Como a crise tem afetado os fundos imobiliários de logística
O professor Arthur Vieira de Moraes recebeu no Programa FIIS em EXAME o gestor Marcelo da Costa Santos, head de logística da Rec Gestora
Karla Mamona
Publicado em 26 de março de 2021 às 17h30.
Última atualização em 26 de março de 2021 às 17h50.
Desde 2020, com a chegada da pandemia de coronavírusos, os fundos imobiliários de logística ganharam destaque entre os investidores. Entretanto, acreditar que este segmento foi apenas beneficiado neste período de um ano é um equívoco. É o que afirmou o professor Arthur Vieira de Moraes, da EXAME Invest Pro, no programa FIIs em EXAME. O programa vai ao ar toda sexta-feira às 15h.
“O galpão alugado para a empresa de e-commerce com certeza está bombando, mas tem outros segmentos que estão sendo impactados negativamente.” Entre eles, o professor destacou os galpões que eram usados como centro de distribuição das montadoras. Do início do ano até agora, cinco montadoras anunciaram a paralisação das atividades. Com a saída da Ford no Brasil, os galpões também ficaram vagos.
Para entender os desafios do cenário atual, Vieira de Moraes conversou com Marcelo da Costa Santos, head de logística da Rec Gestora. O fundo Imobiliário RELG11, que tem 90 milhões de reais em patrimônio, existe desde maio de 2020 e tem como objetivo investimentos em empreendimentos imobiliários, primordialmente, em imóveis prontos, terrenos ou imóveis em construção, destinados à exploração de atividades logísticas, de armazenamento, distribuição, comerciais ou industriais.
No portfólio do fundo, há três ativos: REC Cotia, em que o inquilino é uma empresa de gestão e guarda de documentos, REC Extrema, em que o inquilino é uma empresa de cosméticos e a outro uma empresa de eletroeletrônicos e informática e a REC Log Camaçari. Este último, Santos destacou que o inquilino é uma empresa de logística que atende a Região Nordeste do país e não apenas Camaçari.
“É claro que a saída da Ford irá impactar Camaçari. Mas nosso ativo não deve ser impactado. Pode ser que caia um pouco o preço, mas nosso preço médio de aluguel é de 12 reais por metro quadrado. Hoje, a região está com 18 reais por metro quadrado. Podemos ver um upside. Um potencial de crescimento.” Com o preço mais atrativo, ele afirmou que já há interessados no imóvel, como empresas de e-commerce e logística. Assista ao programa abaixo:
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