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CVM apura demissão de gerente da Petrobras suspeito de caso de "insider"

Claudio Costa é acusado de negociar ações da estatal em bolsa poucos dias antes do anúncio dos resultados da companhia

 (Sergio Moraes/Reuters)

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EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de abril de 2021 às 17h33.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está analisando o episódio que resultou na demissão do gerente de Recursos Humanos da Petrobras, Claudio Costa, na última segunda-feira, 29, sob a acusação de negociar ações da estatal em bolsa poucos dias antes do anúncio dos resultados da companhia.

Em comunicado, a Petrobras disse que ele atuou, "em episódio pontual", em desacordo com o disposto na política de divulgação de ato ou fato relevante e de negociação de valores mobiliários. Ela veda a negociação de valores mobiliários de emissão da Petrobras por pessoas vinculadas nos 15 dias que antecedem a divulgação das demonstrações financeiras da companhia, explica a estatal.

O caso está sendo analisado pela CVM dentro de um processo aberto em 2 de março para investigar diversas transações com papéis da petroleira no período próximo à troca de comando na empresa determinada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. O órgão regulador do mercado de capitais deu início à apuração após levantada a possibilidade de uso de informação privilegiada (insider trading) com ações da estatal.

Homem de confiança do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, Costa também deixou o conselho de administração da subsidiária de Logística da estatal, a Transpetro. "Concluí minha jornada no grupo Petrobras", afirmou Costa, numa rápida conversa com o Broasdcast, por telefone. Ele negou que tenha cometido qualquer irregularidade enquanto esteve na liderança do RH da empresa e repassou para a estatal a responsabilidade de se posicionar sobre a decisão de demiti-lo. Segundo o executivo, "são inverdades que estão sendo divulgadas" contra ele.

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