensão

Operadores da NYSE no dia 4 de agosto de 2011 (Mario Tama/ Getty Images)

Operadores da NYSE no dia 4 de agosto de 2011 (Mario Tama/ Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2011 às 18h13.

São Paulo – Os investidores estão atônitos com alguns sinais da crise de 2011. Os preços das ações, títulos das dívidas dos países e também as moedas estão com um comportamento muito volátil e atingindo níveis que desafiam a compreensão. Abaixo, 8 dos mais recentes números que têm feito bastante estrago (ou lucro, dependendo da posição) nos mercados:

1 – 1,929%. Foi o nível atingido pelo rendimento dos títulos de 10 anos da dívida pública americana na terça-feira, o menor da história. E isso tudo após a agência Standard & Poor's ter retirado a nota AAA do país. O mercado nem ligou.

2 – 55,76%. O alto valor não é a valorização de uma ação especulativa na bolsa brasileira, mas o quanto paga um título da dívida de 2 anos da Grécia. Os papéis subiram 0,85 ponto percentual nesta quinta-feira. Os investidores acreditam que um novo pacote de ajuda ao país seria redundante e, portanto, sem efeito.

3 – 91%. Essa é a chance de que a Grécia dê um calote em sua dívida, segundo as negociações dos CDS (Credit Default Swaps). Os contratos, que funcionam como um seguro contra a interrupção dos pagamentos, dispararam 196 pontos-base para 3.001 pontos-base nesta quinta-feira.

4 – 7,3%. Mais um número sobre a Grécia. Desta vez, o valor corresponde à queda do Produto Interno Bruto (PIB) do país no segundo trimestre do ano na comparação com o mesmo período de 2010. Este é o 5º trimestre consecutivo de retração econômica no país.

5 – Entre 0 e 0,25%. O baixo intervalo é o juro da economia americana, o menor da história do país. O presidente do BC americano, Ben Bernanke, já indicou que o inédito patamar próximo do zero, que foi definido em dezembro de 2008, deverá se manter neste nível até meados de 2013.


6 – 16,7%. Esse é o tamanho da queda da bolsa brasileira em 2011. Mesmo com um desempenho da economia que faz inveja para muitos países desenvolvidos, os investidores têm torcido o nariz para a inflação, que está acima do teto da meta do Banco Central, e para os temores com uma possível desaceleração da economia chinesa.

7 – 0,5 p.p. O corte que levou a taxa Selic para 12% ao ano pegou o mercado de surpresa. O Comitê de Política Monetária (Copom), liderado por Alexandre Tombini, afirmou que a decisão foi tomada para mitigar os efeitos de um ambiente global mais restritivo. Segundo o Copom, que tomou a decisão por 5 votos a 2 (que defendiam a manutenção), o ajuste “moderado” da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012.

8 – 36,4%. Essa é a impressionante queda das ações do Deutsche Bank, o maior da Alemanha que, por sua vez, é a economia mais importante da Europa. O chefe da instituição financeira, Josef Ackermann, disse na semana passada em um discurso bastante sombrio que as condições atuais do mercado o fazem lembrar a crise de 2008 e que a “nova normalidade é caracterizada por volatilidade e incerteza”.

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