ESG

Com mais pressa do que as concorrentes, IBM quer ser neutra em carbono até 2030

Com metas ousadas de emissão zero, empresa poderia alcançar “liderança verde” entre as gigantes de tecnologia

IBM: big tech quer ser neutra em carbono até o final da década. (Sergio Perez/Reuters)

IBM: big tech quer ser neutra em carbono até o final da década. (Sergio Perez/Reuters)

As mudanças climáticas passaram a ocupar posição privilegiada na lista de prioridades para as big techs. Agora, foi a vez da IBM, empresa de tecnologia da informação e computação na nuvem, anunciar que deseja se livrar das emissões de poluentes ainda nesta década e se tornar neutra em carbono.

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Diferente de outras gigantes do setor, a IBM não divulgou metas ofensivas de sequestro do carbono, ou seja, da captura do componente da atmosfera, dando lugar apenas à redução da poluição causada por suas operações.

Para atingir a meta, a empresa irá voltar seus esforços para a redução das suas emissões em 65% até 2025, em comparação com os níveis de 2010. A IBM também irá investir em eficiência energética e ampliar a participação de fontes renováveis em seu consumo elétrico para 75% em 2025 e 90% em 2030 em todos os países onde opera, incluindo o Brasil.

Apesar de ser uma companhia de tecnologia, a IBM afirmou que irá priorizar a redução das emissões antes de recorrer a ferramentas emergentes para a captura de carbono. No entanto, a empresa afirma que pesquisadores já estão trabalhando na criação de soluções baseadas em computação quântica e inteligência artificial capazes de antecipar riscos climáticos e mensurar a pegada de carbono nos centros de dados, responsáveis pelo consumo de 1% e toda a energia elétrica do mundo, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA).

A decisão climática da IBM a coloca no páreo - e até mesmo ultrapassa - as decisões ambientais de concorrentes como a Amazon. Ainda sob a direção de Bezos, a Amazon se comprometeu a neutralizar suas emissões em 2040, dez anos mais tarde do que a IBM. “O compromisso líquido zero da IBM é um passo ousado, fortalece nossa liderança climática de longa data e posiciona nossa empresa anos à frente das metas estabelecidas no Acordo Climático de Paris", disse o CEO da companhia, Arvind Krishna, em comunicado.

O desafio, porém, ainda é a Microsoft, que já mira não apenas a neutralidade, mas também quer, em 2050, apagar toda a pegada de carbono da empresa desde a sua fundação, em 1975.

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