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10 empresas que estão abaixo do valor patrimonial na Bovespa

Em tempos de vacas magras na bolsa brasileira, o Ibovespa não dá indícios de que vai virar o jogo e sair do terreno negativo em 2013

No meio das vacas magras (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 06h12.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h26.

São Paulo – O ano já está em sua reta final e o Ibovespa dá poucos indícios de que deve virar o jogo e sair do terreno negativo em que se encontra. Desde janeiro, o principal índice da bolsa brasileira acumula uma desvalorização de 14%. Boa parte deste movimento é explicada pela gradual recuperação de países ricos e a desaceleração de emergentes, que têm mostrado novas alternativas de investimentos para os grandes investidores estrangeiros. O número de contas de pessoas físicas registradas no mercado de ações na BM&FBovespa caiu para 600.914 em setembro, abaixo das 616.788 contas do fim de agosto. Em meio a este contexto, diversas empresas que compõem o Ibovespa têm negociado abaixo de seu valor patrimonial. O analista Marcelo Torto, da Ativa Corretora, lista a seguir algumas destas companhias.
  • 2. BR Properties (BRPR3)

    2 /11(Guilherme Costa/Divulgação)

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    Desempenho em 2013: -24%. A BR Properties vem sendo negociada a um P/VPA (preço / valor patrimonial) abaixo de 1 devido a sua alta alavancagem, segundo Marcelo Torto. No momento, a empresa está em processo de diminuição da mesma, a partir de venda de ativos, o que no futuro deverá aumentar o múltiplo. O analistas acredita que a empresa está num caminho positivo, renegociando sua dívida e investindo em projetos com margens maiores.
  • 3. Vale (VALE3)

    3 /11(Agência Vale/Divulgação)

  • Desempenho em 2013: -19%. As ações da Vale seguem precificando um cenário de deterioração do mercado além normal, segundo Marcelo Torto. “Apesar do cenário ainda bastante desafiador para o negócio da Vale, a empresa vem conseguindo entregar uma boa performance operacional”. Além disso, as ações da companhia, segundo o analista, são negociadas com múltiplos bem abaixo de seus pares internacionais e em relação à sua média histórica, além de operarem com um retorno sobre dividendos projetado próximo a 5% para 2014.
  • 4. Petrobras (PETR4)

    4 /11(Dado Galdieri/Bloomberg)

    Desempenho em 2013: -3,8%. Na avaliação de Marcelo Torto, as ações da Petrobras estão negociadas com desconto em relação a seu valor patrimonial em aproximadamente 0,7x, o preço das ações reflete os problemas ligados principalmente à ingerência política e seus efeitos sobre a rentabilidade da companhia. O segmento de refino deve continuar impactando negativamente o resultado da estatal, devido à necessidade de importar derivados para abastecer o mercado interno.
  • 5. Santander (SANB11)

    5 /11(Leon Neal/AFP)

    Desempenho em 2013: +6%. Na análise da Ativa Corretora, o Santander segue com uma rentabilidade bastante aquém dos seus pares e ainda pressionada pelo alto nível de inadimplência, diante da estratégia de foco no segmento de pequenas e médias empresas, com risco elevado e maior exposição às oscilações macroeconômicas.
  • 6. Usiminas (USIM5)

    6 /11(Kiko Ferrite)

    Desempenho em 2013: -11%.As ações da Usiminas mostraram reação positiva após o resultado do segundo trimestre do ano. "Os números da companhia na divisão siderúrgica estão melhorando, demonstrando um efetivo programa de controle de custos, em meio a um cenário ainda bastante desfavorável", completa Marcelo Torto.
  • 7. Suzano (SUZB5)

    7 /11(Germano Lüders/EXAME.com)

    Desempenho em 2013: +28%. As ações da Suzano são negociadas a um preço abaixo do seu valor patrimonial (0,9x preço / valor patrimonial), conforme lembra Marcelo Torto. Para o analistas, a Suzano está próxima de dar prosseguimento a etapa mais importante do seu árduo processo de desalavancagem financeira, com a entrada em operação de sua nova fábrica de celulose no Maranhão, com impacto significativo na geração de caixa da companhia e consequente redução no nível de alavancagem. Os recentes contratos de financiamento firmados mitigaram grande parte do risco de execução do projeto, alterando a relação risco/retorno de SUZB5 para um ponto favorável.
  • 8. BR Malls (BRML3)

    8 /11(Divulgação)

    Desempenho em 2013: -23,7%. O setor imobiliário tem sido altamente penalizado pelo ciclo de alta da Selic, pelas preocupações acerca da desaceleração do consumo e suas incertezas com o desempenho das operadoras de shoppings. “O múltiplo preço / valor patrimonial de 1x da BR Malls implica um desconto de 50% em relação aos seus pares”, explica Marcelo Torto.
  • 9. Oi (OIBR4)

    9 /11(REUTERS/Nacho Doce)

    Desempenho em 2013: -46,5%. A Oi passou por uma reestruturação societária e de integração de serviços nos últimos anos. Os gastos desta reestruturação, além de fortes investimentos para a melhoria de serviços, despesas para conseguir licitações e programa de distribuição de dividendos agressivo, levaram o endividamento da empresa para níveis muito altos, com o múltiplo dívida líquida/EBITDA acima de 3x.
  • 10. Marfrig (MRFG3)

    10 /11(Divulgação/Marfrig)

    Desempenho em 2013: - 34%. O múltiplo preço/valor patrimonial de 0,8x da Marfrig pode ser explicado em parte pela venda da Seara à JBS, que está em avaliação pelo Cade, porém já foi precificada pelo mercado, segundo a avaliação da Ativa. O resultado do segundo trimestre foi considerado muito fraco pelo mercado e aumentou o ceticismo dos investidores com as operações da companhia, dessa forma o desconto de 18% de EV/EBITDA (valor da empresa/geração operacional de caixa) corrente da companhia em relação aos seus pares parece razoável, tendo em vista a menor capacidade de geração de caixa e maiores riscos associados às suas operações.
  • 11. Eletrobras (ELET6)

    11 /11(Adriano Machado/Bloomberg)

    Desempenho em 2013: +23%. O múltiplo preço / valor patrimonial da Eletrobras se encontra num dos menores patamares da bolsa, em 0,2x. “Isso reflete as perspectivas negativas quanto ao novo cenário de receitas proveniente da renovação de suas concessões de geração e transmissão”, lembra Marcelo Torto. A Eletrobras já afirmou que possui um programa de redução de custos em curso. O conselho de administração da companhia aprovou um Programa de Demissão Voluntária e espera-se que até o fim do ano seja anunciado um plano de reestruturação do segmento de distribuição, que sempre pesa negativamente nos resultados.
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